terça-feira, 30 de agosto de 2011

Orando sem cessar




Eu, porém, oro. Salmos 109.4
Línguas mentirosas estavam ocupadas em falar contra a reputação de Davi. Ele, porém, não defendeu a si mesmo. Pelo contrário, ele se dirigiu a uma corte superior e apresentou o caso diante do grande Rei. A oração é a maneira mais segura de replicarmos às palavras de ódio.


O salmista não orou com um coração frio. Ele se entregou a prática da oração. Ele aplicou toda a sua alma e o seu coração neste exercício, contorcendo cada nervo e cada músculo. Esta é a única maneira pela qual cada um de nós encontrará respostas junto ao trono da graça. A súplica em que o crente não está completamente envolvido, em agonizante seriedade e veemente desejo, é totalmente ineficaz.


"A oração fervorosa", disse um crente, "à semelhança de um canhão colocado às portas do céu, faz essas portas abrirem-se amplamente". A falta mais comum em muitos de nós é a prontidão em nos rendermos a distrações. Nossos pensamentos vagueiam, e fazemos pouco progresso em direção a nosso objetivo. Assim como o mercúrio, nossos pensamentos não se manterão fixos, mas fluirão para lá e para cá. Que grande mal é esse! Ele nos injuria e, o que é pior, insulta o nosso Deus.


O que pensaríamos sobre um pedinte que, tendo uma audiência com um príncipe, estaria brincando com uma pena ou tentando pegar uma mosca? Continuidade e perseverança são expressas neste versículo. Davi não clamou uma vez e, depois, mergulhou no silêncio. 

Seu clamor continuou até que lhe conquistou a bênção. A oração não deve ser uma de nossas atividades ocasionais; pelo contrário, a oração deve ser nosso negócio diário, nosso hábito, nossa vocação. Assim como os artistas se entregam à pintura de seus modelos e os poetas, à busca de seus clássicos, assim também devemos nos dedicar à oração. Temos de estar imersos na oração, orando sem cessar.


Charles H. Spurgeon

O Que Significa Ser Cheio Do Espirito


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Sacrificio Cristão Radical


sábado, 27 de agosto de 2011

Seja santo: não seja uma mentira para Deus


Spurgeon

O nome de 'santo', se não é justificado pela santidade, é uma ofensa para os homens honestos, e muitos mais para um Deus santo. Uma sonora e atrevida confissão de cristianismo sem uma vida cristã que a respalde, é uma mentira aborrecível a Deus e ao homem, uma ofensa contra a verdade, uma desonra para a religião, e é precursora de uma célere maldição.

FONTE: parte do sermão: A Figueira seca - nº 2107

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Meu pastor não quer que eu pregue as Doutrinas da Graça


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Nunca Seremos Lançados Fora



O que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.

João 6.37
Existe alguma ocorrência de nosso Senhor ter lançado fora alguém que veio a Ele? Se existe, gostaríamos de conhecê-la. No entanto, não existe qualquer dessas ocorrências, e nunca existirá. Entre as almas perdidas no inferno, não há alguém que possa dizer: "Fui a Jesus, e Ele me rejeitou". Não é possível que você e eu sejamos os primeiros a quem Jesus quebrará sua promessa. Não alimentemos esta suposição tão infeliz.

Imaginemos que buscamos a Jesus para falar-Lhe sobre os males de hoje. Podemos estar certos disso: Ele não nos recusará uma audiência, nem nos lançará fora de sua presença. Aqueles que com frequência têm vindo e aqueles que nunca vieram a Cristo, vamos juntos e perceberemos que Ele não fechará a porta de sua graça diante de qualquer um de nós.

Este homem "recebe pecadores" (Lc 15.2), mas não rejeita qualquer deles. Nós O buscamos em nossa fraqueza e pecado, com temor, tremor, com pouco conhecimento e pouca esperança; todavia, Ele não nos rejeita. Vamos a Ele através da oração — oração contrita; com confissão — confissão imperfeita; com adoração — adoração aquém da dignidade de Cristo; apesar disso, Ele nos recebe. Nós O procuramos estando enfermos, fatigados e indignos, mas Ele não nos lança fora, de maneira alguma. Hoje mesmo venhamos a Ele, que nunca nos lança fora.


Charles H. Spurgeon

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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Há muito mais para ver



Maiores coisas do que estas veras.

João 1.50


Estas palavras foram ditas a um crente que tinha a atitude de uma criança, um crente que estava pronto para aceitar Jesus como Filho de Deus, o Rei de Israel, fundamentado em um convincente argumento. Aqueles que estão dispostos a ver hão de ver; porque, se fechamos os nossos olhos, nos tornamos profundamente cegos.


Já vimos muitas coisas. O Senhor nos tem mostrado grandes e inescrutáveis coisas, pelas quais adoramos o seu nome. No entanto, existem maiores verdades em sua Palavra, experiências mais profundas, maiores níveis de comunhão, mais utilidade, maiores descobertas de poder, amor e sabedoria.


