quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Discípulo Radical -Parte 1/4





                           

Em nossos dias, existe um problema quanto ao entendimento de ser um discípulo de Cristo, do arrependimento genuíno e do peso do pecado, muitas pessoas pensam que fazer uma oração de “aceitar Jesus”, é suficiente para ser salvo, fazendo na maioria das vezes uma enganosa confissão sem nunca ter compreendido o significado do Evangelho, as Igrejas tem criado cristãos nominais, mas que nunca foram regenerados pelo Espírito, contrariando as afirmações do próprio Jesus, sobre as características de um verdadeiro discípulo, que acompanham as vidas daqueles que professam uma fé genuína e que verdadeiramente foram alcançados pela graça de Deus. Nestes estudos gostaria de demonstrar o ensino bíblico de quatro situações em que o Senhor Jesus demonstrou as características de seus discípulos, depois, comparemos se é o que temos visto em nossos dias.
1-Jesus provou as multidões (Lc 9.23-25; Lc 9.57-62).
Jesus se encontrava na Galiléia e decidiu ir até Jerusalém, para cumprir o propósito de sua vinda, havia chegado o momento, exatamente como as Escrituras haviam descrito, através da Lei e dos Profetas (divisão do AT). Então, neste caminho, ele passou pelas cidades de Samaria e já por lá mesmo ele vinha provando as multidões, provando aqueles que realmente o seguiriam, para ver se realmente estavam dispostos a segui-lo :

Um diz: Seguirte-ei para onde fores... para outro Jesus diz: Me segue, e ele diz “deixa primeiro eu sepultar meu Pai, então Jesus replica: “deixa os mortos sepultarem eles mesmos” (Lc 9. 57-62). Era um costume da época “sepultar o Pai”, isso queria dizer respeito a pegar a herança, mas Jesus enfaticamente diz: “Deixa aqueles que já estão mortos, viverem de acordo com os mortos, você, antes, vem e prega o Reino de Deus”, em outras palavras, aqueles que vivem suas vidas com sua perspectiva no agora, são incapazes de perceber as coisas que Jesus anunciara.
Depois disso, continuando a jornada para Jerusalém, Jesus passou pela Judeia ate chegar na Pereia, onde foi comer na casa de um Fariseu, e por causa da grande importância que Jesus viu que eles davam para a aparência, por sentarem nos primeiros lugares,todavia internamente não o enganavam, ou seja, por fora diziam uma coisa, mas que internamente não correspondia ao exterior, era uma aparência religiosa de amar a Deus, mas Jesus, conhecedor do coração dos homens, contou uma parábola (Lc 14.7-14) e da grande ceia (Lc 14.15-24), para demonstrar a importância de uma mudança principalmente interna, refletida também externamente. Jesus deixou claro a importância não só de reconhecer a necessidade de um Salvador, mas que o próprio Jesus, é o Messias, o Salvador prometido, ou seja, dizer que ama a Deus é fácil, mas amar Jesus internamente como seu Deus, faz toda diferença.
Assim como com os fariseus, existem problemas em nossos dias muito grandes para refletirmos se acontece com nós:

1- Dizer que cremos em Deus externamente, quando de fato não amamos, estamos somente enganando nós próprios, porque Deus não é homem para ser enganado.
2-Não reconhecer a Cristo como Deus, é continuar inimigo de Deus.
3-Seguir a Cristo por fama, riqueza ou milagres, é estar dentro das multidões que o seguem por benefícios próprios, não pelo desejo de serem discípulos.
Em Cristo.


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Breve Teologia Bíblica do Decálogo




O Antigo Testamento é rico de muitos modos, em seus vários tipos de literatura (história, lei, poesia, profecia), em seu período histórico (da criação à restauração de Israel do exílio), em seus detalhes proféticos concernentes à Primeira e Segunda Vinda de Cristo, e em seu tema multifacetado. Todo aquele que lê o Antigo Testamento percebe nitidamente a gama de temas, entre eles, falando em termos gerais: Deus, o homem, o pecado, a relação ligada à redenção e aliança de Deus com o homem, e o futuro governo messiânico do Filho de Deus, o Messias. Como os vários segmentos da Bíblia se relacionam com estes temas, é a função da Teologia Bíblica mostrar o que a Bíblia ensina teologicamente.

BREVE TEOLOGIA BÍBLICA DO DECÁLOGO

Os Dez Mandamentos são dez leis na Bíblia que Deus deu à nação de Israel logo após o êxodo do Egito. Os Dez Mandamentos são essencialmente um resumo dos mais de 600 mandamentos contidos na Lei do Antigo Testamento. Os primeiros quatro mandamentos lidam com a nossa relação com Deus. Os outros seis mandamentos lidam com os nossos relacionamentos com os outros. Os Dez Mandamentos estão registrados na Bíblia em Êxodo 20:1-17 e Deuteronômio 5:6-21

O PRIMEIRO MANDAMENTO – “Não terás outros deuses diante de mim”. Este mandamento é contra a adoração de qualquer deus que não seja o único e verdadeiro Deus. Todos os outros são falsos deuses.

Este primeiro mandamento trata diretamente da relação pressuposta pelo tratado do soberano e servo. O Senhor em virtude de eleger e libertar salvadoramente o povo tirando-o de outro senhor (o Egito), ordena os israelitas a empreender e manter uma atitude de lealdade indivisa a Ele. “Não terás outros deuses diante de mim” (v.3) é uma afirmação categórica das reivindicações exclusivas do Senhor de domínio e adoração. Violar este mandamento é repudiar a totalidade da relação entre soberano e vassalo, pois se trata de alta traição.

Deus durante todo o Antigo Testamento e eras da revelação da Sua Promessa, enfatizou que Ele é o único Deus, e que o povo deveria prestar total reverência e viver de acordo com suas leis, pois fazendo isso eles seriam o seu povo.

O SEGUNDO MANDAMENTO – “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos”.

Este mandamento proíbe a representação do Senhor por qualquer tipo de ídolo ou semelhança, pois representá-Lo é limitar o Deus soberano e confundir o Criador com a criação. Os que praticam idolatria aborrecem o Senhor, ao passo que os que não a praticam são os que o amam. Os idólatras, pelo próprio ato da idolatria, rejeitam o verdadeiro Deus quando Ele escolhe revelar-se, e escolhem uma invenção da sua própria imaginação. Por outro lado, os que o amam lhe obedecem, tornam-se recebedores do seu amor recíproco. A lealdade ao Senhor por parte do povo-servo ocasionará a resposta de compromisso leal e infalível a eles.

Este mandamento é contra a fabricação de ídolos, representações visíveis de Deus. Não existe imagem que nós possamos criar que possa precisamente retratar a Deus. Fazer com que um ídolo represente Deus é adorar um falso deus. Calvino escreveu sabiamente: “O coração do homem é uma fábrica de ídolos”, por todo o Antigo Testamento vemos isso claramente, por inúmeras vezes o povo se voltava a todos os tipos de idolatria. Hoje em dia continuamos a ver o homem produzindo ídolos para si, até mesmo dentro das igrejas ditas como evangélicas, pessoas adorando um Deus criado a partir de suas próprias mentes e nem um pouco parecido com o Deus das Escrituras.

TERCEIRO MANDAMENTO – “Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”.

Este mandamento conecta o nome do Senhor com o próprio Senhor. O abuso do nome divino é equivalente a sacrilégio, pois no antigo Oriente Próximo e em Israel os nomes não só descreviam os atributos, caráter e destino dos indivíduos nomeados, mas, às vezes, era sinônimo de pessoa. Abusar do nome divino ou usá-lo sem propósitos ou de maneira imprópria é tentar manipular Deus para fins e propósitos humanos. É um esforço arrogante do servo obter vantagem para si, prostituindo esse nome e Pessoa santos, desta forma invertendo o papel para o qual ele foi posto em comunhão.

Este é um mandamento contra o tomar o nome do Senhor em vão. Não devemos tratar o nome de Deus levianamente. Devemos demonstrar reverência a Deus mencionando-o apenas de formas respeitosas e honrosas. Deus preza pelo Seu Santo Nome, e esse cuidado é expressando nesse mandamento.

QUARTO MANDAMENTO – “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou”.
Este mandamento tira o foco do reconhecimento apropriado e respeito à Pessoa do Senhor como Deus de Israel e coloca no regulamento do exercício do domínio humano sobre a terra. Ele tem de “lembrar-se do dia do sábado, para o santificar” (Ex 20:8). Essa lembrança é feita pela interrupção do trabalho comum, no sétimo dia da semana, pela família israelita, seus servos e até as bestas de carga. A significação teológica sugerem que as razões para separar o dia são:

1 – que o Senhor fez todas as coisas em seis dias e descansou no sétimo e

2 – que Ele celebrou essa cessação de trabalho criativo pondo de lado o dia de descanso para ser um memorial.

Deus é o Senhor sobre o espaço e tempo. O homem como vice-regente e imagem de Deus também tem de cessar o trabalho no antegozo de um “dia de descanso” de dimensões tanto históricas quanto escatológicas. Em termos de concerto sinaítico, o sábado era para lembrar Israel do seu papel como povo-servo e do cumprimento desse papel no dia de descanso.

QUINTO MANDAMENTO - “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá”. Este é um mandamento para sempre tratar os seus pais com honra e respeito.

A referência ao trabalho no quarto mandamento agora é ligada à terra no quinto, pois a obediência com relação à avaliação apropriada dos pais resultará em vida longa na terra. É apropriado que os pais humanos sejam honrados como representantes do Senhor a quem devemos a mais alta deferência e honra. Honrar os pais é honrar o Senhor, e desonrá-los é nada mais que violação e infidelidade. O quinto mandamento pertence às dimensões verticais da relação humana.

