domingo, 30 de junho de 2013

Você Pergunta... A Bíblia Responde #2






Minha dúvida é sobre como devo posicionar minha oração. Na igreja quando precisamos pedir por algo o pastor sempre fala com Deus da seguinte forma "Deus em nome de Jesus não aceito que tal pessoa esteja no hospital entre a vida e morte...". Devo orar assim? Ou seja, dizer que não aceito algo? Como posso ter a certeza da cura de uma pessoa se eu não sei qual o plano de Deus para ela. Por exemplo: Estou agora com minha perna doendo muito (acho que deve ser por causa do frio), como posso orar pedindo pra Deus curar e ter a certeza que seria curada se eu não sei qual o plano Dele pra mim? Sei lá, talvez eu tenha alguma doença que Deus quer que eu tenha, ou talvez seja somente uma dorzinha mesmo, mas como vou ter certeza? Vi um crente que tinha câncer e sempre orava com a família e com a igreja pela cura, mas ele morreu. Todos tinham certeza da cura, mas ele morreu. Mesmo sem saber do plano de Deus, devo orar com certeza da cura ou de algo? Sempre com certeza do milagre? 

Duas coisas devem ser levadas em consideração para podermos entender melhor: 

Primeira: Nada, absolutamente nada, acontece sem a permissão de Deus. Nem um fio de cabelo cai sem a permissão do Pai. (Isso já é motivo de grande alegria saber que Deus está no controle, nada é muito grande ou muito insignificante que Ele não leve em conta). 

Segunda: Deus não precisa de nós, nós que precisamos dele, então como dar ordens ou oferecer algo para alguém que não precisa de nada? (Isso deve nos trazer tremenda humildade diante disso). 

Coloquei estas duas coisas porque elas ajudam a entender a posição da oração diante de Deus. 

Devemos ser homens e mulheres de oração, de muita oração, mas de fato existem grandes distorções sobre o ensino da oração. Sua oração sempre deve estar posicionada no que as Escrituras nos ensinam, pedir algo em nome de Jesus não deve ser entendido como um mantra. Você pode ver sobre isso em:
http://www.gotquestions.org/Portugues/orar-nome-Jesus.html

Na medida que nos aprofundamos mais na palavra de Deus, aprendemos o que realmente importa, ou seja começamos a orar mais biblicamente. Quando oramos, devemos buscar relacionamento e intimidade com Deus. Nossa oração nunca deve ser entendida com se Deus fosse um gênio da lâmpada e que nós determinamos, mandamos, demandamos, é exatamente sobre isso que Tiago fala em sua carta no capitulo 4, sobre as orações "mundanas". Deus não concede, porque muitas vezes as orações são direcionadas para longe de sua vontade descrita nas escrituras. 

Devemos colocar nossas angústias, sofrimentos, medos e tudo que nos aflige aos pés do único que pode fazer a diferença, Deus, mas a diferença é de quando oramos pensando em fazer nossas vontades, como se Deus fosse obrigado por nós, de quando oramos pensando em fazer a vontade de Deus em nossas vidas,(este é um grande abismo de entendimento). Lembra-se da oração do Pai nosso, que Jesus deixou como exemplo? Seja feita a tua (Deus) vontade, então devemos sempre levar em consideração a motivação de nossas orações, nossa oração é para glorificarmos a Deus? Ou para nós mesmos? 

A oração pela cura não é errada, mas sim a maneira como oramos. Orar segundo a vontade de Deus e aprender qual é a vontade de Deus para nossas vidas é aprender pelas Escrituras a vontade revelada de Deus, ou seja, é esta que esta ao nosso alcance. Somente através da Bíblia podemos aprender isso. Uma vida de santidade e temor ao Senhor são bons exemplos disso, destacado na Bíblia. 

Já vi alguns casos como você relatou sobre doenças, com crentes, mas creio que o posicionamento certo, deve ser o de orar sim, mas confiar que Deus faz o que Ele acha melhor, tenho um bom exemplo sobre isso, especificamente em relação a doenças e curas. Segue o link para esse testemunho: 

O resumo do testemunho dele creio que resume bem a questão sobre Deus curar ou não curar, a frase dele: Oro a Deus para me curar porque Deus é bom, e se Deus não me curar ele continua sendo Deus e continua sendo bom! (Nota a diferença?) 

Sempre que buscamos aprender sobre Deus, através das Escrituras, o Espírito Santo nos molda a desejarmos o que realmente importa, ou seja buscar as coisas do alto, onde nosso Senhor Jesus está! 
Nossas orações começam a ser cada vez mais moldadas na Bíblia, e aprendemos cada vez mais qual é a vontade de Deus para nós. Minha sugestão é você meditar no livro de Salmos, pois é um verdadeiro manual de oração ao longo de toda história da Igreja! 

Em Cristo.


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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Você Pergunta... A Bíblia Responde #1




Gostaria de saber se em alguma parte da bíblia diz que em certo momento o filho deve buscar independência do pai ( biológico )?!

Sim, existe. A bíblia cita que o casamento é o momento do filho(a) buscar a independência do pai ou da família.

E a costela que o Senhor Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe. E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.” Gênesis 2:22-24

Segundo a Palavra de Deus o casamento é o momento para que o filho(a) deixe seu pai e mãe e se une a sua esposa.

A primeira instituição humana a ser estabelecida foi o relacionamento marital, apesar disto não invalidar a responsabilidade do filho em honrar pai e mãe, mas representa a inauguração de uma união permanente e indissolúvel.

É bom lembrarmos que vivemos em uma geração, em uma cultura, onde os pais incentivam aos filhos a seguirem carreira profissionais, a serem dependentes por um grande período de tempo até estabelecerem suas carreiras.

As mulheres são criadas para não dependerem dos homens, isso tem causado um número muito grande de filhos e filhas com mais de 30 anos que ainda vivem na casa de seus pais e não almejam a constituição de uma família, se acomodam nas facilidades e no amor dos pais.

