terça-feira, 31 de agosto de 2010

Como mortificar o pecado


segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O Verdadeiro Evangelho da Prosperidade


domingo, 29 de agosto de 2010

99 Balões


Lidando com o Inferno


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Dez Acusações (10ª Acusação - Parte 2) [15/16]


Dez Acusações (10ª Acusação - Parte 3) [16/16]


O Monstro Chamado Incredulidade


Até quando não crerão em mim? (Nm. 14:11)


Esforce-se com toda a diligência para manter fora o monstro chamado incredulidade. Isto desonra tanto a Cristo que Ele retirará Sua presença de nós se O insultarmos satisfazendo este monstro. É verdade que é uma erva daninha, sementes que jamais arrancamos totalmente do solo, mas devemos mirar em suas raízes com zelo e perseverança. Dentre todas as coisas detestáveis a incredulidade é a mais abominável.

Sua natureza prejudicial é tão venenosa que causa danos tanto naquele que a exerce quanto naquele sobre quem é exercida. No teu caso, ó crente, é a mais vil de todas as coisas, pois as misericórdias do Senhor no passado aumentam tua culpa por duvidar Dele no presente. Quando desconfias do Senhor Jesus, Ele poderia muito bem gritar “Agora, então, eu os amassarei como uma carroça amassa a terra quando carregada de trigo”. (Am. 2:13 - NVI) Esta desconfiança coroa Sua cabeça com os espinhos mais penetrantes. É muito cruel a esposa bem-amada não acreditar no bondoso e fiel marido. O pecado é inútil, tolo e injustificado. Jesus jamais deu o menor motivo para suspeitas e é difícil não ser acreditado por aqueles que sempre tiverem uma conduta amorosa e verdadeira de nossa parte. Jesus é o Filho do Altíssimo e Suas riquezas são ilimitadas; é vergonhoso duvidar e desconfiar da auto-suficiência do Onipotente. O gado aos milhares nas colinas bastará para matar a nossa fome e os celeiros do céu provavelmente não ficarão vazios com as nossas refeições. Se Cristo fosse somente uma cisterna, em breve poderíamos esgotar Sua capacidade, mas, quem pode esvaziar uma fonte? Miríades de almas tiraram Dele o seu socorro e nenhuma delas reclamou da escassez de Seus recursos. Fora, então, com esta descrença traidora e mentirosa, pois sua missão é cortar os laços de comunhão e nos fazer lamentar a ausência do Salvador. John Bunyan nos diz que a incredulidade tem "tantas vidas quanto um gato": se é assim, vamos matar uma vida agora e continuar o trabalho até que todas as 9 tenham ido. Fora! traidora, meu coração te abomina.

C.H.Spurgeon


FONTE: Morning and Evening (Devocional matutina do dia 27 de agosto) Tradução: Mariza Regina Souza ,em Monergismo
PS( esse Blog NÂO recomenda a versão da Biblia NVI citada no Texto)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A santidade de Deus em seus eleitos




O que é a santidade dos eleitos

Esta aplicação nos leva a uma pergunta: Se devemos ser como Deus em santidade, em que consiste nossa santidade? Em duas coisas: em nossa adequação em relação à natureza de Deus e em nossa sujeição à sua vontade.

Nossa santidade consiste em nossa adequação para com a natureza de Deus. Pois os santos são participantes da natureza divina, o que não significa ser participante de sua essência, mas de sua imagem (2Pe 1.4). Nisto está a santidade dos santos, quando são a imagem viva de Deus. Eles carregam a imagem da humildade divina em Cristo, de sua misericórdia, de sua celestialidade; de sua apreciação dos valores celestiais, de sua disposição para Deus e de amar o que Deus ama e odiar o que ele odeia.

Nossa santidade consiste também em nossa sujeição à vontade de Deus. Assim como a natureza de Deus é o padrão de santidade, assim sua vontade é a regra de santidade. A nossa santidade tem relevo quando fazemos sua vontade (At 13.22) e quando suportamos sua vontade (Mq 7.9); ou seja, quando o que ele sabiamente nos inflige, de bom grado, nós o sofremos. Nossa grande perspectiva deveria ser nos assemelhar a Deus em santidade. Nossa santidade deveria ser qualificada como a santidade de Deus; assim como sua santidade é real, a nossa também deveria ser. "Justiça e retidão procedentes da verdade" (Ef 4.24). Não deveria ser uma imagem de santidade, mas vida; não como os templos egípcios, embelezados, mas sem pureza. Deveria ser como o templo de Salomão, dourado por dentro: "Toda formosura é a filha do Rei no interior do palácio; a sua vestidura é recamada de ouro" (SI 45.13).

O valor da santidade dos eleitos

A fim de fazer você se assemelhar a Deus em santidade, gostaria que considerasse o valor da santidade dos eleitos:

i. A dignidade que se aplica aos santos. Quão ilustre cada pessoa santa é. É como um vidro limpo em que alguns dos raios da santidade de Deus brilham. Lemos que Arão vestiu suas roupas para glória e beleza (Êx 28.2). Quando vestimos a roupa bordada de santidade é para glória e beleza. Um bom cristão é avermelhado, pois foi aspergido com o sangue de Cristo; e branco, pois foi adornado com santidade. Assim como o diamante está para um anel, está a santidade para a alma; a qual, como Crisóstomo diz, "aqueles que a opõem só podem admirá-la".


ii. A grandeza do propósito da santificação. É um grande propósito que Deus executa no mundo fazer uma pessoa à sua semelhança em santidade. O que são os respingos das ordenanças senão gotejos de justiça sobre nós para nos fazer santos? Para quê servem as promessas senão para encorajar à santidade? Para que o Espírito foi enviado ao mundo senão para nos ungir com a santa unção? (Uo 2.20). Para que servem todas as aflições senão para nos fazer participantes da santidade de Deus? (Hb 12.10). Para que servem as misericórdias senão para nos atrair à santidade? Qual é a finalidade da morte de Cristo senão que seu sangue pudesse nos purificar em nossa falta de santidade? "O qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade, e purificar para si mesmo um povo exclusivamente seu" (Tt 2.14). Assim, se não somos santos, crucificamos o grande propósito de Deus no mundo.

iii. Nossa santidade atrai o coração de Deus. A santidade é a imagem de Deus e ele não pode fazer outra coisa senão amar sua imagem onde a vê. Um rei ama ver sua efígie sobre uma moeda. "Amas a justiça" (SI 45.7). E onde a justiça cresce, senão em um coração santo? "Chamar-te-ão Minha-Delícia ... porque o SENHOR se delicia em ti" (Is 62.4). Foi sua santidade que atraiu o amor de Deus a ela. "Chamar-vos-ão Povo Santo" (Is 62.12). Deus valoriza alguém não pelo nascimento rico, mas pela santidade pessoal.