O SEXTO MANDAMENTO - “Não matarás”. Este é um mandamento contra o assassinato premeditado de outro ser humano.

O homem não deve assassinar o membro da raça humana, pois tal assassinato é na realidade um ataque letal contra o próprio Deus. Porque a vida é, por via de regra, sagrada para Deus e para o homem principalmente. Por estas razões, a violação do homem ao ponto da morte é uma afronta à soberania de Deus, uma agressão no seu representante terreno.

O SÉTIMO MANDAMENTO - “Não adulterarás”. Este é um mandamento contra ter relações sexuais com qualquer pessoa que não seja o seu esposo ou esposa.

O adultério a nível humano é infidelidade, na verdade, é um análogo apropriado à infidelidade em nível mais alto, o nível divino-humano. A revelação bíblica é penetrante como frases como “não se prostituam após os seus deuses”, imagem que fala de Israel abandonar a Soberania redentora a favor de outro que não tem reivindicações ou legitimidade. Adultério é a mistura do verdadeiro e do falso, do santo e do profano, do puro e do corrupto. É a ultrapassagem da linha que circunscreve a relação de confiança entre parceiros que fizeram a promessa mútua de compromisso leal.

OITAVO MANDAMENTO - “Não furtarás”. Este é um mandamento contra tirar qualquer coisa que não nos pertence sem a permissão daquele a quem tal coisa pertence.

Roubar é cometer pelo menos três pecados contra Deus:

1 – Tirar de outro o que lhe foi dado e necessita para exercer mordomia;
2 – descumprir a própria tarefa com base no que Deus deu;
3 – arruinar os propósitos sábios de Deus que dá a cada um de acordo com a sua função e habilidade.

Todas as coisas, materiais e imateriais, pertencem a Deus e devem ser distribuídas segundo o seu desejo gracioso.

NONO MANDAMENTO - “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”. Este é um mandamento contra o testemunhar contra outra pessoa falsamente. É essencialmente um mandamento contra a mentira.

Na comunhão de compromisso comum, as negociações entre o israelita e seu companheiro devem ser tão honestas e confiáveis quanto entre um vassalo e seu senhor. Dizer falso testemunho é provocar discussão dentro da comunidade e interromper o funcionamento ordenado e harmonioso do reino.

DÉCIMO MANDAMENTO - “Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo”. Este é um mandamento contra o desejar qualquer coisa que não lhe pertença. A cobiça pode levar a outras proibições listadas acima: assassinato, adultério e roubo. Se é errado fazer uma coisa, também é errado desejar fazer essa mesma coisa.

Os outros mandamentos inevitavelmente manifestam-se em expressão exterior até certo ponto ou outro, mas, teoricamente, a cobiça existe só na mente e no coração e nunca se evidencia em ato externo. No momento que se exterioriza não é mais cobiça. O desejo impróprio está no nível mais “espiritual” de roubo, adultério e seus semelhantes,e por isso é proibido.

Mesmo que a cobiça nunca se realize no comportamento público, é uma ruptura séria, porque o Senhor, que conhece o coração, se ofende com isso.A cobiça impugna a sabedoria e bondade de Deus, questionando a concessão divina das bênçãos da vida em acordo com o seu plano onisciente.


Finalmente, a função formal e teológica do Decálogo fica clara quando a vemos no contexto do ato redentor do êxodo e dos propósitos eletivos de Deus para Israel como povo vassalo, conduzindo na comunhão com Ele, a fim de servir como reino de sacerdotes. Particularmente os Dez Mandamentos, fornece as diretrizes segundo as quais este povo privilegiado tinha de ordenar-se para que realmente fosse uma nação santa capaz de exibir o reino de Deus e mediar os benefícios e promessas salvíficas para o mundo em geral da humanidade alienada.


Fontes:

Site Wikipedia
Site GotQuestions
Roy B. Zuck, Teologia do Antigo Testamento, Ed.CPAD, Rio de Janeiro, 2010.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Você Pergunta... A Bíblia Responde #20




1 - Eu e a minha noiva somos cristãos, embora a minha noiva tenha abraçado a fé à menos tempo, mas penso que todo o cristão vai crescendo e por isso o nosso jugo é o mesmo. Estarei certo? 2 - Quem devem os cristãos convidar para o seu casamento?

Primeiramente vamos definir o que torna uma pessoa cristã, Jesus disse que quando uma pessoa de fato O ama, esse guarda os seus mandamentos (Jo 14:15, 1Jo 3:24). Uma pessoa que confessa publicamente a Cristo, e isso não significa fazer uma oração de “aceitação”, mas sim viver de acordo com os ensinos de Jesus Cristo (1Jo 2:6), esse é um discípulo do Senhor Jesus Cristo e pode ser chamado de cristão.

Isso acontece a partir do momento que você é compelido pelo Espírito Santo de Deus e decide andar em comunhão com Cristo, o passo posterior e contínuo é chamado de santificação, estaremos nos aperfeiçoando diariamente em um caminho de santidade que nos leva cada dia mais próximo do caráter de Cristo. A santificação é um processo que acontece no presente e é um processo incompleto e imperfeito, isso ocorrerá até o dia em que seremos glorificados, ato único realizado de uma vez para sempre.

Certamente todos nós cristão estamos em momentos distintos de maturidade e santificação. O meu momento é diferente do seu, e o seu da sua noiva, assim por diante. O ponto chave é: ambos creem que Jesus Cristo é o nosso Senhor e Salvador? Ambos possuem o desejo de aprender mais e crescer mais em santidade dia a dia? Caso a resposta para ambas as perguntas for SIM, então direi que ambos estão no caminho certo e não existe jugo desigual que impediria o seu casamento.

Respondendo agora a sua segunda pergunta, a Bíblia nos afirma que aqueles que condenam publicamente Jesus Cristo e suas doutrinas, que fazem propaganda contra o evangelho, que ensinam falsas doutrinas, com essas pessoas não devemos nem receber em casa, nem dar as boas vindas (2Jo 10).

Quando João escreveu essas palavras ele estava combatendo falsos mestres, pessoas que ensinavam falsas doutrinas como se fossem doutrinas vindas de Jesus Cristo. Uma pessoa que não é cristã não necessariamente é um falso mestre ou falso profeta, pelo contrário, as pessoas precisam (por mais que não saibam) das boas novas, e um casamento cristão é uma excelente forma de mostrar um pouco do Evangelho para pessoas incrédulas.

Em Cristo.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

18 coisas que não me arrependerei de fazer com meus filhos


Por Tim Challies


Como a maioria dos pais, eu tenho aqueles momentos em que culpa e arrependimento me atingem como uma onda. Eu penso, então, em como boa parte do meu tempo como pai já passou e quão pouco resta. Meu filho mais velho tem treze anos. Ele já é um adolescente, restando-lhe apenas mais um ano até o ensino médio, somente oito anos até a idade que eu tinha quando saí de casa para me casar. Minhas meninas o acompanham de perto. Quando aquela onda se levanta, quando sinto que poderia afogar-me debaixo de toda aquela tristeza, às vezes, eu considero estas coisas das quais nunca me arrependerei.

Aqui estão 18 coisas que eu sei que não me arrependerei de fazer com meus filhos.

1. Orar com eles por eles. Fico perplexo com o fato de que uma das coisas que mais me intimida é orar com meus filhos. Não estou falando de orar com toda a família antes ou depois de uma refeição, mas orar com a minha filha por minha filha ou com meu filho por meu filho. No entanto, este tipo de oração permite-lhes perceber que estou preocupado com o que lhes preocupa e permite-nos unir-se em oração por essas mesmas coisas. Eu sei que preciso priorizar isso porque nunca me arrependerei de orar com eles por eles.

2. Ler livros para eles. Quando o verão torna-se outono, quando os dias ficam mais curtos e as noites esfriam, passamos muitas das nossas noites juntos na sala de estar, enquanto eu leio livros em voz alta. Nós lemos sobre o nosso caminho por este mundo, e por muitos outros, nós lemos sobre o porvir na história e sobre dias há muito no passado; nós conhecemos heróis e vilões, e experimentamos tudo isso juntos como uma família. Eu nunca me arrependerei de ler livros para os meus filhos .

3. Dar beijos de boa noite. Os dias se alongam e eu fico tão cansado. Na hora em que as crianças vão para a cama, às vezes estou tão desgastado que a última coisa que quero fazer é vê-los na cama e dar beijos de boa noite. Mas eu sempre me alegro por fazê-lo e, muitas vezes, descubro aquele momento em que as crianças estão mais abertas, mais ansiosas para falar, e mais ansiosas para ouvir. Eu sei que nunca me arrependerei de todos aqueles beijos de boa noite.

Eu sei que nunca me arrependerei de todos aqueles beijos de boa noite.

4. Levá-los para a igreja. Há tanta alegria em estar juntos na igreja como família, adorar juntos o Senhor e juntos ouvir sobre ele em sua Palavra. Eu não levo meus filhos à igreja para que eles possam aprender boas maneiras ou serem pessoas melhores, eu os levo à igreja para que possam saber quem são, para que possam aprender sobre quem é Deus, e para que possam encontrar e experimentar a graça. Eu nunca me arrependerei de priorizar a  igreja.