Mas esse movimento cultural não representa o desejo de Deus para as nossas vidas, devemos criar homens que assumam a responsabilidade de tomar conta de uma família e mulheres que sejam boas mães e boas esposas em primeiro lugar.

O deixar pai e mãe é tão importante que Deus coloca como a primeira instrução para o homem ao unir com sua esposa: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher”. Isso inclui o deixar físico, o deixar financeiro e inclusive o deixar emocional. O homem deve ver em sua esposa a pessoa mais importante, da mesma maneira a esposa para o marido. Não quer dizer que seus familiares serão deixados totalmente de lado, mas que agora o casal serão prioridade um para o outro.



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terça-feira, 25 de junho de 2013

A Teologia Bíblia do Novo Testamento e Seus Autores


A teologia bíblica estuda a Bíblia e organiza as conclusões em várias divisões e áreas de estudos, com a finalidade de estudar e conhecer a progressão da Revelação de Deus à humanidade desde a criação, queda, redenção e consumação, passando pelo Antigo Testamento e Novo Testamento.

A teologia bíblica parte da pesquisa exegética, ou seja, do específico para o geral. Em outras palavras, a teologia bíblica parte da exegese dos textos bíblicos como afirmação primeira, elaborando a partir dessa exegese afirmações decorrentes.

Através de um breve estudo da Teologia do Novo Testamento é possível observar a diversidade de vocabulários, diversidade de temas e também, claramente, apesar de toda essa diversidade a grande unidade entre todos os autores e textos do Novo Testamento, uma prova clara e garantida da inspiração divina das Escrituras Sagradas.

No Novo Testamento há a teologia de Mateus, de Marcos, de Lucas (Lc e At), de João (Jo, 1Jo, 2Jo, 3Jo e Ap), de Paulo (Cartas Paulinas), teologia de Hebreus, de Tiago, Pedro e Judas.

1. TEOLOGIA DE MATEUS

Os evangelhos de maneira distinta da maioria das biografias modernas, são relativamente breves. No Evangelho de Mateus fica claro que o escritor bíblico está apresentando um resumo do ensinamento de Jesus. A comparação de passagens semelhantes dos evangelhos sugere que cada escritor exerceu liberdade na apresentação e disposição do material. Essa liberdade permitiu que cada autor, sob inspiração do Espírito Santo, salientasse aspectos distintos das palavras e obras de Cristo.

Embora Jesus seja o foco central dos evangelhos, o relato de sua vida e de seus ensinamentos não é a única preocupação deles. Os evangelhos também ajudam a entender alguns dos fatores que levaram à formação da Igreja.

Ao mesmo tempo em que a vida e o ministério de Jesus são o foco do Evangelho de Mateus, ele também deixa claro que o que Jesus disse e fez, como também os eventos que conspiraram para levá-lo à cruz, faz parte do plano e propósito de Deus.

Todos os escritores dos evangelhos retratam a vida e o ministério de Jesus como o cumprimento da profecia e da expectativa do Antigo Testamento. Mas Mateus é bastante característico em relação a isso. Seus evangelho caracteriza-se por uma série de citações do Antigo Testamento introduzidas com o uso do verbo “cumprir”. A primeira ocorrência no evangelho de Mateus ilustra a natureza dessas introduções: “Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta” (Mt 1:22).

2. TEOLOGIA DE MARCOS

Entre os evangelhos sinóticos, certamente, Marcos é o menos considerado em comparação aos seus companheiros mais longos. Marcos possui apenas 10% do relato do Evangelho que contêm informações que não se encontram em Mateus e Lucas. É possível que isso tenha contribuído para o julgamento do Evangelho de Marcos o fato de ele, em essência, ser um resumo, ou condensação, dos evangelhos mais longos, em especial, o de Mateus. Inclusive Agostinho se referia a Marcos como o “abreviador” de Mateus.

Apesar dessa avaliação ter sido aceita como correta por mais de 1.800 anos, a partir do século XIX emergiu o consenso de que Marcos não é o “seguidor” de Mateus, como pensava Agostinho, mas foi o primeiro escritor de um Evangelho.

Vários aspectos do Evangelho de Marcos sugerem que essa ideia de Marcos como o primeiro seja a forma mais correta de apresentar os fatos. Pois se Marcos abreviou Mateus em vários pontos, fez um trabalho muito precário. Inclusive, a narrativa de Marcos da vida de Jesus, em mais de uma ocasião, é mais longa e detalhada que a de Mateus. Antes, Mateus, por comparação, parece ter resumido e condensado a narrativa.

Outro fator em favor dessa opinião está o fato do estilo utilizado em grego, o estilo de Marcos é com frequência mais deselegante em comparação com o de Mateus. Entretanto o fato dos escritos de Marcos conter algumas passagens em grego deselegante não deve nos surpreender nem nos desanimar, ao contrário, deve ser fonte de encorajamento. Esse fato fornece como ilustração, que Deus, com frequência, usa pessoas comuns para executar obras extraordinárias.

Embora muito do que Marcos escreveu em seu Evangelho seja ecoado nos evangelhos de Mateus e Lucas, seria errado pensar que ele não tem nada distinto a dizer. Marcos retrata a humanidade e a humilhação de Jesus de maneira única. Mostrou com grande efeito o que Jesus pretendia quando disse que “o Filhos do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (10:45). De modo igualmente empolgante o leitor consegue a compreensão de que seguir Jesus é um empreendimento com implicações profundas: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me” (8:34).

Marcos, também, teve uma intenção única se comparado a Mateus e Lucas na maneira de não transmitir uma impressão positiva dos discípulos. Isso se deve em parte pelo fato de eles serem retratados exatamente da forma como eram, um grupo de pessoas bastante comum. Marcos também ressalta a fragilidade e a falibilidade dos discípulos de forma mais clara que os outros escritores dos Evangelhos.

A intenção de Marcos era que seus leitores se identificassem totalmente com os discípulos, eram homens e mulheres comuns que fracassavam. Mas a certeza e a confiança deles não repousavam em si mesmos, mas em Deus.