iv. A santidade distingue os cristãos no mundo. A santidade é a única coisa que nos distingue dos ímpios. O povo de Deus tem seu selo sobre si. "Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor" (2Tm 2.19). O povo de Deus é selado com um selo duplo: a eleição: "O Senhor conhece aqueles que são seus" e a santificação: "Afaste-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor". Como um nobre é reconhecido por outra pessoa pela sua estrela prateada; como uma mulher virtuosa é diferenciada de uma prostituta por sua castidade; assim a santidade é reconhecida entre os homens. Todos os que são de Deus têm Cristo por seu capitão e a santidade é a cor branca que vestem (Hb 2.10).

v. A santidade é a honra dos cristãos. A santidade e a honra são colocadas juntas (lTs 4.4). A dignidade caminha com a santificação. "Àquele que nos ama e, pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai" (Ap 1.5). Quando somos lavados e feitos santos, então somos reino e sacerdotes para Deus. Os santos são chamados vasos de honra; são chamados jóias pelo brilho de sua santidade, pelo enchimento com o vinho do Espírito. Isso faz deles anjos terrenos.

vi. A santidade nos dá ousadia diante de Deus. "Se afastares a injustiça da tua tenda... levantarás o teu rosto para Deus" (Jó 22.23 e 26). Levantar a face é um símbolo de ousadia. Nada pode nos envergonhar tanto ao nos aproximar de Deus quanto o pecado. Um homem ímpio pode levantar suas mãos na oração, mas não pode levantar sua face. Quando Adão perdeu sua santidade, perdeu sua confiança, escondeu-se. Porém, a pessoa santa vai até Deus como uma criança vai até seu pai; sua consciência não o censura com a possibilidade de qualquer pecado, portanto pode ir ousadamente ao trono da graça e ter a misericórdia para ajudá-lo em tempo de necessidade (Hb 4.16).

vii. A santidade traz paz aos cristãos. O pecado levanta uma tempestade na consciência: onde há pecado, há tumulto. "Para os perversos, diz o meu Deus, não há paz" (Is 57.21). Justiça e paz são colocadas juntas. A santidade é a raiz que sustenta esse doce fruto da paz. A retidão e a paz se beijam.

viii. A santidade conduz o cristão ao céu. Ela é a estrada do céu do Rei. "E ali haverá bom caminho, caminho que se chamará o Caminho Santo" (Is 35.8). Havia em Roma o templo da virtude e o da honra, e todos deveriam passar pelo templo da virtude para chegar ao templo da honra; assim, devemos ir do templo da santidade para o templo do céu. A glória começa na virtude. "Nos chamou para a sua própria glória e virtude" (2Pe 1.3). A felicidade não é nada mais que a essência da santidade; a santidade é a glória militante e a felicidade a santidade triunfante.

Como os eleitos devem buscar santidade

O que devemos fazer para nos assemelharmos a Deus em santidade? Ou como devemos buscar nossa santidade?

i. Buscando refúgio em Cristo. Busque socorro no sangue de Cristo pela fé. Isso é o lavar da alma. As purificações da lei eram tipos e emblemas disso (1 Jo 1.7). A Palavra é o espelho que mostra nossas manchas e o sangue de Cristo é uma fonte para lavá-las.

ii. Pedindo um coração santo. Orando a Deus lhe pedindo um coração santo. "Cria em mim, ó Deus, um coração puro" (SI 51.10). Derramem o coração diante de Deus e digam: "Senhor, meu coração está cheio de lepra, contamina tudo que toca. Senhor, eu não posso viver com tal coração, pois não posso te honrar; nem morrer com tal coração, pois não poderei te ver. Cria em mim um coração puro, envia-me o teu Espírito, refina-me e purifica-me, para que eu possa ser um templo apropriado para ti, ó santo Deus, habitar".

Thomas Watson ( 1620-1686)

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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Como Viver num Mundo Mau



Todos os Heróis da fé viveram no mesmo mundo em que eu e vocês vivemos; o mundo foi sempre o mesmo. E no registro a respeito deles lê-se como se segue: "Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fugida os exércitos dos estranhos. As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento para alcançarem melhor ressurreição; e outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos e montes, e pelas covas e cavernas da terra".

Esse era o tipo de mundo no qual eles viveram. O nosso mundo não é pior; todavia é igualmente mau. Eles viveram num dia mau, e nós vivemos num dia mau. Mas aqueles homens triunfaram. Foram figuras heróicas, foram capazes de permanecer firmes, de resistir. Tendo feito tudo, permaneceram inabaláveis, ficaram fumes como homens, e até hoje se destacam na história como gigantes.

O segredo deles é que eles fizeram precisamente as coisas que os cristãos hebreus não estavam fazendo. Aqueles homens eram fortes "no Senhor e na força do seu poder"; eles "exercitavam os seus sentidos" para poderem entender a verdade de Deus; eram homens que sabiam diferenciar entre o bem e o mal. Vejam um homem como Moisés. Criado como filho da filha de Faraó, podia ter sido o herdeiro do trono. Entretanto ele pôs isso de lado, e o fez porque tinha os olhos postos "na recompensa". Esse é o segredo de todos aqueles homens; e eu e vocês devemos observá-los e pensar bem no seu exemplo.

E desta maneira que aqueles homens do passado realmente nos ajudam. Vemo-los fazerem exatamente o que somos chamados a fazer. Eles correram a carreira, e triunfaram. Eles se edificaram a si mesmos na sua santíssima fé. Eles ficaram firmes contra as astúcias do diabo, apesar de todo o sofrimento por que passaram. Que homens magníficos! A história deles foi escrita para ajudar-nos e fortalecer-nos. Você não se sente melhor sempre que lê sobre eles? E um tônico excelente. Quando você achar que a luta está sendo demais para você, que tudo está contra você, e quando você se queixar de tudo o que lhe está acontecendo, leia o capítulo onze da Epístola aos Hebreus. Se no fim você não se envergonhar de si mesmo, você é um pobre cristão. E pobre cristão você será, se não se levantar e não disser: "Sim, eles fizeram aquilo no poder de Deus, e eu vou fazer o mesmo. Se Deus os capacitou, Ele me capacitará". Esse é o constante argumento das Escrituras. Tiago cita o caso de Elias. Diz ele: "Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós" (5:17). Não havia nada de peculiar em Elias que explicasse as coisas que ele fez; foi Deus que o capacitou. Muito bem, façam como ele, diz Tiago. E assim foi com todos eles. O livro de Jó é, todo ele, um grande tratado sobre este assunto. Considerem a paciência de Jó, e como Deus o tratou no fim, e o abençoou.

Ler a respeito desses homens ajuda-nos a fortalecer-nos e nos anima a prosseguir com os nossos exercícios. Se procedermos assim, viremos a ser como eles. Sigam-nos, sigam essa caravana de heróis; são homens como esses que devemos imitar e que devemos tomar por modelo.

E assim passamos ao nosso derradeiro princípio: "Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual pelo gozo que lhe estava proposto suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. Considerai pois aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos. Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado". O Filho de Deus é a mensagem fundamental. "Olhando para Jesus", que veio deliberadamente a este mundo mal, a este mundo de guerras, pecado, vergonha e indignidade. Ele não pertencia a este mundo. Veio a ele deliberadamente; Ele sofreu e suportou a contradição dos pecadores contra Si. Ele "resistiu até ao sangue". E isso tudo "pelo gozo que lhe estava proposto". Ele tinha conhecimento do lugar para onde ia e da glória vindoura. Por isso "suportou a cruz, desprezando a afronta".