5. Levá-los para tomar café da manhã. Uma tradição muito amada em nossa família é levar meus filhos para tomar café nas manhãs de sábado – um deles por semana. É uma tradição que perdi, mas voltou, perdi novamente e voltou mais uma vez. É uma tradição que vale a pena manter. A despesa de 10 ou 20 dólares e o tempo que leva nada são em comparação com o investimento em suas vidas. Eu nunca me arrependerei dos nossos cafés da manhã com o papai.

6. Deixar meus amigos serem seus amigos. Adoro quando meus filhos fazem amizade e tornam-se amigos dos meus amigos. Eu quero que meus filhos tenham amigos mais velhos e mais sábios do que eles e amigos que possam ajudá-los nas áreas em que sou fraco. Eu nunca me arrependerei de incentivar meus amigos a serem amigos deles.

7. Fazer devocionais em família. Devocional em família é uma disciplina difícil de manter, especialmente quando as crianças ficam mais velhas e têm mais lição de casa e responsabilidades. Mas, nós nos comprometemos, nos re-comprometemos e perseveramos, porque estes são momentos preciosos – apenas alguns minutos juntos para ler a Bíblia, para falar sobre o que ouvimos e para orar. Eu sei que nunca me arrependerei de um único momento buscando o Senhor juntos.

8. Discipliná-los. Eu odeio disciplinar meus filhos, eu odeio ter que discipliná-los. Contudo, estou absolutamente convencido de que se recusar a discipliná-los é recusar-se a amá-los e respeitá-los. O privilégio revogado, a conversa severa, o tempo gasto sozinho em seu quarto – essas coisas são vistas como ódio no momento, porém, percebidas como amor mais tarde. Eu nunca me arrependerei de disciplinar meus filhos com amor.

9. Fazer coisas especiais. Grande parte da vida é vivida em situações cotidianas e o amor normalmente é demonstrado no dia-a-dia. Mas também há valor no jogo à tarde, na noite de balé, as viagens com o papai. Eu nunca me arrependerei de fazer essas coisas especiais com meus filhos.

10. Pedir perdão. Eu tenho mais dificuldade em pedir desculpas aos meus filhos do que a qualquer outra pessoa. Em algum lugar lá no fundo da minha mente, eu estou convencido de que desculpar-me com eles é revelar fraqueza; mas, nos meus melhores momentos, eu sei que pedir desculpas a eles – pedir perdão quando pequei contra eles – é honrar a Deus e a eles. Eu nunca me arrependerei daquelas vezes em que já pedi perdão a eles.

11. Perdoá-los. Minha grande fraqueza é um dos grandes pontos fortes dos meus filhos. Quando eles pecam, quase sempre são rápidos em buscar o meu perdão. Eu nunca me arrependerei de sincera e imediatamente conceder o perdão que eles pedem.

12. Amar a mãe deles. Eu sei que a estabilidade de uma mãe e um pai que estão firmemente comprometidos um com o outro traz estabilidade para toda a família. Eu posso amar meus filhos ao assegurar-lhes o meu amor por sua mãe por meio das minhas palavras, atos e afeição. Eu nunca me arrependerei de regularmente reafirmar o meu amor pela mãe deles.

13. Identificar a graça de Deus. Enquanto meus filhos fazem suas profissões de fé e começam a crescer em piedade , tem sido uma alegria ver a graça de Deus em suas vidas. Estou aprendendo a contar-lhes o que eu observo, a elogiá-los por isso, e apontar para Aquele que fez tudo. Eu sei que nunca me arrependerei de identificar esse tipo de graça em suas vidas.

14. Expressar afeto. Gosto de andar de mãos dadas com as minhas filhas e adoro abraçar o meu filho antes de ele ir para a escola. Esta afeição física os faz sentirem-se seguros e amados ao ensinar limites e toques apropriados e platônicos. Eu nunca me arrependerei de continuamente expressar afeto físico.

15. Planejar pequenas surpresas. Os pequenos e ocasionais presentes de quando eu volto para casa depois de uma palestra, uma rosa para minhas meninas enquanto eu compro um buquê de flores para a mamãe, o jantar no McDonalds sem qualquer motivo especial. Eu nunca me arrependerei de planejar e a executar essas pequenas surpresas especiais.

16. Dar-lhes toda a minha atenção. Eu quase sempre tenho um dispositivo eletrônico à mão e, muitas vezes, tenho dois ou três deles. É tão fácil interromper uma conversa a cada zumbido ou bip, quebrar o contato visual e perder a concentração. Eu sei que eu nunca me arrependerei de dar aos meus filhos toda a minha atenção quando eles têm algo a dizer.

17. Conduzir ao evangelho. O evangelho não é apenas uma porta de entrada para a vida cristã, mas a própria fonte de esperança e alegria na vida cristã . Precisamos voltar ao evangelho continuamente, precisamos do evangelho todos os dias. E eu nunca me arrependerei de conduzir meus filhos ao evangelho.

18. Dizer-lhes “eu te amo”. Eu amo profundamente meus filhos e posso demonstrar esse amor de cada uma das maneiras que listei acima. Mas, quando eles vão para a escola, quando eles saem com os amigos, quando me ligam do escritório, quando usamos o Skype à distância, eu nunca me arrependerei de dizer-lhes novamente: “Eu te amo”.

***
Traduzido por Josaías Jr | Reforma21.org | Original aqui.
 
Via: Bereianos - 
http://bereianos.blogspot.com.br/2013/11/18-coisas-que-nao-me-arrependerei-de.html#.Uot8PCckrIU

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O que os homens pensam sobre: MODÉSTIA





terça-feira, 12 de novembro de 2013

Porque Recusamos os Apócrifos



Os Apócrifos (a diferença entre as Bíblias):

Na Constituição Dogmática sobre Revelação Divina, o Concílio Vaticano II, no capítulo sobre Escritura Sagrada na Vida da Igreja, declarou que "Ela (a igreja) sempre considerou as Escrituras junto com a tradição sagrada como a regra suprema de fé, e sempre as considerará assim".

Da declaração anterior, nós, os cristãos evangélicos, rejeitamos, desde logo, a tradição sagrada como regra de fé. Ficamos, pois, em terreno comum com os católicos romanos no que diz respeito às Escrituras. No entanto, nisto também existe uma diferença de suma importância. Isto tem relação com os livros do cânon do Velho Testamento. No livro Consultas dei Clero, parágrafo 207, se transcreve assim o decreto emitido pelo Concilio de Trento sobre as Sagradas Escrituras: "Se alguém não receber como sagrados e canônicos estes livros inteiros, com todas as suas partes, tal como se encontram na Antiga Versão Vulgata, seja anátema."

Seguindo a mesma posição doutrinária, o Concilio Vaticano II, no capítulo sobre "A inspiração Divina e a Interpretação da Escritura Sagrada", se pronunciou da seguinte maneira: "Aquelas realidades divinamente reveladas, contidas e apresentadas na Escritura Sagrada, foram reduzidas à escritura sob a inspiração do Espírito Santo. A Santa Madre Igreja, descansando sobre a crença dos apóstolos, sustenta que os livros, tanto do Velho como do Novo Testamento, em sua totalidade, com todas as suas partes, são sagrados e canônicos, porque, havendo sido escritos sob a inspiração do Espírito Santo, têm a Deus como seu autor e foram transmitidos Como tais à igreja mesma." Mas, quando a Igreja Católica Romana se refere ao cânon do Velho Testamento, ela inclui uma série de livros que os protestantes chamam de "Apócrifos" mas os católicos de "Deuterocanônicos", os quais não aparecem nas versões evangélicas e hebraica da Bíblia. O resultado disto foi que na opinião popular dos católicos existem duas Bíblias: uma católica e a outra protestante. Mas semelhante asseveração não é certa. Só existe uma Bíblia, uma Palavra (escrita) de Deus.

Em suas línguas originais (o hebraico e o grego), a Bíblia é uma só e igual para todos. O que nem sempre é igual são as versões ou traduções dela aos diferentes idiomas. Neste estudo iremos mostrar porque nós, cristãos evangélicos, não aceitamos os chamados, "Livros Apócrifos", e conseqüentemente rejeitamos com provas sobejas, as alegações romanistas de que tais livros possuem canonicidade e inspiração divina.




Apócrifos: O Que Significa [este nome]?

Na realidade, os sentidos da palavra "apocrypha" refletem o problema que se manifesta nas duas concepções de sua canonicidade. No grego clássico, a palavra apocrypha significava "oculto" ou "difícil de entender". Posteriormente, tomou o sentido de "esotérico" ou algo que só os iniciados podem entender; não os de fora. Na época de Irineu e de Jerônimo (séculos III e IV), o termo apocrypha veio a ser aplicado aos livros não-canônicos do Antigo Testamento, mesmo aos que foram classificados previamente como "pseudepígrafos". Desde a era da Reforma, essa palavra tem sido usada para denotar os escritos judaicos não-canônicos originários do período intertestamentário. A questão diante de nós é a seguinte: verificar se os livros eram escondidos a fim de ser preservados, porque sua mensagem era profunda e espiritual ou porque eram espúrios e de confiabilidade duvidosa.

Natureza e número dos apócrifos do Antigo Testamento
Há quinze livros chamados apócrifos (catorze se a Epístola de Jeremias se unir a Baruque, como ocorre nas versões católicas de Douai). Com exceção de II Esdras, esses livros preenchem a lacuna existente entre Malaquias e Mateus e compreendem especificamente dois ou três séculos antes de Cristo.