Veremos essas coisas, se estivermos dispostos a crer em nosso Senhor. A capacidade de inventar falsa doutrina é desastrosa, mas o poder para enxergar a verdade é uma bênção. No Filho do homem, o céu se abrirá para nós, o caminho que a ele conduz se tornará claro, e o trânsito de anjos que sobem e descem ao reino celestial e ao reino terreal se tornará mais evidente para nós.


Conservemos nossos olhos voltados para as coisas espirituais, esperando contemplar mais e mais. Não creiamos que nossas vidas acabarão em nada, e sim que sempre estaremos crescendo, vendo coisas maiores, cada vez mais, até que vejamos o grande Deus e nunca mais o percamos de vista.


Charles H. Spurgeon




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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Eu sou um Eleito de Deus?


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A Santidade não é opcional – John MacArthur




Continuaremos no pecado?

A graça de Deus não quer dizer que a santidade seja opcional. Sempre há pessoas que abusam da graça de Deus ao assumir que ela dá espaço para o pecado. Parafraseando essa filosofia, Paulo escreve: "Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado para que seja a graça mais abundante?" (Rm 6.1) Se a graça superabundou onde o pecado abundou (Rm 5.20, 21) então nosso pecado somente magnifica a graça de Deus? Deveríamos continuar no pecado a fim de que graça de Deus seja magnificada?

"De modo nenhum!" Paulo respondeu com uma frase tão enfática que a versão King James traduziu da seguinte maneira: "Deus me livre!" A noção de que alguém usaria tal argumento para se desculpar era completamente ofensiva a Paulo. "Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? (Rm 6.3).
Paulo escreveu em outro lugar: "Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim" (Gl 2.20).

Mas em que sentido morremos para o pecado? Todos os cristãos honestos vão testemunhar que ainda somos tentados, ainda caímos e ainda sentimos culpa pelo pecado o tempo todo. O que Paulo quer dizer quando disse aos cristãos que "morremos para o pecado"?

Ele está falando sobre nossa união com Cristo. Todos os crentes são unidos a Cristo pela fé: Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição (Rm 6. 3-5).

A frase "batizado em Cristo Jesus... batizado na sua morte" não tem nada que ver com o batismo nas águas. Paulo está usando a expressão baptizo do mesmo modo que ele a empregou em 1 Coríntios 10.2, quando falou dos israelitas como sendo "batizados em Moisés". Nesse sentido batizado em significa identificado com, ligado a. Em Gálatas 3.27, Paulo diz: "Porque todos quanto fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes". Novamente ele está falando da união com Cristo: "Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele" (ICo 6.17).

Nossa união com Cristo é a premissa da qual a justificação, a santifi-cação e todos os outros aspectos da obra de salvação de Deus dependem. Se primeiro entendêssemos o que significa estar unido com Cristo, compreenderíamos a nossa salvação. Sobre essa doutrina, Martyn Lloyd-Jones escreveu: Realmente estamos em união com Cristo e para ele. Você não pode ler o Novo Testamento, até mesmo superficialmente, sem notar  esta constante repetição — "em Cristo" — "em Cristo Jesus". O apóstolo continua repetindo esta frase, e ela é uma das afirmações mais significativas e mais gloriosas no campo e no âmbito da verdade. Isso significa que fomos unidos ao Senhor Jesus Cristo; tornamo-nos parte dele. Estamos nele. Pertencemos a ele. Somos membros do seu corpo.

E o ensino é que Deus nos considera assim, e isso, naturalmente, significa que agora, nessa relação, nós participamos e compartilhamos de tudo o que é verdade a respeito do próprio Senhor Jesus Cristo. "Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo" (ICo 15.22). "Em Adão" descreve o estado da pessoa não-regenerada, ainda sob a escravidão do pecado, morta, incapaz de agradar a Deus de qualquer modo. Mas "em Cristo" descreve exatamente o estado oposto, a posição do verdadeiro crente em Cristo. Somos livres da tirania do pecado, capazes de amar e obedecer a Deus de coração, participantes de todas as bem-aventuranças do próprio Cristo, objeto do amoroso favor divino, destinado a uma eternidade gloriosa. "Agora, pois, já nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo Jesus" (Rm 8.1).

Nossa união com Cristo resulta em algumas mudanças muito dramáticas. Em primeiro lugar, somos justificados. A justificação tem seu lugar no tribunal de Deus. É um veredito divino de "não culpado". O termo justificação não significa a mudança atual no caráter do pecador; ele descreve a mudança na sua posição diante de Deus.