E desse modo que se faz exercício, é desse modo que se "corre a carreira" que nos é proposta. É desse modo que você se edifica em sua santíssima fé! Esta é a única mensagem para os homens e para as mulheres num mundo como o de hoje. Não podemos mudar as circunstâncias, mas podemos triunfar nelas. Podemos ser: "mais do que vencedores"; e nos tornamos tais quando nos achamos "olhando para JESUS". Olhem para Ele! Olhem as noites que Ele passou em oração, olhem o Seu conhecimento da Palavra de Deus, olhem o modo como Ele "exercitava os Seus sentidos". E todos os que O seguem têm feito o mesmo; todos eles são Seus imitadores.

Devemos tornar-nos Seus imitadores. Devemos olhar para além dos homens, devemos olhar para o Filho de Deus e para o que Ele fez para "livrar-nos do presente século mau" (Gálatas 1:4), e introduzir-nos na glória que nos espera com Deus.

Cristãos, o inundo está olhando para vocês, esperando de vocês ensino, instrução, um exemplo de como viver vitoriosamente. Exercitem, pois, os seus sentidos, agarrem-se a estas coisas, olhem para os grandes heróis da fé, buscando deles inspiração. Acima de tudo, olhem para Jesus, "o autor e consumador da fé", e assim vocês se fortalecerão "no Senhor e na força do seu poder", e serão capazes de resistir no dia mau quando este chegar. Há somente um meio pelo qual podemos "ficar firmes" num tempo como esse, e é conhecer esta verdade, fortalecer-nos nela e, havendo feito tudo, "ficar firmes".

Martyn L. Jones

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O que é crer


terça-feira, 24 de agosto de 2010

Você Deseja Paz sem ter que Lutar?




Este é outro sintoma perigoso do poder do desejo pecaminoso para corromper o coração do cristão. Neste caso, ele cativou o coração de tal maneira que este não deseja mais destruí-lo; mesmo assim, o coração quer gozar de paz. Este sintoma pode ser reconhecido de várias maneiras diferentes, porém nós nos limitaremos a dois exemplos:

a) Um cristão é perturbado nos seus pensamentos por um desejo pecaminoso. Sua consciência fica perturbada e ele se sente infeliz. Em vez de resolver mortificar este desejo pecaminoso o cristão busca no seu coração outras evidências de que é um cristão. Procedendo assim espera que a despeito de estar tendo um desejo pecaminoso que ele se recusa a mortificar, ele pode ter paz de coração porque sabe que é um cristão. Quando um sintoma como este pode ser reconhecido num cristão, esse cristão está numa condição espiritual perigosa.

Foi uma condição espiritual como essa que arruinou muitos judeus nos dias de Jesus. Sob a pregação de Jesus, as consciências de muitos judeus foram perturbadas, mas em vez de reconhecerem e mortificarem seus desejos pecaminosos, apegaram-se a sua posição como "descendentes de Abraão" e pensaram que desse modo eram aceitos por Deus (veja João 8:31-41). Este é um sintoma perigoso do coração que está amando o pecado, um coração que subestima o gozo da paz com Deus e todas as manifestações do amor de Deus. Quão corrupto tem se tornado um coração quando se contenta em permanecer um cristão infrutífero, desde que possa (segundo pensa) escapar da "ira vindoura". Que tragédia quando um cristão pode se sentir contente em estar a qualquer distância de Deus conquanto que não seja uma separação final. O que se pode esperar de tal coração?

b) Como no primeiro exemplo, temos um cristão que está perturbado nos seus pensamentos por um desejo pecaminoso. Sua consciência está perturbada e ele se sente infeliz. Desta vez, ao invés de se decidir a mortificar este desejo pecaminoso o cristão procura remover seu mal-estar de alma suplicando a graça e a misericórdia de Deus. E como se o cristão (semelhantemente a Naamã adorando na casa de Rimon - veja 2 Reis 5:18) estivesse suplicando: "Em todas as outras vezes andarei com o Senhor, menos nesta. Nisto perdoe o Senhor a teu servo". Esse comportamento é muito inconsistente com a sinceridade cristã, e é geralmente uma forte evidência de que a pessoa que está se comportando dessa maneira seja um hipócrita. Há pouca dúvida, contudo, de que alguns dos filhos de Deus podem ser pegos por este engano pecaminoso.

Quando o coração de um cristão gosta secretamente do pecado, de tal maneira que está preparado para escapar da aflição causada pelo mesmo de alguma outra maneira que não seja pela mortificação dele e do perdão do pecado pelo sangue de Cristo, então as feridas desse homem se tornaram "infectas e purulentas". A não ser que seja aplicado rapidamente um remédio, essa pessoa estará muito perto da morte espiritual.

John Owen (1616-1683)

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Tudo é possível ao que crê


Por Charles Spurgeon

Tudo é possível ao que crê. (Marcos 9.23)

Muitos crentes estão sempre cheios de temores e dúvidas, pensando infelizmente que este é o estado normal dos crentes. Isto é um engano. É possível para nós fazermos com que dúvidas e temores se tornem como pássaros que voam sobre nossa alma e nunca se demoram ali. Quando você lê a respeito da sublime e agradável comunhão desfrutada pelos crentes, você suspira e murmura: "Infelizmente estas coisas não são para mim".

Se você apenas crê, permanecerá sobre o ensolarado pináculo do templo. Você ouve falar sobre as proezas que homens santos fizeram por Jesus; sobre o que eles desfrutaram da parte dEle; o quanto se assemelharam ao Senhor Jesus e como tais homens foram capazes de sofrer por amor a ele. Você afirma: "Ah! Quanto a mim, sou apenas um verme; não posso conseguir tais feitos".

Mas não existe nada que um crente tenha sido que você não possa ser. Não existe nenhuma exaltação da graça, nenhum nível de espiritualidade, nenhuma clareza de segurança, nenhuma posição de dever que não lhe estejam disponíveis, se você tem a capacidade de crer. Ponha de lado as suas cinzas e seu pano de saco, erguendo-se à dignidade de sua verdadeira posição. Você é pequeno no reino de Deus, porque deseja que assim seja, e não porque existe necessidade de que assim seja. Ascenda! O trono de ouro da segurança está esperando por você.

A coroa da comunhão com Jesus está pronta para ser colocada em sua cabeça. Vista-se de escarlate e de linho fino, banqueteando-se todos os dias. Se você crê, pode comer a gordura da terra. Sua terra manará leite e mel. Sua alma ficará satisfeita com tutano e gordura. Colha os feixes dourados da graça, pois eles o esperam nos campos da fé. "Tudo é possível ao que crê."

Dez Acusações (10ª Acusação - Parte 1) [14/16]


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O que Significa Vencer o Mundanismo?