Significado da palavra CÂNON e CANÔNICO CÂNON - (de origem semítica, na língua hebraica "qãneh" em Ez 40.3; e no grego: "kanón" em Gl 6.16"), tem sido traduzido em nossas versões em português como, "regra", "norma".
Significado literal: vara ou instrumento de medir.
Significado figurado: Regra ou critérios que comprovam a autenticidade e inspiração dos livros bíblicos; Lista dos Escritos Sagrados; Sinônimo de ESCRITURAS - como a regra de fé e ação investida de autoridade divina. Outros significados: Credo formulado (a doutrina da Igreja em Geral); Regras eclesiásticas (lista ou série de procedimentos) CANÔNICO - Que está de acordo com o cânon. Em relação aos 66 livros da Bíblia hebraica e evangélica.

Significado da palavra PSEUDOEPÍGRAFO - Literalmente significa "escritos falsos" - Os apócrifos não são necessariamente escritos falsos, mas, sim não canônicos, embora, também contenham ensinos errados ou hereges.




Diferenças entre as Bíblias Hebraicas, Protestantes e Católicas:

Diferenças Básicas:
1. Bíblia Hebraica - [a Bíblia dos judeus]
a) Contém somente os 39 livros do V.T.
b) Rejeita os 27 do N.T. como inspirado, assim como rejeitou Cristo.
c) Não aceita os livros apócrifos incluídos na Vulgata [versão Católico Romana)
2. Bíblia Protestante
a) Aceita os 39 livros do V.T. e também os 27 do N.T.
b) Rejeita os livros apócrifos incluídos na Vulgata, como não canônicos
3. Bíblia Católica
a) Contém os 39 livros do V.T. e os 27 do N.T.
b) Inclui na versão Vulgata, os livros apócrifos ou não canônicos que são: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico,Baruque, 1º e 2º de Macabeus, seis capítulos e dez versículos acrescentados no livro de Ester e dois capítulos de Daniel.

A seguir a lista dos que se encontravam na Septuaginta:
LIVROS APÓCRIFOS DA SEPTUAGINTA
1. III Esdras
2. IV Esdras
3. Oração de Azarias
4. Tobias
5. Adições a Ester
6. A Sabedoria de Salomão
7. Eclesiástico (Também chamado de Sabedoria de Jesus, filho de Siraque)
8. Baruque
9. A Carta de Jeremias
10. Os acréscimos de Daniel
11. A Oração de Manassés
12. I Macabeus
13. II Macabeus
14. Judite


Como os Apócrifos foram aprovados
A Igreja Romana aprovou os apócrifos em 8 de Abril de 1546 como meio de combater a Reforma protestante. Nessa época os protestantes combatiam violentamente as doutrinas romanistas do purgatório, oração pelos mortos, salvação pelas obras, etc. Os romanistas viam nos apócrifos base para tais doutrinas, e apelaram para eles aprovando-os como canônicos.

Houve prós e contras dentro dessa própria igreja, como também depois. Nesse tempo os jesuítas exerciam muita influência no clero. Os debates sobre os apócrifos motivaram ataques dos dominicanos contra os franciscanos. O biblista católico John L. Mackenzie em seu "Dicionário Bíblico" sob o verbete, Cânone, comenta que no Concílio de Trento houve várias "controvérsias notadamente candentes" sobre a aprovação dos apócrifos. Mas o cardeal Pallavacini, em sua "História Eclesiástica" declara mais nitidamente que em pleno Concílio, 40 bispos dos 49 presentes travaram luta corporal, agarrado às barbas e batinas uns dos outros...

Foi nesse ambiente "ESPIRITUAL", que os apócrifos foram aprovados. A primeira edição da Bíblia católico-romana com os apócrifos deu-se em 1592, com autorização do papa Clemente VIII. Os Reformadores protestantes publicaram a Bíblia com os apócrifos, colocando-os entre o Antigo e Novo Testamentos, não como livros inspirados, mas bons para a leitura e de valor literário histórico. Isto continuou até 1629.

A famosa versão inglesa King James (Versão do Rei Tiago) de 1611 ainda os trouxe. Porém, após 1629 as igrejas reformadas excluíram totalmente os apócrifos das suas edições da Bíblia, e, "induziram a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, sob pressão do puritanismo escocês, a declarar que não editaria Bíblias que tivessem os apócrifos, e de não colaborar com outras sociedades que incluíssem esses livros em suas edições." Melhor assim, tendo em vista evitar confusão entre o povo simples, que nem sempre sabe discernir entre um livro canônico e um apócrifo e também pelo fato do que aconteceu com a Vulgata! Melhor editá-los separadamente.





Por que Rejeitamos os Apócrifos?

Há várias razões porque os protestantes rejeitam os Apócrifos. Eis algumas delas:




1. Porque com o livro de Malaquias o Cânon Bíblico havia se encerrado

Depois de aproximadamente 435 a.C não houve mais acréscimos ao cânon do Antigo Testamento. A história do povo judeu foi registrada em outros escritos, tais como os livros dos Macabeus, mas eles não foram considerados dignos de inclusão na coleção das palavras de Deus que vinham dos anos anteriores.
Quando nos voltamos para a literatura judaica fora do Antigo Testamento percebemos que a crença de que haviam cessado as palavras divinamente autorizadas da parte de Deus é atestada de modo claro em várias vertentes da literatura extrabíblica.

· 1 Macabeus: (cerca de 100 a.c.), o autor escreve sobreo altar: "Demoliram-no, pois, e depuseram as pedras sobre o monte da Morada conveniente, à espera de que viesse algum profeta e se pronunciasse a respeito" (l Mac 4.45-46). Aparentemente, eles não conheciam ninguém que poderia falar com a autoridade de Deus como os profetas do Antigo Testamento haviam feito. A lembrança de um profeta credenciado no meio do povo pertencia ao passado distante, pois o autor podia falar de um grande sofrimento, "qual não tinha havido desde o dia em que não mais aparecera um profeta no meio deles" (l Mac 9.27; 14.41).

· Josefo: (nascido em c. 37/38 d.C.) explicou: "Desde Artaxerxes até os nossos dias foi escrita uma história completa, mas não foi julgada digna de crédito igual ao dos registros mais antigos, devido à falta de sucessão exata dos profetas" (Contra Apião 1:41) Essa declaração do maior historiador judeu do primeiro século cristão mostra que os escritos que agora fazem parte dos "apócrifos", mas que ele (e muitos dos seus contemporâneos) não os consideravam dignos "de crédito igual" ao das obras agora conhecida por nós como Escrituras do Antigo Testamento. Segundo o ponto de vista de Josefo, nenhuma "palavra de Deus" foi acrescentada às Escrituras após cerca de 435 a.c. · A literatura rabínica: reflete convicção semelhante em sua freqüente declaração de que o Espírito Santo (em sua função de inspirador de profecias) havia se afastado de Israel "Após a morte dos últimos profetas, Ageu, Zacarias e Malaquias, o Espírito Santo afastou-se de Israel, mas eles ainda se beneficiavam do bath qôl" (Talmude Babilônico, Yomah 9b repetido em Sota 48b, Sanhedrín 11 a, e Midrash Rabbah sobre o Cântico dos Cânticos, 8.9.3).

· A comunidade de Qumran: (seita judaica que nos legou os Manuscritos do Mar Morto) também esperava um profeta cujas palavras teriam autoridade para substituir qualquer regulamento existente (veja 1QS 9.11), e outras declarações semelhantes são encontradas em outros trechos da literatura judaica antiga (veja II Baruc 85.3 Oração de Azarias 15). Assim, escritos posteriores a cerca de 435 a.C. em geral não eram aceitos pelo povo judeu como obras dotadas de autoridade igual à do restante das Escrituras.

· O Novo Testamento: não temos nenhum registro de alguma controvérsia entre Jesus e os judeus sobre a extensão do cânon. Ao que parece,Jesus e seus discípu1os de um lado e os líderes judeus ou o povo judeu, de outro, estavam plenamente de acordo em que acréscimos ao cânon do Antigo Testamento tinham cessado após os dias De Esdras, Neemias, Ester, Ageu, Zacarias e Malaquias. Esse fato é confirmado pelas citações do Antigo Testamento feitas por Jesus e pelos autores do Novo Testamento. Segundo uma contagem,Jesus e os autores do Novo Testamento citam mais de 295 vezes, várias partes das Escrituras do Antigo Testamento como palavras autorizadas por Deus, mas nem uma vez sequer citam alguma declaração extraída dos livros apócrifos ou qualquer outro escrito como se tivessem autoridade divina. A ausência completa de referência à outra literatura como palavra autorizada por Deus e as referências muito freqüentes a centenas de passagens no Antigo Testamento como dotadas de autoridade divina confirmam com grande força o fato de que os autores do Novo Testamento concordavam em que o cânon estabelecido do Antigo Testamento, nada mais nada menos, devia ser aceito como a verdadeira palavra de Deus




2. Porque a inclusão dos apócrifos foi acidental.

A conquista da Palestina por Alexandre, o Grande, ocasionou uma nova dispersão dos judeus por todo o império greco-macedônico. Pelo ano 300 antes de Cristo, a colônia de judeus na cidade de Alexandria, Egito, era numerosa, forte e fluente. Morrendo Alexandre, seu domínio dividiu-se em quatro remos, ficando o Egito sob a dinastia dos Ptolomeus.