3. TEOLOGIA DE LUCAS-ATOS

O Evangelho de Lucas e o livro de Atos dos apóstolos juntos totalizam 27,1% do Novo Testamento, além disso, apenas Lucas-Atos contam a história de Jesus Cristo, desde seu nascimento até o início da Igreja e do ministério de Paulo. Essa ligação é importante, pois fornece uma visão panorâmica dessa sequência de eventos.

Lucas-Atos possui muita atenção voltada para Jesus e aos discípulos, com isso, podemos pensar que o principal tema de Lucas é a história de Jesus e da Igreja. Todavia, a principal responsabilidade de Lucas é muito mais profunda. Ele retrata que o plano de Deus foi executado em cumprimento à promessa divina. A inauguração desse cumprimento vem por intermédio de Jesus e da Igreja, composta de judeus e de gentios. A conclusão desse cumprimento se dará quando Jesus retornar (At 3:18-26).

Lucas escreve para Teófilo a fim de assegurá-lo sobre as coisas que ele aprendeu (Lc 1:4). Todavia, dois aspectos desse proclamado cumprimento seriam problemáticos: um salvador morto, e uma comunidade de Deus, que incluía gentios, perseguida, quando Israel se agarrava à esperança da promessa.

Lucas-Atos garantem a Teófilo que a perseguição da Igreja não é um sinal de julgamento. Lucas nos mostra que a perseguição fora predita e é o meio pelo qual a mensagem poderia alcançar mais pessoas em todo o mundo. Também nos mostra que a morte do Messias fazia parte do plano de Deus, e de forma mais relevante, a sua ressurreição e ascensão à direita de Deus, de onde oferece, como Senhor, benefício da salvação para todo aquele que se entregar a Ele. Assim, Deus e sua atividade são o centro de Lucas-Atos dos Apóstolos.

4. TEOLOGIA DE JOÃO

A teologia joanina é cristológica. A pessoa de Jesus Cristo está no centro de tudo que o apóstolo João escreve. Quer no Evangelho de João, com sua ênfase única na Palavra que se fez carne, quer nas epístolas joaninas, como o foco na Palavra de vida em meio à controvérsia das opiniões errôneas da Igreja, quer em Apocalipse, com suas visões de Cristo exaltado e de seu triunfo final, o principal objetivo do apóstolo é explicar a seus leitores quem Jesus é.

Entretanto, isso não significa dizer que João não tratou de outros assuntos importantes em seus escritos. Isso apenas quer dizer que tudo o que João diz, independente do assunto que está sendo tratado, ele está quase sempre relacionando à sua ênfase cristológica.

Claramente o tema teológico fundamental é a cristologia, João também trata sobre a glorificação de Jesus, consistindo não só da exaltação pelo Pai, mas também de sua morte, ressurreição e ascensão. Seguindo a isso existe uma ênfase de João no Espírito Santo, o substituto de Jesus após a sua partida; a doutrina da salvação que é provavelmente o segundo tema mais importante dos escritos joaninos; a teologia de João em relação à cruz, incluindo nesse assunto a ênfase na morte de Jesus como parte do plano de Deus, a natureza voluntária da morte de Jesus e seus aspectos sacrificiais; regeneração; fé; vida eterna, essa retratada como uma experiência presente que está disponível aos crentes.

Por fim, a escatologia joanina, inclui a tensão existente no Evangelho de João e em apocalipse entre a escatologia “futura” e a escatologia “cumprida”.

João, como parte característica de seus escritos, faz o uso por repetida vezes de antíteses, como luz e trevas, fé e descrença, céu e terra, e carne e espírito. Esses pares de opostos são incrivelmente importantes para a compreensão da teologia joanina. Não somente pelo impacto que têm nos leitores, mas também por que eles ressaltam a apresentação de Jesus, por parte de João, como o Messias e o Filho de Deus em escolhas antitéticas. Em outras palavras, o leitor do Evangelho de João tem que escolher ficar a favor de Jesus ou contra Ele, e essa escolha determina seu destino eterno.

5. TEOLOGIA DE PAULO

5.1 TEOLOGIA DAS EPÍSTOLAS MISSIONÁRIAS DE PAULO

O perseguidor da igreja transformou-se em um missionário de destaque e deixou um legado escrito para as igrejas que fundou e onde logo passou a ser reconhecido por ter relevância e autoridade permanentes.

As seis primeiras epístolas de Paulo foram escritas, em um período de cerca de dez anos (48-58 d.C.), no curso de três viagens missionárias. Fazem parte das epístolas missionárias de Paulo: Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, 1 Tessalonicenses e 2 Tessalonicenses.

Paulo escreveu essas epístolas por ser o pastor fundador e estar preocupado com o bem-estar das igrejas plantadas por meio do seu ministério. Em geral, havia assuntos específicos com os quais ele se sentia compelido a lidar.

Com frequência, Paulo atacava as falsas doutrinas ou as condutas impróprias que ameaçavam a estabilidade da comunidade cristã. As epístolas por tratarem de questões específicas, não apresentam, uma teologia abrangente ou sistemática. O escrito que mais se aproxima de uma apresentação teológica sistemática é a epístola aos Romanos, a única epístola, entre as seis, escrita para uma igreja que Paulo não fundou.

5.2. TEOLOGIA DAS EPÍSTOLAS PAULINAS ESCRITAS NA PRISÃO

As epístolas de Paulo são teologias aplicadas, e o objetivo dele é que seus leitores vejam o mundo e a forma como eles vivem diante de Deus, e isso é apresentado em termos de categorias e assuntos específicos e concretos. Não há melhor exemplo da natureza pastoral dos ensinamentos de Paulo do que suas epístolas escritas na prisão.