As coisas mais valiosas da vida não são obtidas e, muito menos, preservadas com facilidade. Isto é verdade no que diz respeito à bênção espiritual de um relacionamento pessoal e salvífico com Deus, de um casamento norteado pela Bíblia, de laços íntimos com familiares e amigos, da aprovação divina sobre o nosso trabalho, de contentamento em Cristo e de um estilo de vida disciplinado, de comprometimento com a igreja e o reino de Deus.

Nenhuma dessas bênçãos deve ser entendida como algo imediato e garantido. Na vida espiritual, nos relacionamentos pessoais, em todo o nosso labor, este princípio é verdadeiro: o caminho da bênção é o caminho da dor.

A dor é um ingrediente essencial ao crescimento. Essa é a razão por que falamos em dores de crescimento e repetimos a expressão "Sem dor, sem ganho" (no pain, no gain).

Na natureza, luta e dor também são necessárias ao crescimento adequado. Considere o exemplo da história de um homem que achou o casulo de uma mariposa e o levou para casa, a fim de vê-la surgir. Um dia, apareceu uma pequena abertura. Durante várias horas, a mariposa lutou, mas, em certo ponto, não conseguia forçar a passagem de seu corpo. Concluindo que algo estava errado, o homem pegou uma tesoura e cortou o resto do casulo. A mariposa saiu facilmente, com seu corpo amplo e dilatado, com suas asas pequenas e encolhidas. O homem esperava que em poucas horas as asas da mariposa abririam em sua beleza natural, mas isso não aconteceu. A mariposa gastou a vida se arrastando com seu corpo dilatado e suas asas encolhidas. A luta e o esforço necessários para atravessar a pequena abertura do casulo são o caminho de Deus para forçar a passagem de fluidos do corpo para as asas da mariposa. O bondoso corte feito com a tesoura foi, na realidade, algo muito cruel.

De modo semelhante, a vida cristã é uma luta. Exige entrada por meio de uma porta estreita e um andar diário num caminho estreito. O caminho cristão não é um caminho intermediário entre dois extremos, e sim um caminho estreito entre dois precipícios. Envolve viver pela fé, com auto-renúncia, travar uma guerra santa em um mundo hostil. É uma guerra árdua, pois o mundo não luta com justiça ou clareza, não aceita cessar fogo e não assina tratados de paz.

Para observarmos como o crente pode vencer o caminho do mundanismo, examinemos 1 João 5.4-5, que diz: "Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?"

Em capítulo anterior de sua epístola, João nos encoraja a fugir do mundanismo. 1 João 2.15-17 afirma: "Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente".

Nestes versículos, João contrasta o amor ao mundo com o amor ao Pai. Esses dois são incompatíveis. E Jesus disse: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro" (Mt 6.24). Um único amor deve governar nossa vida: uma paixão santa por Deus e por suas coisas. A escolha é clara, e as orientações, simples; mas o caminho não é fácil. Jesus também disse: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca" (Mt 26.41).

O que João pretendia dizer com apalavra "mundo"? Apalavra grega kosmos, ou mundo, tem vários significados no Novo Testamento. Em 1João 5.4, o apóstolo não se refere ao mundo físico em que vivemos ou às inúmeras pessoas que vivem neste planeta. Pelo contrário, João usa esta palavra para se referir a um reino cujo governante e súditos estão perdidos no pecado, em total discordância com tudo que agrada a Deus. O apóstolo está falando sobre o reino das trevas de Satanás, que inclui todas as pessoas que estão sob o domínio de Satanás e vivem de acordo com os padrões deste mundo.

No texto de 1 João 5, "mundo" é uma esfera que está em oposição a Cristo e à sua igreja. Este mundo, embora criado para refletir a glória de Deus, vive agora em rebelião contra o Senhor e o seu Cristo (SI 2.2). Tornou-se um mundo caído e desordenado, nas mãos do Maligno — um mundo rebelde e alienado porque Adão quebrou o seu relacionamento com Deus. O mundo é a humanidade pecaminosa, vista em sua totalidade, sob o domínio do deus deste século (2 Co 4.4), entregue à injustiça, hostil à verdade e ao povo de Deus. O mundo significa homens, mulheres e crianças que se focalizam nas concupiscências do mundo e negligenciam o mundo por vir. Apesar de suas grandes conquistas, este mundo está perdido e incapaz de salvar a si mesmo.

O alvo das pessoas do mundo é avançar para frente e não para o alto, viver no sentido horizontal, e não no sentido vertical. Buscam prosperidade exterior, em vez de santidade. Estão repletas de desejos egoístas, e não de súplicas sinceras a Deus. Se não negam a Deus, elas O ignoram, O esquecem ou O buscam apenas por causa de seus desejos egoístas.

O mundanismo é a natureza humana sem Deus. Alguém que pertence a este mundo é controlado por interesses mundanos: a busca por prazer, lucro e status. O homem mundano se rende ao espírito da humanidade caída — o espírito de interesse pessoal e auto-satisfação. Por natureza, todos nós nascemos mundanos. Pertencemos a este mundo perverso; ele é nosso habitat natural.

Por natureza, temos uma mentalidade mundana que não está sujeita "à lei de Deus, nem mesmo pode estar" (Rm 8.7). Assim como somos nutridos pelo cordão umbilical, enquanto estamos no ventre de nossa mãe, assim também estamos ligados a este mundo desde o nascimento. Nosso entendimento foi obscurecido (Ef 4.18) pela culpa do pecado de Adão, a qual foi transmitida a todos nós. Apesar de nosso mundanismo natural, o apóstolo João fala, de modo impressionante, a respeito da vitória sobre essa desvantagem. Ele diz: "Todo o que é nascido de Deus vence o mundo". João usa esta expressão 16 vezes em seus escritos — mais do que todos os outros autores da Bíblia considerados juntos. Mas, o que significa exatamente "vencer o mundo"?

João não pretendia dizer que isto significa conquistar as pessoas deste mundo, vencendo batalhas grandiosas sobre os nossos semelhantes ou dominando os outros. Ele não se referia a governantes com Alexandre, o Grande, que, após conquistar o mundo, entristeceu-se por não haver mais mundo a ser conquistado.

As palavras de João também não significam que devemos retirar-nos do mundo, como um monge ou um Amish, que tendem a retirar-se do mundo estabelecendo suas próprias comunidades. Um crente é chamado a lutar neste mundo, embora não seja deste mundo. Tem de viver no mundo, mas não permitir que o mundo viva nele. Fugir do mundo não é o mesmo que vencê-lo. Fugir do mundo é como um soldado que evita o sofrimento, por fugir do campo de batalha. No reino de Deus, não há lugar para dissidentes espirituais, pois os crentes são chamados a uma guerra, e não a um piquenique.

Vencer o mundo também não significa santificar todas as coisas do mundo para Cristo. Algumas coisas do mundo podem ser redimidas para Cristo, mas atividades pecaminosas nunca podem ser santificadas. Por exemplo, não precisamos cristianizar a dramatização ou a dança para uso no culto público, nem cristianizar as formas de entretenimento que Hollywood tem a oferecer-nos.