Mas porque estamos unidos com Cristo, mudanças acontecem também na nossa própria natureza. Regeneração, conversão e santificação são as palavras que descrevem essa mudança. Nascemos de novo — somos regenerados — foi nos dado um novo espírito, um novo coração e um novo amor a Deus (Ez 36.26; 1 Jo 4.19,20). Tornamo-nos participantes da natureza divina (2Pe 1.3, 4). Somos ressuscitados para andar em novidade de vida (Rm 6.4). E o velho homem pecaminoso é executado: "Sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morrem está justificado do pecado" (Rm 6.6, 7).

Jó, o Homem Justo, e a Estrela de Rock




Considerando o poder e a influência popular sobre os jovens


Quando Jó perdeu seus dez filhos, mortos por um vendaval que os esmagou (como os furacões que devastam e destroem em nossos dias), ele rasgou seu manto, rapou a cabeça, lançou-se em terra e adorou. E disse: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou;  bendito seja o nome do SENHOR!” (Jó 1.21) Depois, quando ferido de tumores em todo o corpo, Jó disse à sua esposa que amaldiçoava a Deus: “Temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal?” (Jó 2.10). Em ambos os casos, o autor do livro de Jó acrescenta que ele “não pecou” nestas afirmações ousadas a respeito da soberania de Deus sobre o vento, a enfermidade e Satanás (ver Jó 1.22; 2.10).

Neste sentido, quais são as principais influências para os jovens em nossos dias? Que mensagem está sendo transmitida a respeito do governo de Deus sobre todas as coisas, o direito de dar e tomar que Ele tem como Criador e sua autoridade para governar o mundo? Uma estrela de rock, filha de um pastor metodista da Carolina do Norte, sofreu aborto. À idéia de que este acontecimento doloroso estava na vontade de Deus, ela respondeu: “Se estava, então eu chutarei o traseiro dEle, porque não estou interessada em ‘seja feita a tua vontade’. Sendo mãe desta criança, eu quero a minha vontade e não a tua” (Foster’s Sunday Citizen, 15 de novembro de 1998).

Posteriormente, Jó falou sobre pessoas como sua esposa e essa estrela de rock. Eles são prósperos, não compreendem que sua própria respiração é um dom da graça que eles não merecem (Deus não é “servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais” — Atos 17.25). Tais pessoas não têm uma vida de gratidão contínua para com a paciência e a tolerância de Deus (“Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?” — Romanos 2.4). Acham que o prazer é a norma da vida e interpretam o sofrimento como uma ocasião para blasfemarem do Altíssimo. Jó diz a respeito deles: “São estes os que disseram a Deus: Retira-te de nós! Não desejamos conhecer os teus caminhos. Que é o Todo-Poderoso, para que nós o sirvamos? E que nos aproveitará que lhe façamos orações?” (Jó 21.14-15)
Que é o Todo-Poderoso, para que nós o sirvamos?

Essa é uma pergunta excelente, dependendo do tom de voz. Eis uma parte da resposta.

• Ele é razão por que você chegou a existir. “Nele, foram criadas todas as coisas” (Colossenses 1.16).

• Ele é a razão por que você continua existindo. Ele sustenta “todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hebreus 1.3).

• Ele decide por que você existe e o faz cumprir os seus objetivos. “Tudo foi criado por meio dele e para ele” (Colossenses 1.16).

• Ele governa todas as autoridades que parecem tão influentes na terra. “Jesus Cristo… o Soberano dos reis da terra” (Apocalipse 1.5).

• Somente Ele tem autoridade para perdoar pecados. “Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus? …o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados” (Marcos 2.7, 10).

• Opor-se a Deus é tolice em extremo. “Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10.31).

• Amar a Deus e aproximar-se dEle é sabedoria plena. “Na tua [de Deus] presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (Salmos 16.11). “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros” (Tiago 4.8).

Portanto, com regozijo e tremor, humilhemo-nos sob a poderosa mão de Deus. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã (Salmos 30.5). Os caminhos de Deus são, freqüentemente, estranhos.Mas, quando esses caminhos são estranhos, Jó é um exemplo melhor do que uma estrela de rock.

Devocional extraído do livro Provai e Vede, de John Piper.
Copyright: © Editora FIEL
Permissões: a postagem de trechos deste livro foi realizada com permissão da Editora Fiel. Se você deseja mais informações sobre permissões contate-os.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A Ira de Deus é Contra o Pecador


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Jejuando pela recompensa do Pai - Pr. John Piper


Pr. John Piper faz estudo sobre o ensino do mestre sobre o jejum em Mateus, capítulo 6. Jesus fala sobre a forma correta de jejum, sobre como devemos nos conduzir e qual a recompensa esperar. Clique na imagem para ler ou ir para página de download.








Jejuando Pela Recompensa Do Pai

domingo, 14 de agosto de 2011

Terás que lutar contra o pecado




Assim lhe ficaram as mãos firmes até ao pôr-do-sol.

Êxodo 17.12

A oração de Moisés era tão poderosa, que todos dependiam dela. As súplicas de Moisés derrotaram o inimigo, mais do que o fizeram a batalha dos exércitos de Josué. No entanto, os dois eram necessários.