Incerto do próprio destino quando escreveu essas quatro epístolas, Paulo transmite fé na soberania de Deus e a certeza do triunfo, independentemente do que possa acontecer a ele nesta vida. Paulo regozija-se, sabendo que nada poderia destruir o que Deus fizera em Jesus Cristo, tanto para a nova comunidade na qual Deus criara na igreja como também para os indivíduos que são membros dessa comunidade (Efésios). Paulo também sabe que Cristo compartilha essa soberania divina e que Ele, nosso Mediador, é quem capacita o crente, de forma que tudo que a pessoa precisa para honrar a Deus nesta vida esteja disponível agora (Colossenses). Na verdade, Jesus transforma os relacionamentos em todas as esferas sociais à medida que a vida é vivida à luz do perdão e da reconciliação, a essência da comunhão (Filemom). Assim, Paulo pode se regozijar e chamar todos os crentes a reconhecer que sua cidadania é celestial, transcendendo quaisquer circunstâncias e sofrimentos que possam enfrentar nesta vida (Filipenses).

Fazem parte das epístolas paulinas escritas na prisão:
Colossenses: A primazia de Jesus Cristo, apenas Ele é nosso Libertador e nossa esperança, aquEle que capacita os Cristãos.
Filemom: Comunhão plena em Cristo relacionamentos transformados pelo perdão e a reconciliação.
Efésios: Em direção à congregação de todas as coisas em Cristo – O poder de Deus na nova aliança de judeus e gentios.
Filipenses: Conhecer a Cristo e viver como cidadãos celestiais em um mundo caído.

As epístolas escritas na prisão refletem o casamento da profunda teologia de Paulo com as preocupações pastorais. Deus triunfa na cruz e na ressurreição de Jesus. Assim, o Pai estende sua libertação àqueles que vão a Ele pela fé. Isso quer dizer que os crentes fazem parte do que Deus usa para refletir a redenção de toda a criação. Essa esperança suprema quer dizer que a vida neste mundo também é transformada.

5.3. TEOLOGIA DAS EPÍSTOLAS PASTORAIS DE PAULO

As epístolas de 1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito são conhecidas como epístolas pastorais. Embora nenhuma dessas epístolas use o termo “pastor”, elas tratam de questões importantes enfrentadas pelos que são chamados a posição de liderança na igreja. Os livros afirmam que foram escritos por Paulo para seus companheiros, Timóteo e Tito, a fim de encorajá-los a permanecer firmes no evangelho em face de desafios heréticos. Embora endereçadas especificamente a Timóteo e Tito, essas epístolas devem ser lidas por toda a igreja, não apenas por seus líderes.

O núcleo teológico das epístolas pastorais é a necessidade de defender a fé contra os encorajadores de erros prejudiciais. Nessas cartas, o termo “a fé” é o verdadeiro objetivo do evangelho da graça de Deus que Ele viabilizou por intermédio da obra salvadora de Cristo, efetivada pelo ministério do Espírito Santo.

Para compreender a exata teologia dessas epístolas de forma apropriada é necessário estar familiarizado com a ameaça histórica dos falsos mestres em Éfeso e Creta. Esse histórico serve para esclarecer a ênfase teológica na obra da Trindade, a explicação da mensagem da salvação e as instruções concernentes à liderança e ao estilo de vida da igreja. Por conseguinte, examinar o erro que Paulo combate nos ajuda a avaliar a verdade que ele transmite para estabelecer uma igreja saudável.

6. TEOLOGIA DE HEBREUS

A epístola aos Hebreus, não é tanto uma epístola, mas um sermão na forma escrita. Esse sermão é dirigido a cristãos que estavam sob grande pressão por causa de sua ligação com Cristo.

A visão central de Cristo apresentada pelo autor de Hebreus é fundamentada no Antigo Testamento e em um conhecimento apurado da vida terrena, morte e ressurreição de Jesus. Ela é profundamente inspirada por uma reflexão teológica e por um significado dessas coisas em relação a fé e a vida cristãs.

A visão do escritor em relação a Cristo é a do Filho de Deus e Sumo Sacerdote exaltado que agora ocupa posição de honra suprema na presença de Deus. Assim é possível identificar quem Cristo realmente é e observar tudo que cumpriu no propósito eterno de Deus ao seguir o caminho da obediência.

Com essa concepção do Filho exaltado, os leitores podem enxergar sob uma nova perspectiva em relação a suas próprias circunstâncias difíceis e seguir com esperança renovada ao longo da trilha que Ele proclama para eles.

Essa visão de Cristo é o ponto central para o qual todos os principais temas teológicos de Hebreus se direciona, Cristo e sua missão; Do antigo para o novo: A história da salvação; e a vida cristã. Em cada um desses temas, o retrato de Cristo como o Filho exaltado e Sumo Sacerdote aparece de forma bastante incisiva.

7. TEOLOGIA DE TIAGO

A epístola de Tiago é conhecida por suas grandes exortações a respeito da vida prática cristã, um chamado para o exemplo de conduta cristã. Tiago não coloca nenhuma enfoque em temas teológicos como outros escritores bíblicos.

Ele não escreve com a finalidade de corrigir problemas doutrinários, mas para incentivar os cristãos a agir de acordo com o que acreditam, a ser “cumpridores da palavra e não somente ouvintes” (1:22). Embora Tiago enfatize a vida prática cristã, ele revela seus fundamentos teológicos e contribui com percepções distintivas para a teologia cristã.

Assuntos abordados por Tiago: Tentação, pecado, natureza humana, fé e obras, lei, oração, confissão e cura. Um bom resumo da mensagem seria, atos de amor e de bondade, não meras palavras, é a forma de os cristãos viverem sua fé e tornarem-se praticantes da Palavra.

8. TEOLOGIA DE PEDRO E JUDAS

A teologia de Judas é tratada junto com a teologia de Pedro pois os temas e composição literária de Judas são semelhantes aos temas de 2 Pedro, com foco nos falsos mestres, enquanto o tema principal de 1 Pedro é o sofrimento em meio a perseguição.

As três epístolas (1 Pedro, 2 Pedro e Judas), fornecem um grande ensino a respeito de quem é Jesus Cristo e muitos importantes tópicos teológicos, em especial 1 Pedro, relacionados intimamente com o que é dito sobre Cristo.