Para o apóstolo João, vencer o mundo significa lutar pela fé contra o curso deste mundo perverso. Vencer o mundo envolve vários aspectos essenciais: (1) uma decisão de vencer o mundanismo; (2) liberdade e perseverança por meio de Cristo; (3) manter-se acima das circunstâncias mundanas; (4) uma vida de auto-renúncia.

Joel Beek

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O Diabo derrota a maioria de nossas orações


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Provação



O SENHOR põe à prova ao justo.- (Sl 11.5)


Todos os acontecimentos se realizam sob os olhos atentos do Deus todo-poderoso. Conseqüentemente, nenhuma provação nos sobrevêm sem o conhecimento dEle. Todas as bênçãos são potencialmente portas abertas para a provação. Homens podem se afogar em mares de prosperidade, bem como em rios de aflição. Tentações e provações espreitam em todas as estradas. Devido ao fato de que este mundo está sob o domínio de Satanás, estamos cercados de perigos.

Todavia, sem permissão, nenhuma chuva cai das nuvens ameaçadoras; cada gota recebe a sua ordem, antes de descer para a terra. As provações que nos sobrevêm permitem que provemos e fortaleçamos nossa fé. Por meio delas, podemos ilustrar o poder da graça divina, testar a genuinidade de nossas virtudes e fortalecer nosso vigor espiritual.

Nosso Senhor, em sua infinita sabedoria e seu amor superabundante, atribui um valor tão elevado à fé de seu povo, que permite experimentem eles provações que fortalecem a sua fé. Você nunca teria possuído a fé preciosa que agora o sustenta, se sua fé não houvesse sido provada como fogo. Você nunca seria uma árvore tão bem arraigada, se o vento não o tivesse abalado, fazendo-o apropriar-se com firmeza das verdades preciosas da aliança da graça.

A tranqüilidade do mundo é um grande inimigo da fé. Ela afrouxa as juntas de valor santo e destrói os tendões da coragem sagrada. Os balões não sobem, enquanto as cordas não forem cortadas. As provações realizam este serviço doloroso para a alma do crente. Enquanto o grão de trigo dorme confortavelmente em sua casca, ele é inútil ao homem. O grão de trigo precisa ser retirado de seu lugar de descanso, antes que seu valor seja conhecido. E bom que o crente seja provado, pois isso o faz enriquecer-se em relação a Deus.

Charles H. Spurgeon

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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Os efeitos da Verdade



O lavar-se pela Palavra foi o que eles tiveram, e é o que nós precisamos. Precisamos obter isso no lugar em que eles o encontraram. Ver os efeitos da verdade de Deus nas vidas de homens santos confirma a fé e estimula a aspiração santa. Não há outras influências que nos ajudem a chegar a tão sublime ideal de consagração. Se você ler os livros babilônicos de hoje, alcançará o espírito deles, e é um espírito estranho que o desviará do Senhor seu Deus. Você também pode sofrer grande dano com sacerdotes que têm a pretensão de falar o dialeto de Jerusalém, mas metade de sua mensagem é de Asdode: eles confundirão sua mente e profanarão sua fé. Pode acontecer que um livro que em seu todo seja excelente, com poucas máculas, possa lhe fazer mais mal do que um completamente mau. Cuide-se, obras dessa natureza são lançadas como nuvens de gafanhotos.

Quase não se pode achar nesses dias um livro que seja inteiramente isento do levedo moderno, e a menor partícula dele fermenta até produzir o erro mais insano. Ao ler livros da nova ordem, embora possa não aparecer nenhuma mentira palpável, você fica consciente de estar recebendo uma distorção e um declínio no tom de seu espírito, portanto, esteja alerta. Mas com a Bíblia você sempre pode estar descansado; ali todo sopro de cada direção traz vida e saúde. Se você se conserva próximo do livro inspirado, não sofrerá mal algum; ao contrário, estará no manancial de todo bem moral e espiritual. Isso é alimento adequado para homens de Deus: é o pão que nutre a vida mais elevada.

Depois de pregar o evangelho durante quarenta anos, e imprimir os sermões que preguei durante mais de trinta e seis anos, chegando agora a 2200 sermões, feitos em semanas sucessivas, ganhei o direito de falar sobre a superabundância e riqueza da Bíblia como o livro do pastor. Irmãos, ela é inesgotável. Se permanecermos junto ao livro sagrado não teremos nenhum problema de frescor nos textos. Não há dificuldade alguma para encontrar temas totalmente distintos daqueles que tratamos antes; a variedade é tão infinita quanto a plenitude. Uma longa vida será suficiente apenas para margear as costas desse imenso continente de luz. Em meus quarenta anos de ministério só toquei a orla da veste da verdade divina, mas quanta verdade fluiu dela! A Palavra é como seu Autor, infinita, imensurável, sem-fim. Se você fosse ordenado para ser pregador ao longo da eternidade, teria diante de si um tema à altura das demandas eternas.

Irmãos, será que em alguma parte entre os corpos celestes cada um de nós terá um púlpito? Teremos uma igreja de milhões de léguas? Teremos vozes tão fortalecidas a ponto de alcançar constelações atentas? Seremos testemunhas para o Senhor da graça a miríades de mundos que ficarão atônitos e maravilhados ao ouvir sobre o Deus encarnado? Estaremos rodeados por inteligências puras perguntando sobre o mistério do Deus manifesto na carne e tentando entendê-lo? Os mundos não caídos desejarão ser instruídos no glorioso evangelho do Deus abençoado? E cada um de nós terá uma história pessoal para narrar nossa experiência de amor infinito? Acho que sim, visto que o Senhor nos salvou para "que agora, mediante a igreja, a multiforme sabedoria de Deus se tornasse conhecida dos poderes e autoridades nas regiões celestiais" (Ef 3.10). Se tal é o caso, nossas Bíblias serão suficientes ao longo de eras futuras para prover novos temas a cada manhã, e cantos e mensagens novas por eras sem-fim.

Estamos resolvidos, portanto, visto que temos esse arsenal vindo do Senhor e que não queremos nenhum outro, a usar somente a Palavra de Deus, e usá-la com grande energia. Estamos resolvidos--e espero que não haja discordância entre nós--a conhecer melhor nossas Bíblias. Será que conhecemos o volume sagrado tão bem, pelo menos metade de como deveríamos conhecer? Temos trabalhado para ter um conheci-mento tão completo da Palavra de Deus, como muitos críticos têm conseguido de seu escritor clássico favorito? É possível que ainda nos deparemos com passagens da Bíblia que são novas para nós? Isso devia acontecer? Há qualquer passagem do que o Senhor escreveu que você nunca leu? Foi interessante a observação do meu irmão, Archibald Brown. Ele se impressionou com a constatação de que a não ser que lesse toda a Bíblia, de ponta a ponta, poderia haver ensinos inspirados que nunca conheceria, portanto, resolveu ler os livros na ordem em que são apresentados; e, depois de ler uma vez, ele continuou com o hábito. Será que qualquer um de nós deixou de fazer isso? Vamos começar imediatamente.