No conflito espiritual, força e fervor, decisão e devoção, valor e veemência têm de estar juntos. Temos de lutar contra o nosso pecado; porém, a maior parte dessa luta tem de ser realizada estando nós sozinhos, com Deus. Orações como a de Moisés erguem a aliança diante do Senhor. O Senhor não pode negar suas próprias declarações. Levante a vara da promessa e você receberá a sua resposta.

Quando Moisés ficou cansado, seus amigos o assistiram. Quando a sua oração perder a sua vitalidade, permita que a fé mantenha uma de suas mãos levantadas e que a esperança santa levante a outra. Então, a oração, assentando-se sobre a Rocha de nossa salvação, haverá de prevalecer e perseverar. Acautele-se do desânimo na oração. Se Moisés o sentiu, quem pode escapar? E muito mais fácil lutar contra o pecado em público do que orar contra ele em particular.

Josué não se cansou de lutar; Moisés, porém fatigou-se de orar. Quanto mais espiritual for um exercício, tanto mais dificuldade a carne e o sangue encontrarão para mantê-lo. Que o Espírito de Deus, que nos auxilia em nossas fraquezas, capacite-nos a preservar nossas mãos levantadas, à semelhança de Moisés, "até ao pôr-do-sol". Súplicas intermitentes possuem pouco valor. Temos de lutar toda a noite e manter levantadas nossas mãos "até ao pôr-do-sol". Temos de permanecer firmes até que a noite desta vida termine e venha o despontar de um sol melhor, na terra onde a oração se transforma em louvor.


Charles H. Spurgeon

sábado, 13 de agosto de 2011

Paul Washer – Um Evangelho Escandaloso



“Não me envergonho do Evangelho de Cristo,
pois é o poder de Deus para
salvação de todo
aquele que crê; primeiro do judeu, e também
do grego.” Romanos 1:16

Paulo, na carne, tinha razões para se envergonhar do Evangelho que pregava, porque contradizia tudo o que se cria ser verdadeiro e sagrado entre os seus contemporâneos. Para os judeus, o Evangelho era a pior blasfêmia porque reivindicava que o Nazareno que morreu amaldiçoado no Calvário era o Messias. Para os gregos, era o pior absurdo porque reivindicava que este Messias Judeu era Deus feito carne. Assim, Paulo sabia que quando abrisse a boca para falar o Evangelho, seria completamente rejeitado e ridicularizado, desprezado, a menos que o Espírito Santo interviesse e se movesse nos corações e mentes dos seus ouvintes. Nos nossos dias, o Evangelho primitivo não é menos ultrajante, pois ainda contradiz os princípios, ou os “-ismos”, da cultura contemporânea: o relativismo, o pluralismo e o humanismo.

NÃO É TUDO RELATIVO

Vivemos na era do Relativismo – um sistema de crenças baseado na absoluta certeza de que não há absolutos. Hipocritamente aplaudimos homens que buscam a verdade, mas executamos em praça pública qualquer um que seja arrogante o suficiente para acreditar que a encontrou. Vivemos numa era de trevas auto-impostas, e a razão disso acontecer é clara. O homem natural é uma criatura decaída, é moralmente corrupto, obstinado na sua autonomia (i.e.,no seu auto-governo). Odeia a Deus porque Ele é Justo, e odeia as Suas leis porque censuram e restringem a sua maldade. Ele odeia a verdade porque revela o que ele realmente é. Ele quase acaba com o que ainda permanece na sua consciência. Portanto, o homem decaído busca empurrar a verdade – especialmente a verdade sobre Deus – para o mais longe possível. Ele vai até onde for preciso para suprimir a verdade, mesmo a ponto de fingir que tal coisa não existe ou que, se existe, não pode ser conhecida nem ter alguma coisa a ver com as nossas vidas. Não é Deus que se esconde, é o homem. O problema não é o intelecto, é a vontade. Como um homem que esconde a sua cabeça na areia para evitar o ataque de um rinoceronte, o homem moderno nega a verdade de um Deus justo e os Seus absolutos morais, na esperança de silenciar a sua consciência e de esquecer o julgamento que ele sabe ser inevitável. O Evangelho cristão é um escândalo para o homem e para a sua cultura, porque faz a única coisa que ele mais quer evitar – desperta-o do seu auto-imposto “sono” para a realidade da sua situação decaída, da sua rebelião; chama-o à rejeição da sua autonomia e à submissão a Deus, através do arrependimento e fé em Jesus Cristo.