Uma das contribuições mais importantes dessas epístolas é o ensinamento sobre a Salvação que Cristo promoveu. É de extrema importância que Pedro enfatize a necessidade de o Messias sofrer e morrer em cumprimento da vontade de Deus (1Pe 1:11).

A obra de que Deus por meio da morte e ressurreição de Jesus Cristo proveu libertação espiritual da humanidade é outro tópico importante das epístolas de Pedro e de Judas.

Outros temas abordados nessas epístolas são: submissão e boas obras nas relações sociais; verdade cristã, ortodoxia e heresia; a autoria da Escritura; escatologia e julgamento.


FONTES:

5 – ROY B. ZUCK, Teologia do Novo Testamento, CPAD, 5.Ed 2012.


sábado, 22 de junho de 2013

O Reino já veio?





Teologia bíblica- Reino de Deus.

A intenção aqui não é ser exaustivo, também não aplicá-la efetivamente para nossos dias, a intenção aqui é explicar o Reino de acordo com a teologia bíblica (1) e dar um panorama geral sobre o Reino de Deus.

Neste texto faremos o estudo do tema do Reino de Deus (Basileia Tou Theou) (2), principalmente alicerçado nos ensinos dos Evangelhos sobre o assunto.

1- Reino no Antigo Testamento.

Embora a frase Reino de Deus, não seja utilizada no Antigo Testamento para descrever a nova ordem que é introduzida pelo Dia do Senhor, tal ideia flui em meio aos profetas. Encontramos no Antigo Testamento um contraste entre a presente ordem de coisas e a ordem redimida do povo de Deus.

2- Visão judaica de Reino.

Há dupla ênfase sobre a soberania real de Deus. Ele é frequentemente referido como Rei, tanto de Israel, como de toda terra (Ex 15:18; Is 6:5; Jr 46:18; Sl 29:10). Então, Deus já é mencionado como Rei, mas também vemos outras referênciafalando de um dia em que Ele se tornará Rei e governará seu povo (Is 24:23; 33:22). Esta forma do Reino futuro é tida tanto na história, quanto na irrupção de Deus como propósito divino de restauração plena do Reino.

Todavia, para o judaísmo, a concepção de Reino de Deus se tornou muito mais escatológica apocalíptica do que histórica, tendo em vista a expectativa que eles tinham de um Reino através do descendente de Davi em um cenário politico terreno (Is 9:11).

Quando esta expectativa se esvaeceu, após o retorno do exílio, esta esperança de um Reino na história foi substituída por um desejo ardente de uma ação de Deus para cumprir o propósito redentor.

3-Vinda do Reino.

Com o anúncio por parte de João Batista de que o Reino havia chegado envolvendo dois aspectos. Um duplo batismo deveria acontecer: Com Espírito e com fogo (Mt 3:11, Lc 3:16), (3). Jesus inaugurou o Reino, embora não de maneira definitiva, como se esperava.

Com os sinais, Ele demonstrou seu poder sobre os demônios (Mc 5:15). Podemos dizer que foi a sobreposição do poder do Reino de Deus, sobre o reino de Satanás na história (Mt 12:28). Em lugar de esperar até o fim dos tempos para revelar seu poder real e destruir o mal satânico, Jesus declara que Deus já atuou em seu poder real para deter o poder de Satanás (4).

4- Entrada no Reino.

Embora as distinções de João Batista e Jesus quanto a realidade do Reino, no sentido de implicações em sua vinda (5), os dois anunciaram o arrependimento, sendo essencial e vital para entrada no Reino.

Sem o arrependimento, não há formas de entrar no Reino, essa é em ordem cronológica a mais importante do novo testamento, João Batista, foi o primeiro que pregou sobre essa doutrina tão importante, ele pregava para que as pessoas se arrependessem e se batizassem, ele pregava sobre o batismo de arrependimento. Não muito distante disso, o próprio Jesus, incentivava as pessoas de que o Reino estava próximo, então, que se arrependessem e acreditassem no evangelho (Mc 1:14-15). Seria impossível retirar dos ensinamentos de Jesus, a doutrina do arrependimento, sem estraçalhar e destruir seus ensinos.

5- Mistério do reino.

O mistério do Reino é a vinda do Reino para a história como uma antecipação de sua manifestação apocalíptica (6).

5.1- Tensão sobre o Reino, duas eras.

Existia uma confusão quanto ao estabelecimento de um reinado de Deus no futuro.
É vital fazermos algumas considerações judaicas escatológicas de duas eras, para entendermos o mistério.

Para os judeus, a era presente é marcada com a queda de Adão, com a entrada do pecado e o início de uma era marcada pela morte, doença, sofrimento e então a vinda de Cristo antecipou a era futura de redenção, uma era onde o reino de Deus viria com força, rompendo com o poder o reinado do pecado e das trevas, então o Reino de Deus é trazido a era presente, sobrepondo a antiga era, mas não a eliminando por completo, era desta forma que os evangelistas e também o apostolo Paulo entendia em relação as duas eras.

Cristo inaugurou um era futura. Com sua ressurreição, derrotou a morte e todos inimigos.

 Esta nova era começou na história com seu advento, mas ainda não foi totalmente concluída, isso se dará em sua parousia.

Uma vez instituído o Reino, vemos várias características presentes através das parábolas de Jesus.

5.2- Ensino sobre o Reino por parábolas:

Uma maneira muito comum entre o povo judeu, era o ensino por meio de parábolas, as parábolas de Jesus, eram histórias contadas para transmitir um fundo espiritual.

Uma história verdadeira com um significado espiritual por demonstração. Eram um meio de comunicação eficaz, pois, devido a seu formato de história, logo despertavam o interesse dos ouvintes.

5.3- Porque Jesus falava por parábolas?

Quando os discípulos perguntaram a Jesus porque falava com as pessoas por meio de parábolas (Mt 13:10; Mc 4:10), Ele disse que tinha duas finalidades:
Uma era revelar verdades a seus seguidores, e a outra ocultar a verdade aos de fora (Mc 4:11), (7).