O segundo deles, Ptolomeu Filadelfo, foi grande amante das letras e preocupou-se com enriquecer a famosa biblioteca que seu pai havia fundado. Com este objetivo, muitos livros foram traduzidos para o grego. Naturalmente, as Escrituras Sagradas do povo hebreu foram levadas em conta, apreciando-se também a grande importância que teria a tradução da Bíblia de seus antepassados da Palestina para os judeus cuja língua vernácula era o grego. Segundo um relato de Josefo, Sumo Sacerdote de Jerusalém Eleazar enviou, a pedido de Ptolomeu Filadelfo, uma embaixada de 72 tradutores a Alexandria, com um valioso manuscrito do Velho Testamento, do qual traduziram o Pentateuco. A tradução continuou depois, não se completando senão no ano 150 antes de Cristo. Esta tradução, que se conhece com o nome de Septuaginta ou Versão dos Setenta (por terem sido 70, em número redondo, seus tradutores), foi aceita pelo Sinédrio judaico de Alexandria; mas, não havendo tanto zelo ali como na Palestina e devido às tendências helenistas contemporâneas, os tradutores alexandrinos fizeram adições e alterações e, finalmente, sete dos Livros Apócrifos foram acrescentados ao texto grego como Apêndice do Velho Testamento. Os estudiosos acham que foram unidos à Bíblia, por serem guardados juntamente com os rolos de livros canônicos, e quando foram iniciados os Códices, isto é , a escrituração da Bíblia inteira em um só volume, alguns escribas copiaram certos rolos apócrifos juntamente com os rolos canônicos. Todos estes livros, com exceção de Judite, Eclesiástico, Baruque e 1 Macabeus, estavam escritos em grego, e a maioria deles foi escrita muitíssimos anos depois de o profeta Malaquias, o último dos profetas da Dispensação antiga, escrever o livro que leva o seu nome. O que se pode concluir daí é que, quando a Septuaginta era copiada, alguns livros não canônicos para os judeus eram também copiados. Isso também poderia ter ocorrido por ignorância quanto aos livros verdadeiramente canônicos.

Pessoas não afeiçoadas ao judaísmo ou mesmo desinteressadas em distinguir livros canônicos dos não canônicos tinham por igual valor todos os livros, fossem eles originalmente recebidos como sagrados pelos judeus ou não. Mesmo aqueles que não tinham os demais livros judaicos como canônicos certamente também copiavam estes livros, não por considerá-los sagrados, mas apenas para serem lidos. Por que não copiar livros tão antigos e interessantes? Estes livros, entretanto, têm a importância de refletir o estado do povo judeu e o caráter de sua vida intelectual e religiosa durante as várias épocas que representam, particularmente, a do período chamado intertestamentário (entre Malaquias e João Batista, de 400 anos); é, talvez, por estas razões que os tradutores os juntaram ao texto grego da Bíblia, mas os judeus da Palestina nunca os aceitaram no cânon de seus livros sagrados




3. Testemunhas contra os apócrifos

Traremos agora o depoimento de várias personagens históricas que depõe contra a lista canônica "Alexandrina", como consta na Septuaginta, Vulgata e em todas as versões das Bíblias católicas existentes. Pelo peso de autoridade que representam esses vultos, são provas mais do que suficientes e esmagadoras contra a inclusão dos Apócrifos no Cânon bíblico. Vejamos:

JOSEFO: A referência mais antiga ao cânon hebraico é do historiador judeu Josefo (37-95 AC). Em Contra Apionem ele escreve: "Não temos dezenas de milhares de livros, em desarmonia e conflitos, mas só vinte e dois, contendo o registro de toda a história, os quais, conforme se crê, com justiça, são divinos." Depois de referir-se aos cinco livros de Moisés, aos treze livros dos profetas, e aos demais escritos (os quais "incluem hinos a Deus e conselhos pelos quais os homens podem pautar suas vidas"), ele continua afirmando: "Desde Artaxerxes (sucessor de Xerxes) até nossos dias, tudo tem sido registrado, mas não tem sido considerado digno de tanto crédito quanto aquilo que precedeu a esta época, visto que a sucessão dos profetas cessou. Mas a fé que depositamos em nossos próprios escritos é percebida através de nossa conduta; pois, apesar de ter-se passado tanto tempo, ninguém jamais ousou acrescentar coisa alguma a eles, nem tirar deles coisa alguma, nem alterar neles qualquer coisa que seja" Josefo é suficientemente claro. Como historiador judeu, ele é fonte fidedigna. Eram apenas vinte e dois os livros do cânon hebraico agrupados nas três divisões do cânon massorético. E desde a época de Malaquias (Artaxerxes, 464-424) até a sua época nada se lhe havia sido acrescentado. Outros livros foram escritos, mas não eram considerados canônicos, com a autoridade divina dos vinte e dois livros mencionados.

ORÍGENES: No terceiro século d.C, Orígenes (que morreu em 254) deixou um catálogo de vinte e dois livros do Antigo Testamento que foi preservado na História Eclesiástica de Eusébio, VI: 25. Inclui a mesma lista do cânone de vinte e dois livros de Josefo (e do Texto Massorético) inclusive Ester, mas nenhum dos apócrifos é declarado canônico, e se diz explicitamente que os livros de Macabeus estão "fora desses [livros canônicos]"

TERTULIANO: Aproximadamente contemporâneo de Orígenes era Tertuliano. (160-250 dc) o primeiro dos País Latinos cujas obras ainda existem. Declara que os livros canônicos são vinte e quatro.

HILÁRIO: Hilário de Poitiers (305-366) os menciona como sendo vinte e dois.

ATANÁSIO: De modo semelhante, em 367 d.C., o grande líder da igreja, Atanásio, bispo de Alexandria, escreveu sua Carta Pascal e alistou todos os livros do nosso atual cânon do Novo Testamento e do Antigo Testamento, exceto Éster. Mencionou também alguns livros dos apócrifos, tais como a Sabedoria de Salomão, a Sabedoria de Sirac, Judite e Tobias, e disse que esses "não são na realidade incluídos no cânon, mas indicados pelos Pais para serem lidos por aqueles que recentemente se uniram a nós e que desejam instrução na palavra de bondade".

JERONIMO: Jerônimo (340-420.dc.) propugnou, no Prologus Galeatus. A citação pertinente de Prologus Galeatus é a seguinte: "Este prólogo, como vanguarda (principium) com capacete das Escrituras, pode ser aplicado a todos os Livros que traduzimos do Hebraico para o Latim, de tal maneira que possamos saber que tudo quanto é separado destes deve ser colocado entre os Apócrifos. Portanto, a sabedoria comumente chamada de Salomão, o livro de Jesus, filho de Siraque, e Judite e Tobias e o Pastor (supõe-se que seja o Pastor de Hermas), não fazem parte do cânon. Descobri o Primeiro Livro de Macabeus em Hebraico; o Segundo foi escrito em Grego, conforme testifica sua própria linguagem".

Jerônimo, no seu prefácio aos Livros de Salomão, menciona ter descoberto Eclesiástico em Hebraico, mas declara em sua; convicção que a Sabedoria de Salomão teria sido originalmente composta em Grego e não em Hebraico, por demonstrar uma eloqüência tipicamente helenística. "E assim", continua ele, "da mesma maneira pela qual a igreja lê Judite e Tobias e Macabeus (no culto público) mas não os recebe entre as Escrituras canônicas, assim também sejam estes dois livros úteis para a edificação do povo, mas não para estabelecer as doutrinas da Igreja"). E noutros trechos, prima pelo reconhecimento de apenas os vinte e dois livros contidos no hebraico, e a relegação dos livros apócrifos a uma posição secundária. Assim, no seu Comentário de Daniel, lançou dúvidas quanto à canonicidade da história de Suzana, baseando-se no fato que o jogo de palavras atribuído a Daniel na narrativa, só podia ser derivado do grego e não do hebraico (inferência: a história foi originalmente composta em grego). Do mesmo modo, em conexão com a história de Bel e a do Dragão, declara; "a objeção se soluciona facilmente ao asseverar que esta história especifica não está incluída no texto hebraico do livro de Daniel. Se, porém, alguém fosse comprovar que pertence ao cânone, seríamos obrigados a buscar uma outra resposta a esta objeção"

MELITO: A mais antiga lista cristã dos livros do Antigo Testamento que existe hoje é a de Melito, bispo de Sardes, que escreveu em cerca de 170 d.C. "Quando cheguei ao Oriente e encontrei-me no lugar em que essas coisas foram proclamadas e feitas, e conheci com precisão os livros do Antigo Testamento, avaliei os fatos e os enviei a ti. São estes os seus nomes: cinco livros de Moisés, Gênesis, Êxodo, Números, Levítico, Deuteronômio,Josué, filho de Num, Juizes, Rute, quatro livros dos Remos,'0 dois livros de Crônicas, os Salmos de Davi, os Provérbios de Salomão e sua Sabedoria," Eclesiastes, o Cântico dos Cânticos,Jó, os profetas Isaías,Jeremias, os Doze num único livro, Daniel, Ezequiel, Esdras."

É digno de nota que Melito não menciona aqui nenhum livro dos apócrifos, mas inclui todos os nossos atuais livros do Antigo Testamento, exceto Éster. Mas as autoridades católicas passam por cima de todos esses testemunhos para manter, em sua teimosia, os Apócrifos!




4. A Heresia dos Apócrifos

Uma das grandes razões, talvez a principal delas, porque nós evangélicos rejeitamos os Apócrifos, é devido a grande quantidade de heresias que tais livros apresentam. Fora isso, existem também lendas absurdas e fictícias e graves erros históricos e geográficos, o que fazem os Apócrifos serem desqualificados como palavra de Deus. A seguir daremos um resumo de cada livro e logo a seguir mostraremos seus graves erros.