NÃO ESTÃO TODOS CORRETOS

Vivemos numa era de Pluralismo – um sistema de crenças que põe fim à verdade, declaran do que tudo é verdade, especialmente no que diz respeito à religião. Pode ser difícil para o cristão contemporâneo entender, mas os cristãos que viveram nos primeiros séculos da fé foram marcados e perseguidos como se fossem ateus. A cultura que os envolvia estava imersa em teísmo. O mundo estava cheio de imagens de deuses, a religião era um negócio crescente. Os homens não só toleravam os deuses uns dos outros, como também os trocavam e partilhavam. O mundo religioso ia muito bem até chegarem os cristãos e declararem que “deuses feitos com as mãos não são deuses.” Eles negaram aos Césares as honras que eles exigiam, recusaram dobrar os joelhos aos outros ditos “deuses”, e confessaram Jesus apenas como Senhor de tudo. O mundo inteiro assistiu boquiaberto a tal arrogância e reagiu com fúria contra a intolerável intolerância dos cristãos à tolerância.

Este mesmo cenário abunda no nosso mundo hoje em dia. Contra toda a lógica, dizem-nos que todas as posições em relação à religião e moralidade são verdadeiras, não importa quão radicalmente diferente se contraditórias possam ser. O aspecto mais espantoso de tudo isto é que, através dos incansáveis esforços da mídia e do mundo acadêmico, isto rapidamente se tornou a opinião da maioria. Contudo, o pluralismo não lida com o problema nem cura a maleita. Apenas anestesia o paciente para que já não sinta nem pense mais. O Evangelho é um escândalo porque despertao homem do seu sono e recusa-se a deixá-lo descansar numa base tão ilógica. Força-o a chegar a alguma conclusão – “Até quando vão coxear entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, sigam-no; mas se é Baal, sigam-no.”

O verdadeiro Evangelho é radicalmente exclusivo. Jesus não é “um” caminho, mas “o” caminho.3 E todos os outros caminhos não são o caminho. Se o cristianismo desse mais um pequeno passo que fosse no sentido de um ecumenicalismo mais tolerante, e trocasse o artigo definido “o” pelo artigo indefinido “um”, o escândalo desapareceria; o mundo e o cristianismo podiam ser amigos. Contudo, quando isto acontecer, o cristianismo deixou de ser cristianismo. Cristo é negado e o mundo fica sem Salvador.

O HOMEM NÃO É A MEDIDA

Vivemos numa era de Humanismo. Nas últimas décadas, o homem tem lutado para expurgar Deus da sua consciência e da sua cultura. Derrubou todos os altares visíveis ao “Único Deus Vivo” e ergueu monumentos para si mesmo, com o zelo de um religioso fanático.Fez de si próprio o centro, a medida e o fim de todas as coisas. Louva o seu mérito inato, exige honra à sua auto-estima e promove a sua auto-satisfação e auto-realização como o maior bem. Justifica a sua consciência culpada com os resquícios de uma antiquada religião de culpa. Procura livrar-se de qualquer responsabilidade pelo caos moral que o envolve, culpando a sociedade, ou pelo menos a parte da sociedade que ainda não atingiu o seu nível de entendimento. A mínima sugestão de que a sua consciência pudesse estar certa no seu testemunho contra ele, ou que ele pudesse ser responsável pelas quase infinitas doenças que há no mundo, é impensável. Por este motivo, o Evangelho é um escândalo para o homem decaído, pois expõe a sua ilusão acerca de si mesmo e convence-o da sua situação decaída e da sua culpa. Esta é, essencialmente, a “primeira ação” do Evangelho; é por isso que o mundo detesta tanto a pregação do verdadeiro Evangelho. Arruína a sua festa – estraga prazeres – destrói a sua fantasia e expõe que “o rei vai nu”.

As Escrituras reconhecem que o Evangelho de Jesus Cristo é uma “pedra de tropeço”4 e “loucura” para os homens, em todas as gerações e culturas. Contudo, tentar remover o escândalo da mensagem é invalidar a cruz de Cristo e o seu poder salvador. Temos que entender que o Evangelho não apenas é escandaloso, mas que é suposto que o seja!Através da loucura do Evangelho, Deus destruiu a sabedoria dos sábios, frustrou a inteligência das grandes mentes e abateu o orgulho de todos os homens, para que no fim nenhuma carne se possa gloriar na Sua presença, mas como está escrito: “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.”

O Evangelho de Paulo não só contradizia a religião, a filosofia e a cultura dos seus dias, mas declarava-lhes guerra. Recusava tréguas ou tratados com o mundo e satisfazia-se com nada menos do que absoluta rendição da cultura ao senhorio de Jesus Cristo. Fazemos bem em seguir o exemplo de Paulo. Temos que ser cuidadosos para evitar qualquer tentação de conformarmos o nosso Evangelho às modas de hoje ou aos desejos de homens carnais. Não temos o direito de deturpar, de suavizar a sua ofensa nem de civilizar as suas exigências radicais, para o tornarmos mais atraente a um mundo caído ou a carnais membros de igrejas. As nossas igrejas estão cheias de estratégias para serem mais “agradáveis”, pondo o Evangelho noutra embalagem, removendo a pedra de tropeço e amaciando o gume da espada, para ser mais aceitável aos homens carnais. Devemos ser sensível ao que busca, mas devemos perceber que: há só Um que busca e este é Deus. Se nos esforçamos para fazer nossas igrejas e mensagens confortáveis, façamos confortáveis para Ele. Se queremos erguer uma igreja ou ministério, vamos fazê-lo com uma paixão por glorificar a Deus e com um desejo de não ofender a Sua glória. Não importa o que o mundo vai pensar de nós! Não buscamos honras na terra, mas a honra do céu deve ser o nosso desejo.