Todas as parábolas (8) ensinam algo sobre Jesus, seu Reino ou seus seguidores, é importante ao interpretar as parábolas ter em vista que todas se referem de alguma forma ao Reino de Deus. Jesus usava de vários aspectos comuns a época, comércio, agricultura e pecuária, aspectos domésticos, eventos sociais e elementos religiosos.

Na maior porção reunida especificamente sobre o Reino, vemos no capítulo 13 de Mateus, uma série de parábolas que contam a chegada, a progressão em um certo sentido do Reino e a consumação no futuro escatológico, falando a que o Reino se comparava. Não dizemos com isso que somente neste capitulo as parábolas faziam referência ao Reino, mas que sem dúvidas são uma boa porção agrupada delas, no que se refere a vinda do Reino com a presença do Senhor Jesus em duas etapas, ou em outras palavras: "O Reino chegou, mas não totalmente em sua plenitude."

Estas colocações de Jesus sobre o Reino, no capítulo 13, se iniciam logo após no capítulo 12 os fariseus o acusarem de que fazia as maravilhas pelo poder de Belzebu, então como demonstração da chegada do Reino Jesus contas as sete parábolas no capitulo 13 de Mateus:

1- O semeador, 13:13-23 : A maioria das pessoas rejeitará as boas novas do evangelho.

2- O trigo e o joio, 13:24-30: Pessoas de fé autêntica e pessoas que dizem falsamente ter fé coexistirão durante o período que separa as duas vindas de Cristo.

3- O grão de mostarda,13:31-32: O Reino que um dia será uma grande árvore, já se encontra presente no mundo de forma frágil e insignificante.

4-O fermento, 13:33-35: O reino de Deus já se encontra na terra, porém de maneira difícil de se perceber, um dia dominará toda a terra.

5-O tesouro escondido e a pérola, 13:44-46: O reino de Deus é de valor inestimável e deve ser buscado acima de todas as outras posses.

6- A rede, 13:47-52: Os anjos separarão os ímpios dos justos, quando Cristo vier.


6- Características moradores do Reino descritas nas parábolas:

Com a chega antecipada do Reino rompendo na história escatológica (9), nesta época eles já começaram a desfrutar das primícias do futuro em Cristo, os moradores do Reino tem como características:

6.1- Compaixão: O bom samaritano (Lc 10:25-37).
6.2- Humildade: A recompensa do servo (Lc 17:7-10).
6.3- Fidelidade: Os dois servos; os talentos; as minas (Mt 24:45-51; Mt 25:14-30; Lc 19:11-27).
6.4- Oração persistente: O amigo a meia-noite; o juiz iníquo (Lc 11:5-8; Lc 18:1-8).
6.5- Perdão: O credor incompassivo (Mt 18:23- 35).
6.6- Disposição de se sacrificar: A torre inacabada e a guerra precipitada do rei.
(Lc 14:31-33).

Os cidadãos do Reino possuem características especiais, porque eles nasceram do Espírito e não somente da carne (João 3:7), (10).


7-Reinado futuro.

Cristo inaugurou o Reino e trouxe com ele todos os benefícios, todavia, fica claro que chegará um dia em sua parousia, em que todas as bençãos serão desfrutadas plenamente, e o romper de Deus será para separação dos bodes das ovelhas (Mt 25:33), do joio e do trigo (Mt 13:24-30), os inimigos serão derrotados em sentido pleno, onde o sofrimento, a dor, a morte e Satanás serão completamente derrotados (Ap 21:4). Este reinado futuro é tanto uma certeza por já existir no momento, como uma esperança (Rom 5:4) por parte dos cristãos, esperança que traz o sentido que é garantido este evento porque Deus cumpre suas promessas.


Notas:

1-Teologia do Novo Testamento- George Eldon Ladd, Hagnos, pág 38.

2- Entendemos por Reino de Deus, o reinado de Deus na história e de maneira a estabelecer sua justiça por meio de eventos finais na historia julgando(eventos apocalípticos), mas que já entrou para a historia humana na pessoa e na missão de Jesus.

3-João Batista também tinha a perspectiva da mesma forma que os profetas do antigo testamento, de que os dois atos messiânicos aconteceriam como dois aspectos de uma única visitação, salvação dos justos e julgamento do impios,

4-Teologia do Novo Testamento- George Eldon Ladd, Hagnos, pág. 93.
O Reino de Deus nos ensinos de Jesus, tem dupla manifestação: Na missão de Jesus aprisionar Satanás; e no fim dos tempos destruí-lo.

5- João ouvindo falar do feitos de Cristo enviou dois de seus discípulos (Mat11:2), Os fatos até então realizados não eram os que João esperava, não havia acontecido nem o batismo do Espírito nem o de fogo, como resposta Jesus afirmou que a profecia messiânica de Isaías 35:5-6 havia sido cumprida.

6- Teologia do Novo Testamento- George Eldon Ladd, Hagnos, pág. 128.

7- A Interpretação Bíblica, Roy B. Zuck, Vida Nova, pág. 229.

8-As parábolas são divididas nos evangelhos da seguinte maneira: Mateus contém 18 (11exclusivas), Lucas contém 22 (15 exclusivas), Marcos contém 5 (duas exclusivas).

9- Não dizemos que não existia Reino no Antigo Testamento, já existia ação de Deus na história, podemos constatar no Êxodo , mas a vinda de Cristo antecipou o Reino futuro esparado, não da maneira esperada pelo povo judeu (religiosos da época principalmente), que pedia sinais, dando inicio a um Reino que também já tem seus moradores e participantes, assim como no futuro os moradores desfrutarão plenamente deste Reino em sua forma completa.