RESUMO:
TOBIAS - (200 a.C.) - É uma história novelística sobre a bondade de Tobiel (pai de Tobias) e alguns milagres preparados pelo anjo Rafael.
Apresenta:
· justificação pelas obras - 4:7-11; 12:8
· mediação dos Santos - 12:12
· superstições - 6:5, 7-9, 19
· um anjo engana Tobias e o ensina a mentir 5:16 a 19

JUDITE - (150 a.C.) É a História de uma heroína viúva e formosa que salva sua cidade enganando um general inimigo e decapitando-o. grande heresia é a própria história onde os fins justificam os meios.

BARUQUE - (100 a.D.) - Apresenta-se como sendo escrito por Baruque, o cronista do profeta Jeremias, numa exortação aos judeus quando da destruição de Jerusalém. Porém, é de data muito posterior, quando da segunda destruição de Jerusalém, no pós-Cristo. Traz entre outras coisas, a intercessão pelos mortos - 3:4.

ECLESIÁSTICO - (180 a.C.) - É muito semelhante ao livro de Provérbios, não fosse as tantas heresias:
· justificação pelas obras - 3:33,34
· trato cruel aos escravos - 33:26 e 30; 42:1 e 5
· incentiva o ódio aos Samaritanos - 50:27 e 28

SABEDORIA DE SALOMAO - (40 a.D.) - Livro escrito com finalidade exclusiva de lutar contra a incredulidade e idolatria do epicurismo (filosofia grega na era Cristã).
Apresenta:
· o corpo como prisão da alma - 9:15
· doutrina estranha sobre a origem e o destino da alma 8:19 e 20
· salvação pela sabedoria - 9:19

1 MACABEUS - (100 a.C.) - Descreve a história de 3 irmãos da família "Macabeus", que no chamado período ínterbíblico (400 a.C. 3 a.D) lutam contra inimigos dos judeus visando a preservação do seu povo e terra.

II MACABEUS - (100 a.C.) - Não é a continuação do 1 Macabeus, mas um relato paralelo, cheio de lendas e prodígios de Judas Macabeu.
Apresenta:
· a oração pelos mortos - 12:44 - 46
· culto e missa pelos mortos - 12:43
· o próprio autor não se julga inspirado -15:38-40; 2:25-27
· intercessão pelos Santos - 7:28 e 15:14

ADIÇÕES A DANIEL:
capítulo 13 - A história de Suzana - segundo esta lenda Daniel salva Suzana num julgamento fictício baseado em falsos testemunhos.
capítulo 14 - Bel e o Dragão - Contém histórias sobre a necessidade da idolatria.
capítulo 3:24-90 - o cântico dos 3 jovens na fornalha.



5. Lendas, Erros e Heresias

5.1. Histórias fictícias, lendárias e absurdasTobias 6.1-4 - "Partiu, pois, Tobias, e o cão o seguiu, e parou na primeira pousada junto ao rio Tigre. E saiu a lavar os pés, e eis que saiu da água um peixe monstruoso para o devorar. À sua vista, Tobias, espavorido, clamou em alta voz, dizendo: Senhor, ele lançou-se a mim. E o anjo disse disse-lhe: Pega-lhe pelas guerras, e puxa-o para ti. Tendo assim feito, puxou-o para terra, e o começou a palpitar a seus pés .

5.2. Erros Históricos e Geográficos Os Apócrifos solapam a doutrina da inerrância porque esses livros incluem erros históricos e de outra natureza. Assim, se os Apócrifos são considerados parte das Escrituras, isso identifica erros na Palavra de Deus. Esses livros contêm erros históricos, geográficos e cronológicos, além de doutrinas obviamente heréticas; eles até aconselham atos imorais (Judite 9.1O,13). Os erros dos Apócrifos são freqüentemente apontados em obras de autoridade reconhecida. Por exemplo:

O erudito bíblico DL René Paehe comenta: "Exceto no caso de determinada informação histórica interessante (especialmente em 1. Macabeus) e alguns belos pensamentos morais (por exemplo Sabedoria de Salomão), Tobias... contém certos erros históricos e geográficos, tais como a suposição de que Senaqueribe era filho de Salmaneser (1 .15) em vez de Sargão II, e que Nínive foi tomado por Nabucodonosor e por Assuero (14.15) em vez de Nabopolassar e por Ciáxares... Judite não pode ser histórico porque contém erros evidentes... [Em 2 Macabeus] há também numerosas desordens e discrepâncias em assuntos cronológicos, históricos e numéricos, os quais refletem ignorância ou confusão.HERESIAS

5.3. Ensinam Artes Mágicas ou de Feitiçaria como método de exorcismo:
a) Tobias 6.5-9 - "Então disse o anjo: Tira as entranhas a esse peixe, e guarda, porque estas coisas te serão úteis. Feito isto, assou Tobias parte de sua carne, e levaram-na consigo para o caminho; salgaram o resto, para que lhes bastassem até chegassem a Ragés, cidade dos Medos. Então Tobias perguntou ao anjo e disse-lhe: Irmão Azarias, suplico-lhe que me digas de que remédio servirão estas partes do peixe, que tu me mandaste guardar: E o anjo, respondendo, disse-lhe: Se tu puseres um pedacinho do seu coração sobre brasas acesas , o seu fumo afugenta toda a casta de demônios, tanto do homem como da mulher, de sorte que não tornam mais a chegar a eles. E o fel é bom para untar os olhos que têm algumas névoas, e sararão"
b) Este ensino que o coração de um peixe tem o poder para expulsar toda espécie de demônios contradiz tudo o que a Bíblia diz sobre como enfrentar o demônio.
c) Deus jamais iria mandar um anjo seu, ensinar a um servo seu, como usar os métodos da macumba e da bruxaria para expulsar demônios.
d) Satanás não pode ser expelido pelos métodos enganosos da feitiçaria e bruxaria, e de fato ele não tem interesse nenhum em expelir demônios (Mt 12.26).
e) Um dos sinais apostólicos era a expulsão de demônios, e a única coisas que tiveram de usar foi o nome de Jesus (Mc 16.17; At 16.18)

5.4. Ensinam que Esmolas e Boas Obras - Limpam os Pecados e Salvam a Alma
a) Tobias 12.8, 9 - "É boa a oração acompanhada do jejum, dar esmola vale mais do que juntar tesouros de ouro; porque a esmola livra da morte (eterna), e é a que apaga os pecados, e faz encontrar a misericórdia e a vida eterna". Eclesiástico 3.33 - "A água apaga o fogo ardente, e a esmola resiste aos pecados"
b) Este é o primeiro ensino de Satanás, o mais terrível, e se encontrar basicamente em todas a seitas heréticas.
c) A Salvação por obras, destrói todo o valor da obra vicária de Cristo em favor do pecador. Se caridade e boas obras limpam nossos pecados, nós não precisamos do sangue de Cristo. Porém, a Bíblia não deixa dúvidas quanto o valor exclusivo do sangue como um único meio de remissão e perdão de pecados:
- Hb 9:11, 12, 22 - "Mas Cristo... por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção ...sem derramamento de sangue não há remissão."
- I Pe 1:18, 19 - "sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo,"
d) Contradiz Bíblia toda. Ela declara que somente pela graça de Deus e o sangue de Cristo o homem pode alcançar justificação e completa redenção: - Romanos 3.20, 24, 24 e 29 - "Ninguém será justificado diante dele pelas obras da lei.. sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus. A quem Deus propôs no seu sangue.... Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei".

5.5. Ensinam o Perdão dos pecados através das orações

a) Eclesiástico 3.4 - "O que ama a Deus implorará o perdão dos seus pecados, e se absterá de tornar a cair neles, e será ouvido na sua oração de todos os dias".
b) O perdão dos pecados não está baseado na oração que se faz pedindo o perdão, não é fé na oração, e sim fé naquele que perdoa o pecado, a oração por si só, é uma boa obra que a ninguém pode salvar. Somente a oração de confissão e arrependimento baseadas na fé no sacrifício vicário de Cristo traz o perdão (Pv. 28.13; I Jo 1.9; I Jo 2.1,2)

5.6. Ensinam a Oração Pelos Mortos

a) 2 Macabeus 12:43-46 - "e tendo feito uma coleta, mandou 12 mil dracmas de prata a Jerusalém, para serem oferecidas em sacrifícios pelos pecados dos mortos, sentindo bem e religiosamente a ressurreição, (porque, se ele não esperasse que os que tinham sido mortos, haviam um dia de ressuscitar, teria por uma coisa supérflua e vã orar pelos defuntos); e porque ele considerava que aos que tinham falecido na piedade estava reservada uma grandíssima misericórdia. É, pois, um santo e salutar pensamento orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados".
b) É neste texto falso, de um livro não canônico, que contradiz toda a Bíblia, que a Igreja Católica Romana baseia sua falta e herege doutrina do purgatório.
c) Este é novamente um ensino Satânico para desviar o homem da redenção exclusiva pelo sangue de Cristo, e não por orações que livram as almas do fogo de um lugar inventado pela mente doentia e apostata dos teólogos católicos romanos.
d) Após a morte o destino de todos os homens é selado, uns para perdição eterna e outros para a Salvação eterna - não existe meio de mudar o destinos de alguém após a sua morte. Veja Mt. 7:13,13; Lc 16.26