Por Paul Washer | HeartCry Magazine Nov-Dez 2008, nº59, “AscandalousGospel”, usado com permissão.

Fonte: [ Voltemos ao Evangelho ]
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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O Amor Incondicional de Cristo


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Pregadores Orientados: pelo Entretenimentos vs. pela Bíblia




Pastor John, em 2008:
 
A diferença entre um pregador orientado pelo entretenimento e um pregador orientado pela Bíblia é a notável conexão das palavras do pregador com a Bíblia como fonte de autoridade para o que ele diz.

O pregador orientado pelo entretenimento parece não se incomodar em falar de muitas coisas que não são extraídas da Bíblia. Em sua mensagem, ele parece gostar mais de falar sobre outras coisas do que aquilo que a Bíblia ensina. Suas palavras parecem ser interessantes ou divertidos em si mesmas. Elas entretêm. Mas não dão a impressão de que este homem é o representante de Deus diante do povo de Deus para entregar a mensagem de Deus.

O pregador orientado pela Bíblia, por outro lado, se vê dessa forma – “Eu sou um representante de Deus, enviado ao povo de Deus, para entregar uma mensagem de Deus”. Ele sabe que a única maneira que um homem ousar assumir tal posição é com uma consciência temerosa de indigna servidão sob a autoridade da Bíblia. Ele sabe que a única maneira na qual ele pode entregar a mensagem de Deus ao povo de Deus é enraizando-a e saturando-a com a revelação do próprio Deus na Bíblia.

Fonte: [ Voltemos ao Evangelho ]

Morra pela Verdade! - C. H. Spurgeon


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A essência da Palavra de Deus



São elas mesmas que testificam de mim.

João 5.39

Senhor Jesus Cristo é o Alfa e Omega da Bíblia. Ele é o tema constante das páginas sagradas. Da primeira à última página, as Escrituras testificam de Jesus. Na Criação, nós discernimos que Jesus é uma das pessoas da bendita Trindade. Temos uma contemplação rápida de Jesus na promessa que se refere ao descendente da mulher.


Nós O vemos tipificado na arca de Noé. Andamos com Abraão, enquanto ele vê o dia do Messias. Vemos o venerável patriarca Israel falando sobre Silo. Podemos ver o Redentor prefigurado nos inumeráveis tipos da lei. Profetas, sacerdotes, reis e pregadores, todos eles olhavam para Jesus. Eles permaneciam quietos, como os querubins da arca da Aliança, desejando contemplar o interior e entender o mistério divino da grande redenção do homem.


No Novo Testamento, encontramos nosso Senhor como o assunto que permeia todas as páginas. Toda a essência do Novo Testamento é Jesus crucificado. Mesmo a sua última afirmação está adornada com o nome do Redentor. Devemos ler sempre as Escrituras sob esta luz. Devemos considerar a Palavra como um espelho através do qual Cristo olha do céu para a terra.


O reflexo é obscuro, mas é uma preparação bendita para o tempo em que veremos o Senhor face a face. A Bíblia contém as cartas do Senhor Jesus, perfumadas com seu amor. As páginas das Escrituras são as vestes de nosso Rei, e todas elas exalam mirra, aloés e cinamomo. As páginas da Bíblia são as faixas que envolvem o bendito infante Jesus. Desenrole-as e você encontrará o seu Salvador. A essência da Palavra de Deus é o Senhor Jesus Cristo.


Charles H. Spurgeon

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domingo, 7 de agosto de 2011

Depressao Espiritual - Martin Lloyd Jones


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Quem pode derrotar a Onipotência?



Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne.