10- Eles não estão mais em Adão, mas agora estão em Cristo, ou seja eles tem uma nova filiação, nestes termos principalmente de mudança escatológica, embora reconheçamos que existem ligações indivisíveis do crente está em Cristo e Cristo está no crente, também estar em Cristo é estar dentro da Igreja dele, mas especificamente estar em Cristo é estar no Reino e debaixo de sua filiação.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

A Batalha Contra O Orgulho





segunda-feira, 17 de junho de 2013

Não se engane, o banco da igreja não vai te salvar!





segunda-feira, 10 de junho de 2013

Segurança nas dificuldades



Que doce é saber que mesmo em meio a todas nossas lutas, quedas e tropeços, o Senhor nos guarda por Seu grande amor, é de fato regozijante saber que Ele não nos trata mais com a justiça que merecíamos, mas sim com a misericórdia que Seu Filho concedeu a seus eleitos na cruz do Calvário.

Oh, que confortante é lembrar em meio a todos os desafios, em meio as dificuldades e até mesmo quando as injustiças batem a nossa porta, trazendo o som agudo da acusação, as acusações são de todos os tipos: Daqueles que levantam suas espadas contra os servos do Senhor, proclamam a brados fortes: "Loucura, loucura, vocês estão loucos".

É deveras confortante lembrar que o Evangelho tem cheiro de vida e de morte, e quando enxergamos que para nós não é mais de morte, se tornou vida por causa de Cristo.

Eles não se conformam com a paz que excede todo entendimento urdem: "É loucura".  Nós dizemos : "É poder de Deus, se arrependa e creia em Cristo".
Assim como nós em outros tempos quando ainda não regenerados pela ação vivificadora do Espírito Santo, dizem: "Arrepender-se? Não me envergonho, pois sou bom o suficiente".

Homem carnal, reconheça que o padrão em que vives, nem de longe é capaz de agradar o padrão desenvolvido pelo Soberano, você precisa de alguém que tenha capacidade de fazer isso. O homem natural se enfurece ainda mais como toda sua moralidade e sua língua afiada dispara: "É loucura um Deus que os refina na fornalha ardente da provação". Nós dizemos: "Desta forma aprouve o Pai nos moldar ao caráter de Seu filho o nosso Salvador". 

Não satisfeitos, eles insistem: "É loucura viver assim, isso não serve para nós". Nós movidos de compaixão por sabermos de onde fomos tirados, os convidamos que venham participar dessa loucura para o mundo juntamente com nós e experimentar o poder de Deus através do Evangelho de Seu Filho.

Se não fosse pelo desejo Soberano do Altíssimo de resgatar-nos ainda estaríamos a deriva, prontos para sermos tragados pelos poderes da carne, do mundo e de Satanás, mas Graças a Deus que nos resgatou do mundo das trevas, para o mundo da Glória de Seu Filho.

Então, amados, assim como o profeta que encontrou alegria na salvação do Senhor diante de todas as dificuldades, diante de um quadro de extrema desolação, onde os indícios seriam de dizer como a mulher de Jó: Amaldiçoa teu Deus e morre, lembremo-nos como o profeta, que ainda que a figueira não floresça nos alegraremos no Senhor da nossa Salvação.

Glórias a Deus.


Guinho 

Você tem motivos para servir com alegria!




Servir ao Senhor com alegria faz parte de uma corrente enorme de considerações e atitudes nossas, no sentido que quando servimos com alegria, estamos desenvolvendo nossa salvação com temor e tremor, não na convicção que depende de nós, mas sim na certeza de que já fomos justificados para isso, fomos santificados para isso, fomos glorificados para isso.

Esta alegre certeza podemos ter por causa de Cristo, todavia continuamos sendo santificados no sentido de santidade de vida, não no aspecto escatológico de salvação, porque em Cristo já fomos santificados, mas no sentido da vida diária, e tendo em vista isso seremos completamente glorificados, embora já desfrutemos parcialmente deste estado, porque estamos em Cristo, no sentido de que somos dEle, pra Ele devemos viver e alegrar-se nisso é muito importante pelo desejo que teremos dele.

Viver uma vida religiosa, "cumprindo seu dever", não é com certeza viver uma vida alegre no Senhor, antes de ser interpretado errado, o que quero dizer com cumprindo seu dever, não é igual o apóstolo Paulo, que pode chegar ao final de sua vida e tendo a certeza de completar sua carreira, isso devemos ansiar como o apóstolo Paulo, guardando a fé,

Cumprindo o dever é aquele sentimento de que quando lemos, oramos, ou congregamos, fazemos isso como um complemento para um vida "completa", isso em outras palavras não passa de vã religião, que Deus nos guarde disso, nos ajude a completar nossa carreira, confiando no nosso Senhor Jesus que começou a boa obra é fiel para cumpri-la.

Agora o ponto que fica, quando oramos, lemos, congregamos, sentimos alegria nisso? Esta alegria deve vir do entendimento das misericórdias de Deus, e esta alegria é demonstrada com um sacrifício vivo! Não separo situações espirituais das normais, como sendo mais ou menos importantes, o que faço é colocar elas lado a lado, como exemplos para descrição de alegria.

Alegria em chegar o momento em que podemos meditar em sua palavra. Alegria de conversar com Ele assim como temos prazer em conversar com as pessoas que mais amamos. Alegria em servi-lo assim como temos prazer quando nos servem nas mais variadas situações.

Que o Senhor Deus, em Sua soberania, pela glória da Sua graça nos conceda em nosso Senhor Jesus Cristo pelo Santo Espírito que habita em nós, a viver com alegria para o Senhor e pelo Senhor.

Este é o meu desejo, que eu tenha alegria no Senhor, e espero que seja o seu! Junte-se a mim nesta busca, que o Espírito Santo nos conceda este prazer nEle!

Glórias a Deus.

Guinho


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Alegria em servir ao Senhor!




Servir ao Senhor com alegria e não por obrigação.Servir ao Senhor com prazer não por medo. Servir ao Senhor com reverência não descaso. Servir ao Senhor com todo nosso ser, não com apenas uma parte. Servir ao Senhor por quem o Senhor é, não pelo que Ele pode dar. Servir ao Senhor como soberano não como marionete.

Reconhecer que o Deus a quem servimos é Santo e abomina o pecado. Reconhecer que Ele é Rei e outro igual não há. Reconhecer que Deus não pode ser acomodado a uma mente carnal , dando mais ênfase em Seu amor do que em Sua justiça, em Sua bondade do que em Sua santidade. Reconhecer que Deus não muda.