Charles H. Spurgeon

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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Poderoso para Salvar



“Quem é este que vem de Edom, de Bozra, com vestes de vivas cores, que é glorioso em sua vestidura, que marcha na plenitude da sua força? Sou eu que falo em justiça, poderoso para salvar” (Isaías 63:1)

Por “salvar” entendemos todo o processo da grandiosa obra da salvação, desde o primeiro desejo santo até a completa santificação. As palavras são multum in parvo (muito pequenas): sem dúvida, toda a misericórdia se encontra nesta única palavra. Cristo não é somente "poderoso para salvar" aqueles que se arrependem, mas Ele também é capaz de fazer com que os homens se arrependam.

Ele conduzirá aos céus aqueles que crêem; mas, além disso, Ele é poderoso para dar aos homens um novo coração e operar a fé dentro deles. Ele é poderoso para fazer o homem que odeia a santidade, amá-la, e para constranger aqueles que desprezam Seu nome a dobrarem seus joelhos diante Dele. E isto não é tudo, pois o poder divino é igualmente visto em todo o processo da salvação. A vida do crente é uma série de milagres operados pelo "Poderoso Deus ".

A sarça arde mas não é consumida. Ele é poderoso para manter Seu povo em santidade de vida após tê-lo tornado santo, e para preservá-lo em temor e amor até consumar sua existência espiritual no céu. O poder de Cristo não está em tornar uma pessoa crente e depois deixar que ande por si mesma; mas Aquele que começa a boa obra, há de continuá-la; Aquele que dá o primeiro sopro de vida na alma morta, há de prolongar a existência divina e fortalecê-la até que rompa cada laço do pecado, e a alma salte da terra, aperfeiçoada na glória.

Crente, eis o alento. Estás orando por alguém amado? Oh, não desistas das tuas orações, pois Cristo é "poderoso para salvar". És impotente para recuperar o rebelde, mas teu Senhor é Todo-Poderoso. Descansa nesse forte braço e usa-o para que dê sua força. Teus problemas te atormentam? Não temas, pois a força Dele é suficiente para ti. Iniciando nos outros ou continuando a obra em ti, Jesus é "poderoso para salvar"; a melhor prova disto jaz no fato de que Ele te salvou. Quantas misericórdias não encontras-te Naquele que é poderoso para destruir!

Charles H. Spurgeon

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Escravos e Nascidos abençoados!


Spurgeon
Banco da Fé
3 de agosto


"Mas quando o sacerdote comprar alguma pessoa com o seu dinheiro, aquela comerá delas, e os nascidos na sua casa, estes comerão do seu pão."- Levíticos 22:11



Os estrangeiros, os hóspedes e os jornaleiros não deviam comer das coisas santas. O mesmo, todavia, sucede quanto aos assuntos espirituais. Porem, duas classes de pessoas eram livres de chegarem junto à mesa sagrada: aqueles que eram comprados com o dinheiro do sacerdote, e aqueles que eram nascidos na casa do sacerdote. Comprados e nascidos; esta eram as provas indisputáveis de um direito as coisas sagradas.


Comprados. Nosso grandioso Sumo Sacerdote há comprado por um preço aqueles que colocam sua confiança Nele, são propriedade absoluta; pertencem por completo ao Senhor. Não pelo que são em si mesmos, senão que estritamente por causa do dono, os mesmos são admitidos aos mesmos privilégios que ele mesmo goza, e "poderão comer de seu alimento". Existem alimentos para comer que os mundanos desconhecem. "Por que sois de Cristo, portanto, compartilharão com Seu Senhor


Nascidos. Esta é uma via igualmente segura para alcançar o privilégio: se somos nascidos na casa do sacerdote, tomamos nosso lugar com o resto da familia. A regeneração nós faz co-herdeiros, e partes do mesmo corpo; portanto, a paz, o gozo e a glória que o Pai há dado para Cristo, Cristo nos tem dado a nós. A redenção e a regeneração tem dado para nós um dobrado direito à licença divina para essa promessa.


FONTE: Talonário do Banco da Fé.
tradução: Armando Marcos

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Dez Acusações (9ª Acusação) [13/16]


Alegria!!


Com efeito, grandes coisas fez o SENHOR por nós; por isso, estamos alegres. (Sl 126.3)

Infelizmente, muitos crentes são propensos a olhar para o lado obscuro de todas as coisas e a gastar muito tempo pensando no que eles têm passado, em vez de pensar no que Deus tem feito por eles. Faça-lhes perguntas sobre as impressões deles a respeito da vida cristã, e descreverão seus permanentes conflitos, suas profundas aflições, suas tristes adversidades e a pecaminosidade de seus corações, sem qualquer referência à misericórdia e à ajuda que Deus lhes tem dado.

No entanto, um crente cuja alma se encontra em estado saudável se apresentará com alegria e dirá: "Falarei não a respeito de mim mesmo, e sim a respeito da honra de meu Deus. Ele me tirou 'de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos. E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus' (Salmos 40.2,3). O Senhor tem feito grandes coisas por mim; por isso, estou alegre". O relato de experiências como estas é o melhor que todo filho de Deus pode oferecer em resposta.

E verdade que sofremos provações, mas também é verdade que somos libertos delas. E verdade que temos nossa depravação, e pesarosamente sabemos disto, mas igualmente é verdade que temos um Salvador todo-suficiente, que vence estas corrupções e nos livra de seu domínio. Ao olharmos para trás, seria errado negar que temos estado no Pântano do Desânimo, e que temos nos arrastado pelo Vale da Humilhação, mas também seria impiedade esquecer que temos passado por eles com segurança e proveito. Não temos permanecido neles, graças ao nosso poderoso Ajudador e Líder que nos trouxe a um lugar espaçoso (ver Salmos 66.12). Quanto mais profundos forem os nossos problemas, tanto mais elevada será nossa gratidão a Deus, que nos conduziu através de todos eles e nos preservou até agora. Nossa tristeza não pode estragar a melodia de nosso louvor; nós o consideramos o tom da música de nossa vida "Com efeito, grandes coisas fez o SENHOR por nós; por isso, estamos alegres".

Charles H. Spurgeon

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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Os Eleitos de Deus



Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus ? - Romanos 8.33

Que desafio bendito! Quão incontestável ele é! Todos os pecados do crente foram lançados sobre o grande Campeão de nossa salvação e, por meio da expiação, foram removidos. Não existe qualquer pecado registrado no Livro de Deus contra o seu povo; eles estão justificados em Cristo para sempre. Quando a culpa do pecado foi retirada, o seu castigo também foi cancelado.

Para o crente, não existe mais qualquer punição da parte da mão vingativa de Deus, nem mesmo um simples semblante carrancudo de juízo. O crente pode ser disciplinado por seu Pai, mas Deus, o Juiz, não tem nada a dizer ao crente, exceto: "Você está absolvido, está inocentado".