Gálatas 5.17
No espírito de cada crente, existe uma constante luta da velha natureza contra a nova natureza. A velha natureza se mostra bastante ativa e não perde oportunidade de empregar todas as armas de seu arsenal mortífero contra a graça recém-nascida.
Por outro lado, a nova natureza está sempre em vigilância para resistir e destruir seu inimigo. A graça em nosso espírito utilizará a oração, a fé, a esperança e o amor para expulsar o mal. Ela se veste de toda a "armadura de Deus" (Efésios 6.11) e luta com ardor. Estas duas naturezas opostas nunca cessarão de lutar, enquanto estivermos neste mundo.
Cristão, o peregrino de Bunyan, lutou contra Apoliom por muitas horas, mas a luta de Cristão contra si mesmo durou todo o caminho, a partir da Porta Estreita até ao rio Jordão. Embora estejamos atribulados, e frequentemente em doloroso combate, temos um Ajudador poderoso: Jesus, o Capitão de nossa salvação.
Ele está sempre conosco e nos assegura de que seremos "mais que vencedores" (Romanos 8.37) por meio dEle. Com tal assistência, a nova natureza recém-nascida é uma forte lutadora para seus inimigos. Você está lutando contra o adversário hoje? Satanás, o mundo e a carne estão todos contra você? Não desanime. Continue lutando! Deus mesmo está ao seu lado.
Jeová-Níssi é a sua bandeira; e jeová-Rapha é aquele que cura as suas feridas. Não tema, você será vitorioso, porque quem pode derrotar a Onipotência? Continue a lutar, olhando para Jesus (ver Hebreus 12.2)! Embora o conflito seja demorado e árduo, doce será a vitória e gloriosa, a recompensa prometida. Jesus, o Capitão de nossa salvação, nos assegura que no tempo próprio nos tornaremos mais do que vencedores por meio dAquele que nos amou.
Prosseguimos de força em força; Lutamos, batalhamos e oramos. Vencemos todos os poderes das trevas E, no dia de bom combate, ganhamos!



Charles H. Spurgeon


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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Separados do Mundo - C.H.Spurgeon



E o SENHOR fechou a porta após ele.
Gênesis 7.16

Com mãos de amor, Noé foi fechado, separado de todo o mundo. A porta da eleição vem entre nós e o mundo onde aquele que é mau existe. Não somos do mundo, assim como o nosso Senhor não era do mundo (ver João 17.14). Não podemos entrar no pecado e nas buscas da multidão. Não podemos brincar nas ruas da Feira da Vaidade, com os filhos das trevas, visto que o nosso Pai celestial nos fechou do lado de dentro.

Noé estava fechado com seu Deus. "Entra na arca" (Gênesis 7.1), foi o convite do Senhor por meio do qual deixou evidente que Ele mesmo tencionava habitar na arca, com seu servo e sua família. Deste modo, todos os escolhidos habitam em Deus e Deus neles. Os eleitos estão encerrados no mesmo círculo onde se encontra Deus, na Pessoa do Pai, o Filho e o Espírito Santo. Oh! que jamais sejamos desatenciosos à chamada graciosa!

Vem, povo meu, entra em tuas câmaras. Fecha as portas atrás de ti e esconde-te por um momento, até que passe a indignação. Noé foi fechado de tal modo que nenhum mal podia atingi-lo. As águas do Dilúvio tão-somente elevaram a Noé, colocando-o mais perto do céu; e as rajadas de ventos apenas o conduziram em seu caminho.

Do lado de fora da arca, tudo era ruína; no seu interior, tudo era sossego e paz. Sem Cristo, perecemos, mas em Cristo há segurança perfeita. Noé estava tão fechado na arca, que nem mesmo desejou sair dali. Aqueles que estão em Cristo Jesus, estão nEle para sempre. Nunca mais sairão, pois a fidelidade eterna os encerrou e a malícia infernal não pode arrastá-los para fora. O Príncipe da casa de Davi tem a chave "que fecha, e ninguém abrirá" (Apocalipse 3.7).

Nos últimos dias, o Senhor da casa se levantará e fechará a porta. Em vão, os meros filósofos hão de bater e clamar: "Senhor, Senhor, abre-nos a porta". Aquela mesma porta que fechará no interior as virgens prudentes, deixará do lado de fora os tolos, para sempre. Senhor, fecha-me em teu reino por meio de tua graça.


terça-feira, 2 de agosto de 2011

O que é ser verdadeiramente um discípulo e igreja


7 marcas de um coração reto diante de Deus


7 marcas de um coração reto diante de Deus


1) Um coração reto é um NOVO coração (Ezequiel 36.26). Não é o coração com que a pessoa nasce, mas um coração recebido pelo Espírito Santo. É um coração que possui novos sentimentos, novas alegrias, novas tristezas, novos desejos, novas esperanças, novos medos, novos gostos e novos desgostos. Ele possui novos pontos de vista sobre a alma, o pecado, a salvação de Deus, Cristo, a Bíblia, a oração, o céu, o inferno, o mundo e a santidade. É como uma fazenda com um novo e bom inquilino. “As coisas velhas se passaram. Eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5.17)

2) Um coração reto é um coração QUEBRANTADO e CONTRITO (Salmo 51.17). Ele está distante do orgulho, vaidade e auto-justificação. Seus antigos pensamentos elevados sobre si mesmo estão rachados, quebrados, e despedaçado em átomos. Ele se julga como culpado, indigno e corrupto. Sua antiga teimosia, inércia e insensibilidade foi destruída, desapareceu, e faleceu. Ele não faz mais pouco caso de ofender a Deus. É leve, sensível e invejavelmente temeroso de correr para o pecado (2 Reis 22:19). É humilde, simples e não vê em si coisa boa.