5.7. Ensinam a Existência de um Lugar Chamado PURGATÓRIO

a) Este é o ensino herético e satânico inventado pela Igreja Católica Romana, de que o homem, mesmo morrendo perdido, pode ter uma Segunda chance de Salvação.
b) Sabedoria 3.1-4 - "As almas dos justos estão na mão de Deus, e não os tocará o tormento da morte. Pareceu aos olhos dos insensatos que morriam; e a sua saída deste mundo foi considerada como uma aflição, e a sua separação de nós como um extermínio; mas eles estão em paz (no céu). E, se eles sofreram tormentos diante dos homens, a sua esperança está cheia de imortalidade".
c) A Igreja Católica baseia a doutrina do purgatório na ultima parte deste texto, onde diz: " E, se eles sofreram tormentos diante dos homens, a sua esperança está cheia de imortalidade".
- Eles ensinam que o tormento em que o justo está, é o purgatório que o purifica para entrar na imortalidade. - Isto é uma deturpação do próprio texto do livro apócrifo. De modo, que a igreja Católica é capaz de qualquer desonestidade textual, para manter suas heresias.- Até porque, ganha muito dinheiro com as indulgências e missas rezadas pelos mortos.
d) Leia atentamente as seguinte textos das Escrituras, que mostram a impossibilidade do purgatório : I Jo 1.7; Hb 9.22; Lc 23.40-43; I6: 19-31; I Co 15:55-58; I Ts 4:12-17; Ap 14:13; Ec 12:7; Fp 1:23; Sl 49:7-8; II Tm 2:11-13; At 10:43)

5.8 Nos Livros Apócrifos Os Anjos Mentem

a) Tobias 5.15-19 - "E o anjo disse-lhe: Eu o conduzirei e to reconduzirei. Tobias respondeu: Peço-te que me digas de que família e de tribo és tu? O anjo Rafael disse-lhe: Procuras saber a família do mercenário, ou o mesmo mercenário que vá com teu filho? Mas para que te não ponhas em cuidados, eu sou Azarias, filho do grande Ananias. E Tobias respondeu-lhe: Tu és de uma ilustre família. Mas peço-te que te não ofendas por eu desejar conhecer a tua geração.
c) Um anjo de Deus não poderia mentir sobre a sua identidade, sem violar a própria lei santa de Deus. Todos os anjos de Deus, foram verdadeiros quando lhes foi perguntado a sua identidade. Veja Lc 1.19

5.9. Mulher que Jejuava Todos os Dias de Sua Vida

a) Judite 8:5,6 - "e no andar superior de sua casa tinha feito para si um quarto retirado, no qual se conservava recolhida com as suas criadas, e, trazendo um cilício sobre os seus rins, jejuava todos os dias de sua vida, exceto nos sábados, e nas neomênias, nas festas da casa de Israel"
b) Este texto legendário tem sido usado por romana relacionado com a canonização dos "santos" de idolatria. Em nenhuma parte da Bíblia jejuar todos os dias da vida é sinal de santidade. Cristo jejuou 40 dias e 40 noites e depois não jejuou mais.
c) O livro de Judite é claramente um produção humana, uma lenda inspirada pelo Diabo, para escravizar os homens aos ensinos da igreja Católica Romana.

5.10. Ensinam Atitudes Anticristãs, como: Vingança, Crueldade e Egoísmo

a) VINGANÇA - Judite 9:2
b) CRUELDADE e EGOÍSMO - Eclesiástico 12:6
c) Contraria o que a Bíblia diz sobre:
- Vingança (Rm 12.19, 17)
- Crueldade e Egoísmo ( Pv. 25:21,22; Rm 12:20; Jo 6:5; Mt 6:44-48)
A igreja Católica tenta defender a IMACULADA CONCEIÇÃO baseando em uma deturpação dos apócrifos (Sabedoria 8:9,20) - Contradizendo: Lc. 1.30-35; Sl 51:5; Rm 3:23)

Diante de tudo isso perguntamos: Merecem confiança os livros Apócrifos ?
A resposta óbvia é, NÃO.










Fonte: Revista Defesa da Fé - ano 6, n.º 41 / dezembro/2001 - pags. 54 a 59
Instituto Cristão de Pesquisa (ICP) www.icp.com.br

domingo, 10 de novembro de 2013

O Batismo segundo a Bíblia




O batismo segundo a Bíblia.

Dentre as doutrinas relacionadas a eclesiologia [1], as escrituras tratam sobre vários assuntos relacionados, como o governo, ofícios e ordenanças ou “sacramentos”, a igreja deve ser constituída de membros e “visto que estamos em um mundo caído e estamos parcialmente associados a ele, como determinamos quem é ou quem não é membro de uma igreja especifica e quem não pertence a igreja?”[2]O batismo, a ceia do Senhor, frequência, disciplina e amor.

A ordem dada por Jesus em Mt 28, sobre o batismo, é ponto de concordância e prática entre as igrejas consideradas cristãs, todos concordam que o batismo é o rito de iniciação, no qual se aplica água à pessoa por imersão, afusão ou aspersão[3], é a marca de inicio da vida cristã, os pontos de discordâncias se dividem em:

1.Significado(representa ou realiza).
2.Quem deve ser batizado.
3.Como deve ser o batismo.

Antes de tratarmos sobre a questão proposta do batismo cristão, é importante destacar a diferença entre sacramento e ordenança:

Sacramento, é o entendimento que os o batismo e a ceia são meios de graça, onde de fato as pessoas recebem graça por meio destes ritos, mesmo dentre a interpretação de sacramento existem divergências sobre a maneira de que essa graça é recebida [4].

Ordenança é a prática estabelecida por Jesus Cristo com a ordem de que ela deve ser realizada. Hoje é considerada um memorial ou um ato de obediência, em vez de um sacramento. O termo é usado por tradições cristãs não sacramentais para se referir a certas praticas, particularmente o batismo e a ceia do Senhor.[5]

1.1-Significado, o que representa ou realiza o batismo:

A-Católicos-romanos, Luteranos:

Segundo a posição católico-romano e luterana, o batismo é um “Sacramento”, é um meio de graça salvadora, ele é um meio pelo qual Deus efetua a graça salvadora.[6]

B-Presbiterianos, reformados:

Para a posição de Presbiterianos e reformados em geral[7], o batismo é um sinal e selo da aliança, ele é um sacramento, porém, diferentemente dos católicos, ele não regenera, porém é um sinal da aliança, ele não salva, mas sinaliza, é um selo da concretização da aliança feita com os homens.[8]

C-Batistas, Congregacionais:

Para a posição dos Batistas e Congregacionais em geral, o batismo é uma ordenança,[9] prova, símbolo, ele é o testemunho público da fé em Cristo, é a prova externa de algo que deve acontecer internamente, ele tem caráter proclamatório.

Considerações relacionadas com as posições:

A1-O batismo não é necessário para salvação (Lc23.43), a ideia do batismo regenerativo é contrário ao ensino do Novo Testamento, que ensina que a salvação é pela graça por meio da fé (Ef 2.8), salvação pela fé somente.[10]

B1- O batismo não substitui a circuncisão, a circuncisão é uma manifestação da descendência natural, para os judeus, ela tinha um caráter de promulgação do nome ou descendência, diferentemente o batismo é um sinal de estado espiritual,salvação, embora a semelhança entre a verdadeira circuncisão, que deve ser feita internamente, como um sinal externo de algo que deveria acontecer internamente, o que substitui a circuncisão do AT, é a circuncisão de Cristo, a circuncisão do coração, essa semelhança de fato existe, a circuncisão interna é a representada pelo batismo, porém a circuncisão não pode ser substituída porque não são a mesma coisa[11].

C1- O batismo de fato é uma ordenança, ele é uma pratica destacada ao longo de toda igreja,[12] e constitui um sinal visível de algo invisível, ou seja é a confissão diante da comunidade de uma profissão de seguir a Cristo, ele é a representação de algo que aconteceu espiritualmente, sendo assim ele é um sinal para o crente.

2.1Quem deve ser batizado?

Segundo vemos nas escrituras podemos destacar pelo menos os dois exemplos mais marcantes em relação a esta ordem, o batismo feito por João Batista , tinha como característica principal, o arrependimento, no qual somente pessoas com capacidade de discernimento podiam participar, porque eram chamadas a se arrepender de seus pecados (Mt 3.2) e logo após na ordem do próprio Jesus de fazer discípulos e somente depois batizá-los.(Mt 28)

“Para se tornar membro de uma igreja, você deve ser batizado como crente, com base na confissão de pecados e na afirmação que está confiando somente em Cristo para sua salvação, as escrituras registram em mateus 28, a ordem clara de Jesus ,concernente a batizar aqueles que se tornam discípulos, em todo livro de atos dos apóstolos, percebemos que os discípulos entenderam essa ordem e obedeceram”[13].

2.1.1 O batismo de crianças [14]é um ensino destacado na Bíblia?

Segundo Mark Dever, ele destaca algumas razoes para não serem realizados batismos de infantes:

O batismo esta reservado para aqueles que fizeram uma afirmação consciente da fé em Cristo,então segundo este entendimento é um erro doutrinário batismo de bebês, por algumas razões:

1- Ninguém discorda do batismo de pessoas que creem,o debate refere-se ao batismo infantil.
2- Não há nenhum exemplo claro de batismo infantil no Novo Testamento.
3- Não há nenhum ensino claro sobre o batismo infantil no Novo Testamento.
4- Nenhuma passagem do Novo Testamento ensina uma correspondência de circuncisão física com o batismo físico. [15]
5- Historicamente não se encontra o batismo infantil no Novo Testamento e nem no Didaquê, um manual de culto cristão, da Igreja primitiva.”