O crente está completamente livre de toda a culpa e condenação do pecado. O poder do pecado também é removido. Ele pode permanecer em nosso caminho e nos inquietar com uma luta constante. O pecado, porém, é um inimigo vencido para toda alma que está unida com Jesus. Não existe pecado que o crente não possa vencer, se apenas confiar em Deus para obter a vitória. Aqueles que no céu estão vestidos de roupas brancas venceram por meio do sangue do Cordeiro e da palavra do seu testemunho (Apocalipse 12.11). Também podemos fazer isso.

Nenhuma concupiscência é tão poderosa e nenhum pecado, tão entrincheirado, que não possam ser vencidos. Podemos conquistá-los pelo poder de Cristo. Crente, o seu pecado é algo condenado. Ele pode se debater e lutar, mas está condenado a morrer. Deus escreveu a sentença na fronte do pecado. Cristo o crucificou, cravando-o na cruz. Destrua o pecado agora, e o Senhor o ajudará a viver para o seu louvor. Por fim, o pecado desaparecerá com toda a sua culpa, vergonha e temor.

Charles H. Spurgeon

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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Nosso Chamado



Chamados para serdes santos. (Rm 1.7)

NÓS tendemos a considerar os santos da era apostólica como pessoas mais santas do que os outros filhos de Deus. Todos eles são santos chamados pela graça de Deus e santificados pelo Espírito Santo; mas somos inclinados a olhar os apóstolos como seres extraordinários, raramente sujeitos às mesmas fraquezas e tentações que enfrentamos. Contudo, ao fazer isto, esquecemos a verdade de que quanto mais próximo um crente vive de Deus, tanto mais intensamente ele lamenta a malignidade de seu próprio coração.

Quanto mais o Senhor honra tal crente em sua obra, tanto mais a carne maligna desse crente o importuna todos os dias. O fato é que, se houvéssemos visto o apóstolo Paulo, nós o teríamos visto como alguém muito semelhante aos demais membros da família dos eleitos. Se tivéssemos conversado com ele, diríamos: "Achamos que as experiências dele são muito semelhantes às nossas. Ele foi mais fiel, mais santo e teve maior conhecimento do que nós o temos; contudo, ele suportou as mesmas provações que nós suportamos. Em alguns aspectos, ele é muito mais tentado que nós".

Não olhe para os crentes do passado como pessoas isentas de fraquezas ou pecados. Não os veja com aquela reverência mística pela qual chegamos quase a idolatrá-los. Podemos atingir a santidade deles. Somos chamados para ser santos pela mesma voz que os constrangeu à sua sublime vocação. O dever do crente é esforçar-se para dirigir seu viver dentro do círculo da santidade.

E se estes santos eram superiores a nós em suas realizações, como eles certamente eram, que os sigamos; tentemos exceder o seu ardor e santidade. Temos a mesma luz dada aos apóstolos, e a mesma graça nos está acessível. Por que devemos viver tranqüilos, enquanto não somos semelhantes aos apóstolos no caráter celestial? Eles viveram com Jesus e para Jesus. Portanto, tornaram-se semelhantes a Jesus. Vivamos pelo mesmo Espírito que eles viveram, olhando para Jesus (ver Hebreus 12.2); assim, logo nossa santidade se tornará evidente.

Charles H. Spurgeon

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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Livres dos desejos do pecado



(Desejar justiça) significa desejo de ser livre do pecado, porque o pecado nos separa de Deus. Positivamente, pois, significa desejo de ser reto para com Deus. . . Toda a dificul¬dade do mundo de hoje se deve ao fato de que o homem não é reto para com Deus, pois é porque ele não é reto para com Deus que anda por caminhos errados em tudo mais. . . Aquele que tem fome e sede de justiça percebe que o pecado e a rebelião o separaram da face de Deus e anela retornar àquele antigo relacionamento. . .

Mas também significa, necessariamente, o desejo de ficar livre do poder do pecado. . . O homem a quem estamos considerando. . . chegou a perceber que o mundo em que ele vive é controlado pelo pecado e por Satanás. . . Ele entende que «o deus deste mundo» o vem cegando. . . Quer libertar-se desse poder que o arrasta para baixo, a despeito dos esforços dele (ver Romanos 7). Quer ficar livre do poder, da tirania e da servidão do pecado. . .

Mas a coisa vai mais longe ainda. Significa o desejo de ficar livre do próprio desejo do pecado, pois vemos que aquele que verdadeiramente se examina a si próprio, à luz das Escrituras, não só descobre que está na escravidão do pecado; ainda mais horrível é o fato de que ele gosta do pecado, ele o deseja. Mesmo depois de ter entendido que é errado, ele o quer. Mas agora, o homem que tem fome e sede de justiça é aquele que quer desfazer-se daquele desejo do pecado, não somente exterior, mas também interiormente. . . O pecado é algo que polui a própria essência do nosso ser e da nossa natureza. Quem é cristão quer ficar livre disso tudo. . . Ter fome e sede de justiça é desejar libertar-se do ego, em todas as suas horríveis manifestações, em todas as suas formas. . . aquele que tem fome e sede de justiça. . . quer emancipar-se da preocupação egocêntrica, em todas as suas formas e medidas.

Studies in the Sermon on the Mount, p. 77.-9-

Martyn L. Jones

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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Teste a si mesmo - Você está em Jesus?


Dez Acusações (8ª Acusação) [12/16]


sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Venha e Beba!



“No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (João 7:37).

A paciência tem o seu perfeito trabalho no Senhor Jesus, e até o último dia da festa Ele proclamou aos judeus, assim como neste último dia do ano Ele nos proclama e espera ser gracioso para conosco. É verdadeiramente admirável a longanimidade do Salvador em suportar alguns de nós ano após ano, apesar de nossas provocações, rebeliões e resistência ao Seu Espírito Sano,. Maravilha das maravilhas é estarmos na terra da misericórdia!

A piedade expressa-se mais claramente, pois Jesus exclamou, o que implica não somente a altura da sua voz, mas a ternura de seus tons. Ele suplicou para que fôssemos reconciliados. “Oramos por vocês”, disse o apóstolo, “como se o próprio Deus suplicasse a vocês por nosso intermédio”. Que termos fervorosos, emocionantes, são estes! Quão profundo deve ser o amor que faz com que o Senhor chore pelos pecadores, e como uma mãe embale seus filhos em seu regaço! Certamente a cada apelo do Senhor nosso coração desejoso atenderá.

A provisão é feita mais abundantemente; tudo é providenciado para que o homem possa mitigar a sede da sua alma. Para sua consciência, a expiação traz paz; para sua compreensão, o exemplo traz a mais rica instrução; para seu coração, a pessoa de Jesus é o mais nobre objeto de afeição; para todo homem, a verdade como é encontrada em Jesus provê a nutrição mais pura. A sede é terrível, mas Jesus pode removê-la. Embora a alma esteja totalmente faminta, Jesus pode restaurá-la.