3) Um coração reto é um coração que CRÊ somente em Cristo como a sua salvação, e em que Cristo habita pela fé (Romanos 10.10; Efésios 3.17). Coloca todas as suas esperanças de perdão e vida eterna na expiação, mediação e intercessão de Cristo. É aspergido pelo sangue de Cristo para ser purificado da consciência culpada (Hebreus 10.22). Assim como a bússola aponta para o norte, este coração se volta para Cristo. Ele procura em Cristo a paz diária, a misericórdia e a graça, assim como o gira-sol olha para o sol. Encontra em Cristo seu sustento diário, assim como Israel foi alimentado com o maná no deserto. Ele vê em Cristo uma aptidão especial para suprir todas as suas necessidades e exigências. Ele se inclina sobre ele, paira sobre ele, constrói sobre ele, para se unir à ele, como médico, tutor, marido e amigo.

4) Um coração direito é um coração PURIFICADO (Atos 15.9; Mateus 5.8). Ele ama a santidade, e odeia o pecado. Ele se esforça diariamente para se purificar de toda a imundícia na carne e do espírito (2 Cor. 7:1). Ele abomina o que é mau, e se une ao que é bom. Ele se deleita na lei de Deus, e possui a lei gravada nele, para não esquecê-la (Salmos 119.11). Ele anseia obedecer a lei sempre mais, e tem prazer naqueles que amam a lei. Ele ama a Deus e as pessoas. Suas afeições são pelas coisas do alto. Ele nunca se sente tão leve e feliz como quando é mais santo, e aguarda com expectativa o céu com alegria, como o lugar onde a santidade perfeita será finalmente alcançada.

5) Um coração direito é um coração que ORA. Ele tem dentro de si “o Espírito de adoção pelo qual clamamos: Aba, Pai“(Romanos 8.15). Seu sentimento diário é “Seu rosto, Senhor, buscarei“(Salmo 27.8). É atraído por uma inclinação habitual de falar com Deus sobre coisas espirituais – de forma fraca, muito fraca, e talvez imperfeita – mas é preciso falar. Ele considera necessário derramar-se diante de Deus, como diante de um amigo, e apresentar diante dele todas as suas necessidades e desejos. Diz-lhe todos os seus segredos. Não esconde nada. Tentar persuadir uma pessoa a viver sem respirar é como convencer o dono de um coração reto a viver sem orar.

Tentar persuadir uma pessoa a viver sem respirar é como convencer o dono de um coração reto a viver sem orar
6) Um coração direito é um coração que sente CONFLITOS dentro dele (Gálatas 5.17). Ele encontra dentro de si dois princípios opostos disputando o domínio – a carne contra o Espírito, e o Espírito contra a carne. Ele sabe por experiência o que Paulo quer dizer quando diz: “Eu vejo uma lei nos meus membros guerreando contra a lei da minha mente“(Romanos 7.23). O coração enganado não conhece nada desta luta. O homem forte mantém o coração enganado como seu palácio e seus bens estão em paz (Lucas 11.21). Mas quando o rei legítimo toma posse do coração, começa uma luta que nunca termina até a morte. O coração reto pode ser conhecido por sua luta, tanto quanto pela sua paz.

7) Um coração direito é HONESTO, NÃO DIVIDIDO, e VERDADEIRO (Lucas 8.15; 1 Crônicas 12.33; Hebreus 10.22). Não há nada de falsidade, hipocrisia, ou fingimento nele. Não é duplo ou dividido. É realmente o que professa ser, sente o que professa sentir, e crê no que professa crer. Sua fé pode ser fraca. Sua obediência pode ser muito imperfeita. Mas uma coisa sempre vai distinguir o coração reto. Sua religião é real, verdadeira, profunda e sincera.

Resumindo:
Um coração como o que foi descrito sempre foi possuído pelos verdadeiros cristãos de todo o nome, nação, povo e língua. Eles diferem um do outro em muitos assuntos, mas todos eles possuem esse coração reto. Alguns deles caíram, por um tempo, assim como Davi e Pedro, mas o seu coração nunca se afastou inteiramente do Senhor. Eles muitas vezes mostraram ser homens e mulheres carregados de enfermidades, mas seu coração foi reto aos olhos de Deus. Eles compreenderam um ao outro na terra. Eles descobriram que sua experiência foi em toda parte única, e a mesma. Eles vão entender um ao outro ainda melhor no mundo que há vir. Todos os que tiveram um coração reto sobre a terra, irão descobrir que eles têm um mesmo coração, quando entrarem no céu.

J.C.Ryle

Traduzido e cedido por Ana Carolina Selvati | iPródigo.com | Original aqui