Quando nossa alegria não está em Deus, buscamos várias atividades, lazeres e afazeres para preencher nossas vidas, isso não estaria errado se o fato de que nos alegrarmos em Deus é uma ordem dEle próprio, e também que quando buscamos contentamento em outras coisas e não levamos Deus em consideração estamos pecando.

É impressionante ver como falhamos em nos alegrar em Deus, porque muitas vezes colocamos objetos, coisas, afazeres como nosso Deus, diferentemente do que a maioria das pessoas pensa, que idolatria é somente as "imagens e estátuas", a mensagem da Bíblia é muito mais profunda. Tudo que ocupar o lugar de Deus e Sua primazia é idolatria.

Queridos, é triste como podemos ver a ação do pecado nas nossas vidas, pior que isso, na vida dos pequeninos, nossos filhos, que desde cedo tem o pecado impregnado, porque são pecadores e carecem da glória da graça de Deus da mesma maneira que nós. De que maneira podemos ajudá-los?

Salomão em seus provérbios de sabedoria, deixa uma instrução valiosíssima:

Filho meu, guarda o mandamento de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe; ata-os perpetuamente ao teu coração, pendura-os ao pescoço. Quando caminhares, isso te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo. Porque o mandamento é lâmpada, e a instrução, luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida" (Provérbios 6:20-23).

Instrução de que devemos constantemente guiar nossos filhos nos mandamentos e caminhos de Deus, isso serve para nossas própria vidas, afinal só podemos dar aquilo que temos para oferecer, não podemos oferecer para nossos filhos algo que não temos, me refiro a alegria em servir ao Senhor.

Então se nos alegramos em oferecer nossa vida em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é nosso culto racional, nossos filhos poderão presenciar e vivenciar de perto esta realidade, com certeza assim sendo influenciados pelo Espírito Santo, que pode trazer o entendimento desde cedo aos pequeninos, nossa tarefa é com a alegria que sentimos por servir ao Senhor, não negligenciar deles estas verdades, afinal esta é a tarefa dos pais.

Muitas vezes não é isso que vivemos, graças a Deus por nosso Senhor Jesus em quem podemos olhar e em quem temos o perdão por todas falhas, mas como pessoas regeneradas por uma semente incorruptível, se reconhecemos todas essas misericórdias do Altíssimo, vivamos para Ele (Rom:12.1).

Então de acordo com as próprias palavras de Cristo, demos a Ele o que é Dele por direito, toda honra, toda glória e todo louvor, seja em nossa família, no trabalho, no lazer, lembrando que a alegria de obedecer e viver para Deus, é porque somos Seu povo, rebanho de seu pastoreio.

Conseguimos achar alegria nisso?


Glórias a Deus.

Guinho


sábado, 1 de junho de 2013

Dica aos cristãos




Muitas vezes associamos diretamente situações em nossas vidas somente em campo "espiritual". O que quero dizer é que esquecemos que nossas atitudes não podem ser dicotomizadas, entre espirituais e normais, se vivemos, para o Senhor vivemos (Rom 14:8), isso deve fazer muita diferença.

Em certa ocasião, na época da reforma protestante, um sapateiro pergunta a Lutero o que ele poderia fazer para servir ao Senhor... possivelmente aquele homem estava pensando em algo do tipo: "Vá evangelizar", abandone tudo! E então o grande reformador responde: "Faça um bom sapato e venda por um preço justo".

Esta deveria ser nossa posição, não digo que nossas atitudes não devem ser "espirituais", mas lembremo-nos que para o cristão não deve existir dicotomia entre corpo e espírito, sagrado e secular, ou seja, uma tendência gnóstica, que diferencia a valorização entre corpo como ruim e o espírito como sendo bom. Também não façamos separação entre secular e sagrado, porque quer comamos, bebamos ou façamos qualquer utra coisa devemos fazer para a glória de Deus (1 Co10.31). O que chamamos de Sacerdócio de todos os santos (1 Pe 2:9).

Nós cristãos lembremos que o homem é feito á imagem e semelhança de Deus, por isso nosso corpo também deve servir ao Senhor. Apesar de parecer estranho, mas isto acontece muito no meio "evangélico", na igreja de um jeito crente, no trabalho não tão crente e em casa muitas vezes descrente. Uma vida não condizente com sua fé, ou com o que professa ser.

Quando pensamos em nosso negócios, sejam eles: Comércio, advocacia, ou qualquer outro, lembremos que nem tudo que é "legal", é correto aos olhos de Deus, ou seja, por mais que possamos estar debaixo da lei dos homens, muitas vezes os princípios disso ferem aos mandamentos do Senhor, por exemplo mentir para se beneficiar de uma negociação, a famosa “mentirinha comercial”.

Precisamos resgatar a ideia dos reformadores, de que devemos servir a nosso senhor como ao Senhor, ou seja, nos esforçar ao máximo para que Deus seja honrado e exaltado em tudo e que também podemos resgatar uma maneira cristã de fazer negócios, uma maneira cristã de advocacia, uma maneira cristã de medicina, etc... Não ligando necessariamente com obras de caridade, não digo que isso não seja importante, mas o que me refiro é que devemos viver de acordo com o padrão de Deus, em casa, no trabalho, na faculdade.

É um assunto que deveríamos dar mais importância em nossas vidas. Viver de maneira que honre ao Senhor, e isso inclui não somente nossa "espiritualidade", mas nossa vida como um todo. Porque vivemos em uma época onde os negócios, cultura, esporte, educação, muitas vezes são tratados de maneira independente da fé cristã, sendo uma espécie de “complemento necessário”, ou a coroação religiosa da vida, em outras palavras a separação entre o religioso e o secular. Cristianismo não é uma opção religiosa apenas, é uma maneira de viver, e se vivemos para Cristo devemos resgatar estas coisas para Glória de Cristo.

Vivamos para glória de Deus.


Guinho