A proclamação é feita mais livremente para que cada sedento seja bem-vindo. Nenhuma outra distinção é feita senão a da sede. Quer seja a sede da avareza, da ambição, do prazer, do conhecimento ou de descanso, aquele que sofre disso é convidado. A sede pode ser má em si mesma, e não ser um sinal de graça, mas antes um sinal de pecado imoderado ansiando para ser gratificado com goles mais profundos de lascívia; mas não é a bondade na criatura que leva ao sedento o convite; o Senhor Jesus envia-o, gratuitamente, sem acepção de pessoas.

A personalidade é declarada mais plenamente. O pecador deve vir a Jesus, não a trabalhos, ordenanças ou doutrinas, mas para um Redentor pessoal, que carrega nossos pecados em seu próprio corpo sobre a cruz. O Salvador sangrando, morrendo e ressurgindo é a única estrela da esperança para um pecador. Oh! como anelo por graça, a vir agora e beber, antes que o Sol se ponha no último dia deste ano!

Beber representa uma recepção para a qual nenhuma aptidão é requerida. Um louco, um ladrão, uma prostituta podem beber; e tal pecaminosidade de caráter não é empecilho para o convite ao crente em Jesus. Não precisamos de taça de ouro, nem de cálice adornado, no qual transportar a água para o sedento; a boca da pobreza é convidada a inclinar-se e tomar goles da corrente que flui. Lábios cheios de bolhas, leprosos, sujos podem tocar a corrente do amor divino; eles não podem poluí-la, mas eles serão purificados. Jesus é a fonte da esperança. Caro leitor, ouça a voz amorosa do amado Redentor quando proclama a cada um de nós:

“SE ALGUÉM TEM SEDE, VENHA A MIM E BEBA”.

Charles H. Spurgeon

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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Meu coração permanece calmo


Assim serei contigo; não te deixarei, nem te desampararei. - (Josué 1 5)

Freqüentemente citamos estas palavras dirigidas a Josué; elas são a base da citação: "Ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei" (Hb 13.5), que encontramos no Novo Testamento.

Amados, temos diante de nós uma vida de guerra, porém o Senhor do Exércitos está conosco. Somos chamados para liderar um povo numeroso mas inconstante? Esta promessa nos garante toda a sabedoria e prudência que necessitaremos. Temos, lutado contra inimigos astutos e poderosos? Neste versículo encontramos o poder, o valor, a coragem e a vitória. Temos uma grande herança para conquistar? Por meio deste sinal alcançaremos nosso propósito: o Senhor mesmo está conosco.

Seria realmente uma calamidade para nós, se Jeová pudesse falhar; mas, como isso jamais acontecerá, os ventos de inquietação são colocados para dormir nas cavernas da fidelidade divina. Em nenhuma ocasião, o Senhor nos abandona. Aconteça o que acontecer, Ele estará ao nosso lado. Os amigos se afastam de nós; a ajuda deles é apenas como uma chuva de abril. Nosso Deus, porém, é fiel; Jesus é o mesmo para sempre, e o Espírito Santo habita em nós.

O meu coração, permanece calmo e esperançoso hoje. As nuvens talvez se ajuntem, mas o Senhor pode dispersá-las. Visto que Deus não falhará para comigo, minha fé também não falhará. E, como Ele nunca me abandonará, eu também não O abandonarei. Oh! que eu tenha uma fé que me faça descansar!

Charles H. Spurgeon

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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Todas as coisas Santificadas



Naquele dia, será gravado nas campainhas dos cavalos: Santo ao SENHOR.(Zc 14.20)

Feliz será o dia em que todas as coisas serão consagradas ao Senhor, e as campainhas do cavalos ecoarão santidade ao Senhor! Esse dia já chegou para mim. Mas, pergunto: eu santifico todas as coisas para Deus? Minhas vestes, quando vestidas ou despidas, me fazem lembrar a justiça de Cristo, meu Senhor? Minhas obras serão realizadas como se as estivesse fazendo para o Senhor?

Oh! Que hoje minhas vestes sejam a santidade; minha comida, as ordenanças de Cristo; minha casa, um templo; minha mesa, um altar; minha conversa, incenso; e eu mesmo, um sacerdote! Senhor, cumpre esta promessa e não permitas que nada para mim seja comum ou impuro.

Pela fé, devo esperar por estas atitudes. Crendo que assim acontecerá, serei ajudado a tornar estas atitudes uma realidade, no meu dia a dia. Visto que eu mesmo sou propriedade de Jesus, meu Senhor pode fazer um inventário de tudo que eu tenho, pois tudo Lhe pertence. Eu resolvi provar que isto é verdade, praticando hoje mesmo este princípio.

Desde a manhã até ao entardecer, disporei todas as coisas utilizando essa norma bendita e santa. Minhas campainhas ressoarão; e por que não deveriam? Quem possui um direito semelhante ao que os crentes têm de entoar músicas? Todos os meu atos, toda a minha música, toda a minha alegria serão transformadas em santidade e exaltarão o nome do "Deus Feliz".

Charles H. Spurgeon

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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Perseverança



Exortando-os a permanecer firmes na fé - Atos 14.22

A perseverança é uma insígnia do verdadeiro crente. A vida cristã é mais do que um começo nos caminhos de Deus; é também uma continuidade na fé, enquanto a vida durar. Com o crente acontece aquilo que aconteceu ao grande Napoleão Bonaparte, que disse: "A conquista me tornou o que eu sou e me manterá como sou".

O único conquistador verdadeiro, que será coroado, é aquele que há de perseverar até que a trombeta da guerra pare de retinir. Portanto, a perseverança é o alvo de todos os nossos inimigos espirituais. O mundo não se opõe à sua atitude de ser crente por um tempo, se ele pode tentá-lo a desistir de sua jornada cristã e a sentar-se na Feira da Vaidade. A carne se empenhará para embaraçá-lo e impedir que você avance em direção à glória. A carne dirá: "Ser um crente é algo muito fatigante; estou cansado, desisto. Tenho sempre de ser humilde? Não posso nunca satisfazer a mim mesmo? Dê-me apenas umas férias dessa batalha constante."

Satanás lançará muitos ataques intensos na perseverança do crente. A sua perseverança será o alvo de todas as flechas dele. Satanás se esforçará para obstruí-lo no serviço de Cristo. O diabo insinuará que você não está servindo bem. Ele se esforçará para deixá-lo fatigado de sofrimentos. Satanás falará baixinho ao seu ouvido: "Amaldiçoa a Deus e morre" (Jó 2.9). Ele atacará a sua firmeza. "Que benefício há em ser tão zeloso. Fique quieto como os demais." Satanás investirá contra as suas crenças doutrinárias: "Por que você sustenta esse credo. Homens sensíveis estão se tornando mais liberais.

Eles estão removendo os marcos antigos. Harmonize-se com o seu tempo". Crente, empunhe o seu escudo, vista a sua armadura. Suplique a Deus que, por intermédio do seu Espírito, Ele o faça perseverar até ao fim.

Charles H. Spurgeon

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Dez Acusações (7ª Acusação - Parte 2) [11/16]