Mesmo em casos onde grande números de pessoas foi agregado a igreja, apenas os termos gregos usados para homens e mulheres adultos foram usados. Veja, Atos 5.14;8.3,12;9.2;22.4. Nestas cinco passagens, onde o livro nos conta a respeito de multidões convertidas, as únicas palavras usadas referem-se a homens (aner, adultos masculinos) e mulheres (gune, adultos femininos), mesmo as passagens que mencionam o batismo realizado em casa (Atos16.15;16.31-34) e que poderiam incluir crianças, continuam sem dizer que havia crianças. Esse silêncio é surpreendente[16], e um argumento delicado de ser alicerçado.[17]

2.1.2 Porque vemos diferença entre os batismo imediatos da igreja primitiva e os dos dias de hoje?

Nos dias da igreja primitiva com os apóstolos presentes(At2.37-37) devemos lembrar que esta confissão de fé , ou confissão de arrependimento ,era concretizada com o batismo, em virtude dos perigos das perseguições era uma decisão muito importante e bem avaliada, era a certeza de perseguição, não havia nenhuma vantagem social em receber o batismo, por isso vemos como o caso do Eunuco (At 8,36.37) ,diferentemente de nossos dias, onde é necessário uma analise para e fato analisarmos se entenderam o Evangelho.

2.1.3 O ato do batismo é o que de fato salva?

Pedro (At2.32-37) colocou o batismo como “essencial” para salvação nesta passagem porque o batismo naquela época definia realmente quem era crente, mas a mensagem inicial de Pedro era de “arrepender-vos”, e isso que produz o batismo e remissão de pecados é a conversão[18].

È fato que a ordem de Jesus era muito clara, nos textos de João 3.22,26 e 4,2, Jesus incumbiu aos seus discípulos a obra de batizar os convertidos. Devemos ter isto em mente quando lemos: “Ele,Jesus, fazia e batizava mais discípulos que João”(Jo4.1), esta afirmação é muito instrutiva e demonstra três verdades:

1- Os que recebiam o batismo eram chamados de discípulos.
2-Jesus fazia discípulos antes de batizá-los.
3-O batismo não faz um discípulo.

3.1 Como deve ser o batismo:

Dentre as correntes de evangélicos protestantes algumas divergências quanto a maneira do batismo tem sido motivo de discordância.

O batismo que mais retrata a com fidelidade na Bíblia , imersão ou aspersão?

Entre os Luteranos, não são unânimes, o mais importante não é a forma e sim o resultado.

Para os Presbíterianos e reformados, em grande medida, feito por aspersão.

Para os batistas o ensino bíblico é a imersão.

3.1.1 Definição da palavra batismo:

O trecho a ser inserido aqui foi tirado do livro Manual das Igrejas Batistas de Edward T. Hiscox, editado pela IBR, em Abril de 1966, a partir da página 78. Fique distintamente entendido, contudo, que todos os nomes abaixo, são pedobatistas, ou seja, praticam o batismo infantil:

A palavra batizar, propriamente falando, é um termo grego (baptizo), adaptado para o idioma português por uma alteração em sua terminação. É o termo sempre empregado por Cristo e seus apóstolos para expressar e definir a ordenança. Que significa tal vocábulo, segundo originalmente usado? Que é que dizem os eruditos do grego? Como é que os léxicos gregos definem esse vocábulo?

Scapula diz: "Mergulhar, imergir, como fazemos com qualquer coisa com o propósito de tingi-la;"

Schleusner diz: "Significa, propriamente mergulhar, imergir, imergir em água."

Parkhurst diz: "Mergulhar, imergir, ou meter em água."

Stevens diz: "Imergir, submergir ou sepultar em água."

Robinson diz: "Imergir, afundar." ... [19]
Após a definição do significado da palavra batismo, o texto abaixo parece não deixar dúvidas quanto a maneira que mais designa a figura do batismo:

Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?
De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.(Romanos 6:3-4).

Se qualquer pessoa puder interpretar de maneira consistente e conclusiva este texto sem considerar que a imersão é o genuíno batismo cristão, eu realmente gostaria de ver como o faz.E mesmo sou bem incapaz de realizar tal feito, e não imagino como fazê-lo. Eu me contento em aceitar o ponto de vista que o batismo significa um sepultamento dos crentes nas águas em nome do Senhor.[20]

Ainda outras situações que deixam claras a referencia a imersão:

Mateus 3:16 diz-nos que Jesus "batizado, saiu logo da água", concluindo-se que ele tinha entrado na água. João 3:23 nos diz que João batizou em Enom "porque havia ali muitas águas".Se ele estivesse apenas borrifando ou derramando para batizar, porque teria sido necessária muita água?
Em Atos 8:38-39, encontramos Filipe e o eunuco entrando na água. Novamente, isto reforçao fato de que o batismo por imersão é exigido do crente. Também, Paulo compara o batismo a um sepultamento (Colossenses 2:12, Romanos 6:3-6). Não sepultamos um corpo jogando apenas uma pá de terra sobre ele nem tentaríamos sepultar o velho homem do pecado simplesmente com umas poucas gotas de água. A imersão está no plano de Deus para o batismo do crente.

O batismo é uma ordenança do Novo Testamento, instituída por Jesus Cristo, para ser para a pessoa batizada um sinal de comunhão com Cristo, na sua morte e ressurreição, de sua união com Ele,da remissão de pecados, da consagração da pessoa a Deus, através de Jesus Cristo, para viver em novidade de vida,

Somente podem ser submetidas a esta ordenança as pessoas que de fato professam arrependimento para com Deus, fé e obediência ao Senhor Jesus.

Para a devida administração desta ordenança é necessária a imersão, ou seja, a submersão da pessoa na água.[21].


Em Cristo

Guinho


Notas

1-Eclesiologia é o nome dado ao estudo da Igreja.

2-Refletindo a Gloria de Deus, Mark Dever, Editora Fiel pág77.

3-Dicionário popular de teologia, Millard Erickson, editora mundo cristão pág23.

4-Dentre aqueles que acreditam que o sacramento transmite graça, a igreja católica acredita que o batismo infantil é o modo de transmissão da graça salvadora, o batismo efetua nosso novo nascimento, nossa regeneração e nossa salvação, enquanto que,em geral, os presbiterianos e reformados, acreditam que o batismo é o sinal da aliança feita com o povo de Deus em substituição da circuncisão feita na antiga aliança com Israel, para eles a circuncisão era o selo,sinal no Antigo Testamento e agora o batismo é o selo ,sinal no Novo Testamento.

5-Dicionário popular de teologia, Millard Erickson, Editora Mundo Cristão pág 142.

6-Para os católicos, essa graça salvadora, ex opere ope rato,não depende da fé do batizado, já para os luteranos, eles dependem da fé implícita na criança, ou dependem da fé de seus pais.

7-Embora seja aceito por grande parte dos reformados, não são unânimes quanto aos métodos de batismo.

8-O batismo para os presbiterianos e reformados, está alicerçado na teologia da aliança, pacto da graça, na qual Deus deu no passado a circuncisão como selo da aliança, que também não salvava, mas era a representação daqueles que eram inseridos na aliança, e como na teologia da aliança, as sombras do AT, são substituídas pelas realidades espirituais da Igreja no NT, então a circuncisão era a sombra da realidade do batismo.

9-Quando nos referimos a ordenança, isso não quer dizer que não existam outras ordens a serem seguidas, mas sim as ordenanças de caráter ritualístico, especificamente Batismo e a Ceia do Senhor.

10-Os textos, em que se baseiam a posição da salvação pelo batismo, Joao3:5Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus, não se refere ao batismo e sim , purificação de vida, ele iguala o nascer da água e do Espirito, fala de regeneração espirital e não batismal, novo nascimento, não regeneração batismal.

11-Colossenses2:11-12 No qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo dos pecados da carne, a circuncisão de Cristo;Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos.

A circuncisão interna de fato é representada pelo batismo, mas não substitui a circuncisão natural.Em Atos 15.1, no intenso debate sobre a circuncisão, não é extinta a circuncisão para os judeus, o que os apóstolos poderiam ter substituído , mas não o fazem, porem eles mantêm a marca da circuncisão para o judeu,mas não para o gentio.

12-Esta posição entendida que a Igreja começou no Pentecostes, e não anteriormente como entendem alguns reformados

13-Refletindo a Gloria de Deus, Mar Dever, Editora fiel pag77

14-Quando nos relacionamos a crianças, estamos nos referindo a recém-nascidos, ou então crianças que ainda não tem maturidade suficiente capaz de fazer um confissão de fê espontânea e coerente.

15-De fato , Colossenses 2 traça um paralelo entre a circuncisão espiritual e o batismo físico, ou seja , entre a circuncisão do coração e o batismo físico, reforçando a ideia de batizar somente aqueles que dão evidencias do novo nascimento-Mark Dever, Refletindo a Gloria de Deus, Editora Fiel , pag78

16-Pode uma criança ser salva? Dennis Gundersen, Editora Fiel, pag62-63.

17-Este argumento “silencioso”, de fato não prova nada, porque estatisticamente falando , era muito mais provável que não houvesse crianças do que de fato existisse, por isso é um argumento muito frágil.

18-Conversão é a nossa resposta espontânea ao chamado do evangelho, pelo qual sinceramente nos arrependemos de nossos pecados e colocamos a confiança em Cristo para receber a salvação. Teologia Sistemática Wayne Gruden pag.592-Editora Vida Nova


20-Projeto Spurgeon, Pregando a Cristo crucificado, pág 120.

21-Capitulo 29 ,artig4, Fé para hoje, Confissão de fé Batista de 1689,Ed Fiel ,pag58